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Transporte Escolar seguro

Quem chega à casa de Mário Cesar Buss, mais conhecido como Tio Mário, tem a impressão de estar entrando no estacionamento de um terminal de ônibus.

1 de junho de 2015

Quem chega à casa de Mário Cesar Buss, mais conhecido como Tio Mário, tem a impressão de estar entrando no estacionamento de um terminal de ônibus. E não deixa de ser verdade, afinal, só no perímetro de sua residência (onde também fica o escritório) quatro micro-ônibus descansam à sombra, ao lado de dois cachorros bastante comunicativos.
O empresário iniciou suas atividades no ramo do transporte escolar há 11 anos, por necessidade própria. Os filhos precisavam de alguém que os levasse à escola, pois a empresa contratada para realizar o serviço havia ido a falência. Então, Mário uniu um antigo desejo de se tornar empresário a uma oportunidade vislumbrada por sua esposa, diretora de um colégio, de abrir um negócio para transportar alunos em Pomerode.
No início havia apenas um carro pequeno e o número de alunos transportados era baixo. Com o tempo Tio Mário foi conquistando a confiança e ganhando mais clientes por meio do famoso boca a boca. Hoje possui dez carros e transporta cerca de trezentos alunos. Atende desde crianças de quatro meses a universitários e gerencia oito motoristas. Os negócios vão bem, mas não existe o desejo de expandir. Não pretendo aumentar a frota, apenas trocá-la quando necessário. Gosto de ser motorista. Ano passado até vendi um dos veículos. Se eu aumento a frota não poderei mais exercer a função, terei que trabalhar só no administrativo, explica.
As manutenções são feitas periodicamente, em todo começo de ano. Época em que não há aula, ele aproveita para checar as condições dos veículos e fazer reparos. O empresário se preocupa com a segurança e bem-estar dos passageiros e afirma que só contrata profissionais, que além de se enquadrarem nos requisitos básicos das normas de segurança do Código Brasileiro de Trânsito (precisam possuir a habilitação na categoria D), tenham o cuidado de tratar com respeito, paciência e, principalmente, ter jogo de cintura com os estudantes.
Na região de Pomerode existem, além da empresa de Tio Mário, outras três. Mas ele não se preocupa muito com a concorrência, pois está mais focado em seu trabalho. O cuidado com as crianças é fundamental. Para os bebês são utilizadas cadeirinhas bebê conforto e para os maiores o cinto de segurança. Educar as crianças a utilizarem o cinto, às vezes, pode ser um problema. A conscientização tem de vir de casa. Às vezes levo dois irmãos e um coloca o cinto rápido enquanto o outro não quer usar. Para resolver esse problema eu uso o bom humor e digo sem cinto, sinto muito, brinca.

Código de Trânsito Brasileiro para Transporte Escolar – De acordo com o Código de Transito Brasileiro (CTB) todo veículo destinado ao transporte escolar deve obedecer a regras. É necessário que o veículo possua um registro de transporte de passageiros e que haja uma inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança. O veículo deve possuir uma pintura na cor amarela com a identificação Escolar nas partes laterais e traseira da carroçaria, equipamento de registro para velocidade e tempo, lanternas de luz branca, fosca ou amarela nas extremidades da parte superior dianteira e vermelhas na extremidade superior da parte traseira e cintos de segurança compatível com o número de passageiros. Além disso, o condutor deve ter idade superior a 21 anos, ser habilitado na categoria D, não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante doze meses, além de possuir curso especializado.

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