SC-418: Rodovia da Morte

Este último acidente registrado na SC-418, levanta novamente a polêmica em torno da má conservação e sinalização da pista. A Polícia Rodoviária Estadual possui estatísticas dos acidentes. Num comparativo entre 2003 e 2004, o total de acidentes foi de 78 e 98 e o número de acidentes com vítimas foi de 46 e 43, respectivamente. O número de vítimas fatais foi aumentou de quatro para cinco mortos.

O número de acidentes sem vítimas em 2003 foi de 32 e em 2004, este índice subiu para 56. Cento e quarenta e dois veículos foram envolvidos no ano de 2003. Neste ano, o número também elevou, sendo de 172. Em 2003, 60 pessoas saíram feridas e em 2004, 61 pessoas.

O aumento no total de acidentes de um ano para outro, assim como de veículos envolvidos e acidentes sem vítimas mostra que há alguma coisa errada. Moradores das margens da rodovia apontam como principais causas a pista, cheia de buracos e que se deteriora a cada ano, como a imprudência de alguns motoristas, que pisam fundo no acelerador e promovem manobras de assustar.

Assistir a tantos acidentes já está cansando a população, principalmente em Testo Central e nas proximidades da Oficina Reinicke. Segundo a população local, os acidentes são diários e não resultaram em mais mortes por milagre. Eles pensam inclusive em fechar a rodovia se providências não forem tomadas. Uma das sugestões é a implantação de lombadas eletrônicas. Para eles, o argumento de que estes equipamentos são muito caros, não desculpa a responsabilidade do governo, pois uma vida não tem preço. E este ano, cinco já se perderam.

Culpados e inocentes à parte, o certo é que esta rodovia está se igualando à BR-470, que começa a ser chamada de “rodovia da morte”. Faz-se não somente urgente, como necessário, um serviço de reparos na pista, assim como um policiamento mais ostensivo, o que vai coibir o excesso de velocidade.

O que todos estranham é que o recapeamento da SC-418 já foi licitado este ano, com divulgação até em jornais, sendo que as obras deveriam estar sendo executadas, praticamente em etapa final. Não se sabe porque o Governo do Estado não iniciou as obras. Enquanto isso, os moradores assistem, de mãos atadas, os acidentes e conseqüentes vítimas.