Esporte

Um ícone do futebol de Pomerode

Diego Konell fala sobre o pai Reno e o legado deixado por ele dentro do esporte de nossa cidade.

7 de maio de 2023

Foto: Arquivo JP

No último dia 18 de abril, o esporte pomerodense perdeu mais um de seus ícones. Reno Konell, aos 67 anos, faleceu no Hospital e Maternidade Rio do Testo.

Há quatro anos, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e, desde então, vinha sofrendo em decorrência deste quadro, até que não pôde mais resistir.

Desde adolescente, Konell mostrava grande paixão pelo futebol, que foi evidenciada nas diversas equipes pelas quais atuou, na região, tanto no futebol de campo – Juventus, Glória e Serrinha -, quanto no futsal – Hemmer, Dudalina e Germer.

Agilidade e presteza foram algumas de suas características, mas o que realmente foi marcante em sua atuação na modalidade esportiva, foi o chute de “canhota”. Muitas vezes, a jogada foi determinante para a vitória dos times.

Konell chegou a disputar 10 partidas como profissional, pelo extinto Palmeiras (Blumenau), chegando a marcar um gol, contra o Joinville, tendo sido vice-campeão da Taça SC, em 1976.

Em Pomerode, atuou somente pelo Vera Cruz, time pelo qual conquistou muitos títulos. Depois de encerrada sua carreira, chegou a jogar no veteranos do Caramuru. Já pelo futsal, atuou na AD Müller, onde também chegou a ser campeão.

Um de seus filhos, Diego Konell, fala sobre seu pai como alguém que sempre prezava muito pela educação. Na época ele trabalhava em Blumenau, numa Corretora de Seguros.

“Ele saía de manhã e voltava à noite, mas sempre sendo uma pessoa presente em todos os momentos que que podia. E, claro, incentivando a prática do esporte, principalmente, o futebol, tanto a mim, quanto aos meus irmãos, Renan e Bruna. Além dele, tínhamos como referência no esporte meus tios, o Erno, zagueiro do Vera Cruz, e também o Chico, que na época jogou com o meu pai, no veteranos do Caramuru”.

 

Atuando pela Müller, em uma partida de Futsal, no Ginásio Ralf Knaesel | Diego, junto a seu pai, no ano de 1985 | Foto: Divulgação

 

Diego relembra alguns momentos que seu pai vivenciou dentro do futebol e que contava para todos, com muito orgulho.

“Houve jogos de Futsal pela Karsten, CME Pomerode e Müller – quando, em uma ocasião, enfrentou o time da Perdigão, no Ginásio Ralf Knaesel –, os quais ele sempre contava. Meu pai sempre falou, também, de quando chegou a jogar profissionalmente pelo antigo Palmeiras, de Blumenau, onde até chegou a fazer gol contra o JEC. E, lógico, dos jogos do Vera Cruz, a sua grande ‘paixão’ dentro de Pomerode. Na minha vida, o nome Reno Konell representou muita coisa, principalmente, na parte do futebol e na minha educação. A minha melhor lembrança é quando eu entrava com ele e acompanhava as partidas. Sempre foi uma satisfação”.

 

Diego, junto a seu pai, no ano de 1985 | Foto: Divulgação

 

Relembrando sua história, Diego diz que hoje tem a verdadeira noção do que seu pai representou para o esporte pomerodense e da região.

“Antas, eu tinha uma leve ideia, mas hoje, sei que sua história está marcada. Lembro que ele jogou pelo Glória, Serrinha, Juventus e Palmeiras, além do Futsal, mas realmente creio que o auge dele foi no Vera Cruz, que era o time que ele amava aqui em Pomerode. Além, é claro, da agilidade que tinha e da ‘canhota’ potente que todos temiam e sabiam o que poderia acontecer caso deixassem ele usá-la durante a partida. Diante disso, só posso te falar uma coisa: o homem era muito bom”, finaliza, emocionado.

 

Reno, nos seus primeiros passos dentro do Futebol | Diego, junto a seu pai, no ano de 1985 | Foto: Divulgação

 

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