Situação dos postos de combustível está normal em Pomerode
O Brasil parou esta semana. As manchetes em diversos jornais, seja impresso, televisivo, radiofônico, ou de web, o
assunto que dominou os noticiários foi a paralisação dos caminhoneiros, que está afetando diversas regiões do Brasil. Não
se falou em outra coisa nos últimos dias.
O Brasil parou esta semana. As manchetes em diversos jornais, seja impresso, televisivo, radiofônico, ou de web, o assunto que dominou os noticiários foi a paralisação dos caminhoneiros, que está afetando diversas regiões do Brasil. Não se falou em outra coisa nos últimos dias. A situação se agravou quando a greve tomou forma e atingiu rodovias importantes do estado de Santa Catarina, trancando o trânsito. Além disso, outro problema ocasionado devido às paralisações é a falta de produtos no mercado e de combustível nos auto postos.
A maior parte das paralisações acontece no Oeste catarinense. Na BR-282, manifestantes fecharam trechos da rodovia nas cidades de Xaxim e Chapecó na quinta-feira. A paralisação durou cerca de duas horas. Os policiais rodoviários informaram que não é possível saber se os manifestantes são caminhoneiros ou simpatizantes do movimento.
Também um trecho da BR-101 foi interditado. Em Itajaí, na região do Vale do Itajaí, foi totalmente bloqueada no km 112 no sentido Norte por manifestantes às 8h desta sexta-feira (27). Às 9h, os caminhoneiros foram retirados do acostamento e das faixas. Isso gerou congestionamento no Ferry Boat, embarcação que faz a travessia entre Itajaí e Navegantes.
Em todo o estado, os manifestantes bloqueiam parcialmente ao mesmo 30 trechos. As interdições acontecem nas cidades de Maravilha, Cunha Porã, Campos Novos, pouso Redondo, Papanduva, Palmitos, Joaçaba, Santa Cecília, Xanxerê, Guaraciaba, São José do Cedro, Maracajá, Guarujá do Sul, São Miguel do Oeste, Nova Erechim, Curitibanos, Capivari de Baixo, Itajaí e Xaxim.
Para o proprietário de uma empresa de transportes, Rafael Pfeutzenreiter, afirma que é afetado diretamente pela greve. “Tem cargas para outros estados que não chegaram por causa das manifestações. Embora em Santa Catarina as manifestações se concentrem mais no Oeste, creio que vá atingir outras regiões, pois a greve só tende a aumentar”.
Rafael explica ainda que é a favor das paralisações, pois o custo do caminhoneiro é muito alto, e eles têm o direito de reivindicar melhorias. “O diesel aumentou mais que a gasolina neste ano. Isso mexeu com o setor. O litro do diesel está custando R$ 2,70. Um caminhoneiro autônomo gasta em média R$ 9.000,00 em combustível todo mês. Daí se contar manutenção, seguro e os próprios mantimentos do profissional, não sobra muita coisa. Praticamente, trabalham para se manter”.
Ele explica ainda que acredita que haverá mais pontos de paralisação próximos à Pomerode. “Na BR-101 deve haver mais manifestações. Também acho que nas rodovias próximas a Pomerode também tenham paralisações. A ideia é parar um ponto crucial para atingir mais localidades”.
Nivaldo Ramthun, da empresa Comércio e Transportes Ramthun, conta que como a empresa atende mais a região nordeste do Brasil, houve poucos casos de manifestações presenciados pelos caminhões das empresas. “Houve sim casos de veículos que ficaram parados nas manifestações, mas são casos isolados”.
Algumas cidades de Santa Catarina já se encontram sem combustível devido à paralisação dos caminhoneiros. Aqui em Pomerode, a situação está normalizada, mas há a preocupação. Alguns postos da cidade receberam abastecimento na quinta e sexta-feira. “Por enquanto aqui está tudo normalizado, recebemos uma carga na quinta-feira de manhã e ainda temos combustível”, explica o proprietário de um Auto Posto da cidade.
Já outro, diz que ainda receberam carga de combustível, mas que é preciso ficam atento para que não falte, pois dependendo das paralisações, o abastecimento pode ficar comprometido. “Até o momento estamos recebendo, tudo normal ainda, mas estamos preocupados caso tenha mais paralisações nas BRs 101 e 470, pois então as cargas não conseguem chegar até nós. Existe essa possibilidade”, comenta.
Em Pomerode, haverá uma mobilização de apoio à greve dos caminhoneiros hoje, às 15h, defronte ao Portal Norte da cidade. “Nossa proposta é dar apoio aos caminhoneiros e fazer também a nossa parte. Não queremos pagar o preço da corrupção e esta mobilização é para isso, mostrar nossa insatisfação com a corrupção no Brasil. Não vamos paralisar a via, quem quiser passar, vai passar normalmente. Nós só queremos mostrar o nosso apoio”, explica John Zibell, um dos organizadores da mobilização.