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Solidariedade em pauta

Mais uma vez, o povo pomerodense se mostrou solidário. Na última edição mostramos, no Jornal de Pomerode, o caso da pequena Samanta, de dois meses, que pode apenas ingerir leite sem lactose. Deise Küster, mãe do bebê, conta que logo no sábado, várias pessoas entraram em contato com ela e algumas foram até a casa da família para entregar latas de leite, do tipo que a menina precisa consumir.

1 de junho de 2015

Mais uma vez, o povo pomerodense se mostrou solidário. Na última edição mostramos, no Jornal de Pomerode, o caso da pequena Samanta, de dois meses, que pode apenas ingerir leite sem lactose. Deise Küster, mãe do bebê, conta que logo no sábado, várias pessoas entraram em contato com ela e algumas foram até a casa da família para entregar latas de leite, do tipo que a menina precisa consumir.
A situação se estendeu e na segunda-feira, algumas pessoas também entraram em contato com o Jornal de Pomerode, para saber como ajudar a criança. O que mais se ouviu é que a situação envolvendo uma criança, sensibiliza ainda mais as pessoas. Uma assinante do JP, inclusive, disse 'que é preciso se unir nessa causa. Enquanto não sai uma resposta do Poder Público, nós vamos ajudando essa criança que não pode ficar sem leite, de forma alguma'.
Deise também contou que recebeu a ligação de uma senhora, que garantiu ajudar a criança pelo menos até um ano de idade. 'Eu não sabia se eu ria ou se eu chorava com a notícia; era muito bom para ser verdade. Aí a gente vê como ainda existem muitas pessoas boas no mundo. Eu não sei nem como agradecer essas pessoas todas que ajudaram minha filha', revela.
A mãe de Samanta, conta também que a consulta com um gastropediatra, exigida pela Secretaria de Saúde do Município, para liberar ou não o leite sem lactose através do município, está marcada para quinta-feira, 28 de fevereiro.

Relembrando o caso – A pequena Samanta apresentava choro constante, vômitos, diarreia e uma notável irritação. Inicialmente, o pediatra acreditou serem sintomas normais para um bebê, mas ela continuava com o mesmo quadro. A solução foi a troca de médico pediatra.
O novo profissional, indicou outros tipos, até receitar o leite sem lactose, cuja lata de 400g custa cerca de R$50,00. Ao iniciar o 'tratamento' com esse novo produto, a menina já apresentou melhoras. Aos poucos, só com leite, os gastos chegaram a cerca de R$1.000,00 mensais. A família recorreu ao Serviço Público de Saúde, na Unidade de Saúde da Família Alwin Klotz, no Centro, para tentar conseguir o leite pelo Governo Municipal. O bebê passou por dois profissionais que negaram o leite, pois era preciso, segundo eles, um laudo de um especialista para liberar o alimento sem lactose. E que seria necessário inserir aos poucos o leite 'normal' na dieta da criança. Deise tentou, mas os sintomas iniciais voltaram. A solução foi refazer as mamadeiras com leite sem lactose. Depois de vários contatos, Deise tornou a marcar uma consulta com a pediatria do Sistema Público de Saúde de Pomerode. Segundo ela, este profissional a atendeu, e reforçou que era preciso ter um laudo de um gastropediatra, para saber se a menina realmente precisa desse tipo de leite.
A Secretaria de Saúde alegou que não está negando o oferecimento deste leite, porém precisa se ater ao sistema burocrático. Além disso, a criança foi encaminhada a uma consulta com o gastroenterologista pediátrico, através da unidade pública de saúde de Pomerode. Foi relatado ainda, pela Secretaria de Saúde, que só o gastropediatra, através de exames, poderá dizer se há ou não algum tipo de doença.

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