Um passo além do Brasil
O pomerodense Charles Spredemann Júnior, de 21 anos (foto ao lado), representou o Brasil na Etapa Mundial do Drambuie Pursuit, na Escócia, nos dias 09 e 10 de maio.
O pomerodense Charles Spredemann Júnior, de 21 anos (foto ao lado), representou o Brasil na Etapa Mundial do Drambuie Pursuit, na Escócia, nos dias 09 e 10 de maio. Charles formou uma equipe com mais três catarinenses, que conquistou a medalha de bronze na competição entre outras 14 participantes. Alemanha, Rússia, Canadá, Estados Unidos, Holanda e Brasil foram os países que competiram. A Alemanha foi a campeã e a Holanda alcançou o 2º lugar.
Charles falou da adrenalina da participação na corrida de aventura e da emoção de subir ao pódio, representando o Brasil, em entrevista à redação do Jornal de Pomerode.
JP Esporte – Como funciona a Etapa Mundial do Drambuie Pursuit?
Charles – A Drambuie Pursuit consiste numa corrida de aventura através das terras escocesas desde as ilhas de Skye até Inverness. As equipes cumprem várias competições de diferentes modalidades como corridas de Mountain Bike, rafting, rappel, corrida de Zapcats, montanhismo, Arco e Flecha e corridas de caiaque em pleno lago Ness.
A equipe brasileira foi denominada de “Go Outside Brazil” e teve o patrocínio da Drambuie, em parceria com a Revista “Go outside”.
JPE – Como foi feita a seleção da equipe brasileira?
C – A Drambuie procurou equipes brasileiras para participar do evento e avaliou o currículo dos atletas. Fui selecionado por meio do meu currículo e fiquei a cargo de procurar mais integrantes para a equipe. Convidei o Charles Alcir Netto (Blumenau), o Andesom Ross (Florianópolis) e o Jonas Junkes (Gaspar). Havia várias inscrições e no final ficaram São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
O evento é anual e a cada ano são selecionados novos atletas para participar da competição. Nunca são os mesmos.
JPE – Como você se sentiu quando soube do convite?
C – Fiquei muito feliz, porque a prova para a qual fui selecionado é através do currículo. Só de receber o convite já é muito gratificante.
JPE – Além de representar o Brasil, a “Go Outside Brazil” ainda conquistou a medalha de bronze. Como foi essa sensação?
C – Foi muito legal. Estávamos treinando para isso. Foi o resultado do nosso empenho e suor. Antes de iniciar a disputa, já estávamos bem otimistas. O convite foi feito no final de 2008 e os treinos foram mais intensos. Diariamente, cada integrante treinava em sua cidade e aos finais de semana, quando era possível, nos reuníamos para treinos em equipe. Na verdade, já os conhecia antes e já tínhamos esse hábito de treinos. Eu treino em todos os cantos de Pomerode, como no Canudos, Morro da Turquia, Morro Azul, entre outros. O remo pratico na praia ou em Palmeiras.
A única dificuldade, ou melhor, adaptação, que precisamos lá foi em relação ao clima. O clima e o lugar são muito secos e aqui é úmido. Chegamos à Escócia três dias antes da prova e retornei a Pomerode no dia 17 de maio.
JPE – Quando você iniciou a prática deste esporte?
C – Faz uns cinco anos. Tenho alguns títulos catarinenses, mas o meu forte mesmo é Mountain Bike.
JPE – Como você avalia a Corrida de Aventura em Pomerode?
C – Não há muitos praticantes no município. Em 2007, havia dez atletas em Pomerode e atualmente, tenho conhecimento de apenas quatro.
JPE – O que esse esporte representa em sua vida?
C – Meus pais sempre me incentivaram e me sinto bem com a prática dessas modalidades. Qualquer esporte é válido, pois ocupa a mente e o corpo. Se o atleta se sentir bem, vale a pena todo o esforço e dedicação.
A corrida de aventura, por ser um esporte de contato direto com a natureza, além de usufruirmos da natureza, aprendemos a preservá-la. Quanto mais preservarmos, mais espaço teremos para a prática do esporte. Lutamos para isso.
Agradeço aos meus pais por todo o apoio e incentivo e à minha namorada, que também sempre está ao meu lado.