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Secretário da Saúde enumera melhorias em sua pasta

O secretário de Saúde, o cardiologista Hamilton Petito, usou a tribuna do Plenário por 10 minutos. Usou o tempo para esclarecer questões que acredita que a população tenha esquecido.

14 de julho de 2005

O secretário de Saúde, o cardiologista Hamilton Petito, usou a tribuna do Plenário por 10 minutos. Usou o tempo para esclarecer questões que acredita que a população tenha esquecido, já que os vereadores têm apresentado indicações solicitando esclarecimentos quanto ao atendimento e a qualidade do mesmo.


O médico ressaltou que fica difícil para ele resolver uma situação que envolve mau atendimento, se a pessoa não diz quem foi e onde foi que aconteceu. “Temos 130 funcionários na Secretaria de Saúde. Em cada posto de saúde há uma equipe diferente. Ficamos sem saber qual a equipe que não prestou o devido atendimento e quem da equipe falhou”.


Petito solicitou que sempre que uma situação assim for registrada, a porta de seu gabinete está sempre aberta para resolvê-la. “Estou sempre pronto a atender quem quer que seja. É só ir até à Secretaria de Saúde”.


Se referiu a um fato relatado por um radialista, onde uma pessoa denunciou que um senhor havia caído na rua, na quinta-feira passada, dia 7 de julho, e a Secretaria de Saúde não prestou o devido atendimento, sendo necessário chamar o Corpo de Bombeiros para atender o senhor.


“Fiz questão de ir atrás da denúncia e junto ao Corpo de Bombeiros, fiquei sabendo que naquele exato dia, quinta-feira, nenhum atendimento deste gênero havia sido feito por eles. Entendo que o radialista fez seu papel, cobrando da Saúde o possível descaso, mas até ele foi enganado por uma pessoa de má fé e este é um preço que não podemos pagar”, frisou Petito.


Lamentando que o povo esquece as coisas boas com facilidade, enumerou várias melhorias na saúde em Pomerode, utilizando sempre no final da informação, enfaticamente, a frase: “E o povo esqueceu”. Hoje há um ouvidor dentro da Secretaria de Saúde, que está lá exatamente para levantar as denúncias ou dúvidas da população. Há um ano havia uma cota para exames. Hoje isso acabou.


“Quando assumimos, 150 pessoas esperavam na fila para serem atendidas, sendo que as filas iniciavam às 5 horas da manhã. Hoje, as consultas são agendadas e a espera é mínima. Os postos de saúde atendem uma média diária de 400 pessoas. E ainda nos damos ao luxo de possuir um programa de saúde mental”, complementa Petito.


Pela lei da Responsabilidade Social, não há mais como contratar pessoal. Através da OSCIP, Organização das Sociedades Civis de Interesse Público, a Secretaria de Saúde conseguiu registrar todos os integrantes dos PSF´s, além de complementar cargos, sendo a primeira e única cidade de Santa Catarina a ter esta parceria. Toda a secretaria foi informatizada, agilizando todos os trabalhos.


Antes a saúde pública gastava 140 AIH´s mês. Hoje a média é de 85 e está ocorrendo devolução das mesmas. A Secretaria devia 350 AIH´s, atualmente não há nenhuma e o dinheiro é revertido para compra de medicamentos da Farmácia Básica. E por falar em medicamentos, a lista obrigatória do Governo Federal é de 25 itens. Pomerode possui 96 itens à disposição da população.


Continua relatando que as pessoas chegavam a esperar oito meses para atendimento fonoaudiólogo, nutricionista e odontológico. Com a contratação de mais profissionais nesta área, a espera máxima atinge até 30 dias. Pomerode também é a única cidade de abrangência da AMMVI a ter uma técnica de Higiene Bucal. As ambulâncias são interligadas entre si e com a secretaria através de rádio-comunicação.


Um fato que talvez não chegou ao alcance de toda a população foi a exoneração de um médico que não tinha condições de atender os pacientes. “Neste fato, as denúncias foram diretas na Secretaria de Saúde, o que nos possibilitou a averiguação dos fatos e a decisão tomada”. Foi implantado o Posto de Saúde do Wunderwald e, dentro de 60 dias, será implantado o do centro, fechando assim 100% de atendimento da população.


Finalizando, sob aplausos dos próprios vereadores e dos presentes à sessão, disse que tem sob seu comando 130 pessoas. “São 130 seres humanos, que como todos têm seu dia ruim, ou um dia de mau humor e isto eu não posso controlar se a população não chegar até mim. A população tem que ser ouvida. Afinal somos prestadores de um serviço essencial. Gosto do que faço e amo esta cidade. Por isso, se percebemos que há erros, é importante que os apontemos, onde, como e quem. Só assim poderemos corrigi-los”.

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