Geral

Transmitindo conhecimentos adquiridos ao longo dos anos

Darci Cilene Sieverdt começou a trabalhar na Cativa Têxtil no dia 04/07/1995, no setor de Costura. Após completar 18 anos de empresa, conta que tinha 29 anos quando procurou uma oportunidade em malharia, depois de trabalhar por 15 anos em uma empresa de calçados, que acabou falindo.

1 de junho de 2015

Darci Cilene Sieverdt começou a trabalhar na Cativa Têxtil no dia 04/07/1995, no setor de Costura. Após completar 18 anos de empresa, conta que tinha 29 anos quando procurou uma oportunidade em malharia, depois de trabalhar por 15 anos em uma empresa de calçados, que acabou falindo.
Para ela, foi um momento muito complicado de sua vida, já que com a falência da empresa, quando saiu, não pôde contar com os benefícios trabalhistas que eram seus, por direito. São duas áreas muito distintas, mas eu realmente precisava trabalhar e aprender, era minha única saída. Meu filho era pequeno e precisava garantir o seu sustento. Conhecia muitas pessoas que trabalhavam aqui e vim procurar uma vaga. Não tinha experiência nenhuma. Ajudaram-me bastante, tiveram paciência para me ensinar.
Nestes 18 anos de Cativa, Darci Cilene Sieverdt passou por praticamente todos os setores da produção, aprendendo em cada um deles. O único setor que não trabalhei foi na estamparia. Hoje, entendo de várias operações, essa experiência me ajudou bastante. Não vou dizer que sei 100 por cento, pois acho que ninguém nesta vida sabe tudo. Mas hoje eu olho um tecido, um molde e consigo dizer o que é possível ser feito.

De aprendiz a instrutora – Hoje, mais madura e experiente, aos 47 anos, Darci Cilene Sieverdt trabalha no Friso, como coordenadora. Oriento as meninas que estão começando, ensino o pessoal novo que chega. Hoje vejo um filme passar na minha frente. Cada pessoa nova que chega, lembro que precisei que me ensinassem no passado e que agora é a minha vez de retribuir.
Darci Cilene Sieverdt revela que por ser perfeccionista, no início, transmitir conhecimento para quem não possui experiência, foi bastante complicado. Minha encarregada me ajudou bastante neste sentido. Eu era muito temperamental, nervosa, não tinha paciência. Se hoje sou mais calma e consigo ensinar quem começa no nosso setor, devo boa parte a ela. Aprendi a gostar de ensinar. E na verdade, o maior aprendizado, neste sentido, é para mim, que consegui me entender melhor e trabalhar minhas falhas.
A experiência faz com que Darci Cilene Sieverdt identifique, quando ensina, quem vai dar certo e quem não vai construir uma carreira na empresa. A geração mais nova, em sua maioria, não pensa em trabalhar na produção. É uma opção de vida. A empresa sempre se preocupou com os colaboradores. Tanto que me aposentei e sigo trabalhando. Contudo, tem aqueles que nasceram com o dom de trabalhar na área têxtil. É uma escolha.

O desafio de recomeçar – A colaboradora divide, em uma espécie de retrospectiva, sua vida em dois momentos: antes da Cativa e depois. Quando comecei na empresa, eu e meu ex-marido não tínhamos dinheiro nem para comprar comida. Ele também trabalhava na mesma empresa que eu. Não tivemos, quando ela faliu, nem seguro desemprego. Devo tudo o que tenho hoje ao meu trabalho, à Cativa.
Ela explica ainda que vem de uma geração diferenciada. Cresceu escutando os conselhos de seu pai, que não admitia que seus filhos ficassem trocando com frequência de empresa. Ele me ensinou isso e levei para minha vida esta lição, tanto que a Cativa é a segunda empresa que trabalho. Crio meu filho da mesma forma, dizendo que ele acredite sempre na empresa em que trabalha. Sofri muito aqui, vi momentos difíceis da empresa. Hoje fico muito feliz quando paro e vejo aonde chegamos.

Grandes amizades – Para Darci Cilene Sieverdt, é possível construir grandes amizades com colegas de trabalho. Mesmo assim, separar o lado pessoal do profissional é imprescindível. Tenho grandes amigos aqui dentro, pessoas que fazem parte da minha vida, de uma forma especial.
Outra pessoa que despertou em Darci Cilene Sieverdt uma relação de amizade foi sua encarregada. No início, nossos temperamentos não batiam, mas aos poucos, trabalhando juntas, fomos nos aceitando. Hoje não me vejo trabalhando sem ela. Gostamos das coisas certinhas, somos perfeccionistas. E assim, aprendemos, que quando ensinamos alguém, temos que relevar muitas falhas. Mas faz parte do processo. Respeito é fundamental.
A união do setor em que a colaboradora trabalha é algo que a emociona. Nosso setor é muito unido. Por exemplo, quando queimou a casa de uma funcionária que trabalha na fábrica de Mafra, ajudamos. Quando algum familiar falece, auxiliamos; quando é aniversario de alguém, fizemos uma vaquinha para comprar um presente; em época de Natal, pegamos cartinhas do Papai Noel, nos Correios. São 25 pessoas que se respeitam. Nossa encarregada é muito exigente em relação à fofoca, acho que é por isso que somos tão unidos. Se alguém erra, a culpa é da equipe.
Por sua vez, um dos melhores momentos foi a gratificação concedida aos colaboradores que não faltaram, no valor de R$ 1.600,00 por ano. Trabalhei cinco anos sem faltar uma única vez e quando tínhamos sorteio eu, por falta de sorte, não ganhava nada. Mesmo aposentada há três anos, penso em continuar trabalhando aqui enquanto eu tiver saúde.
Com relação aos demais benefícios, Darci Cilene Sieverdt é enfática: Tudo que recebemos agregado ao nosso salário, diferencia a Cativa das demais empresas. A nossa alimentação é muito boa. Neste ano mesmo tivemos muitas melhorias.

Notícias relacionadas