Vale do Itajaí

Rio passa da marca de 13 metros e Rio do Sul enfrenta a segunda pior enchente de sua história

Rio chegou a marca de 13,04 metros na madrugada deste sábado, 18

18 de novembro de 2023

Rua Wenceslau Borini. (Foto: Rafael Constante / PMRS)

Rio do Sul enfrenta a segunda maior enchente de sua história. Na madrugada deste sábado, 18 de novembro, o pico do rio chegou a 13,04 metros, segundo dados da Defesa Civil. Esta é a segunda maior marca da história, na cidade do Alto Vale do Itajaí, menor apenas do que em 1983, quando o rio chegou a 13,58 metros.

O volume de chuva na cidade, segundo a Defesa Civil, passou dos 180 milímetros em 48 horas e, embora o rio tenha começado a baixar lentamente, o alerta de chuva para o sábado continua.

Os volumes de precipitação podem variar entre 20 e 30 milímetros em Rio do Sul, segundo as previsões.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, foram registradas ao menos 56 ocorrências relacionadas à chuva, entre quinta e sexta-feira.

Foram cerca de 40 deslizamentos de terra, quatro quedas de árvores e duas quedas de muros. Cinco casas foram interditadas pela Defesa Civil, duas no bairro Laranjeiras e três no Boa Vista.

São 21 abrigos abertos na cidade, com 1.056 pessoas, sendo de 312 famílias. Os números não foram atualizados e devem ter correção ao longo desta manhã. O morador que precisar de abrigo, deve ligar para a Defesa Civil no telefone 199 para encaminhamento.

O aviso para a comunidade estar atenta a deslizamentos de terra permanece em Rio do Sul, com atenção a sinais como rachaduras em paredes, muros, barrancos ou árvores, além de postes tortos.

Imagens divulgadas nas Redes Sociais mostram como o rio teve uma rápida subida de nível, na Rua Fernando Silva, bairro Canoas:


 

Rio do Sul decreta estado de calamidade pública

Por conta de novos prejuízos, mais espaços públicos invadidos pela água e a necessidade de realizar inúmeros serviços de recuperação, limpeza e organização, o município está sob novo decreto de Estado de Calamidade Pública.

Assinado pelo prefeito José Thomé e publicado no Diário Oficial dos Municípios nesta sexta-feira (17), o decreto estabelece algumas medidas por conta da enchente, como a mobilização completa dos serviços públicos, convocação de equipes, formação de bancos de voluntários, entre outros dispositivos legais.

Além disso, amplia a vigência do Estado de Calamidade já instalado na cidade desde outubro, por conta da primeira enchente que atingiu em torno de 11,86 metros na cidade.

O decreto dá instrumentos para o município buscar recursos para reconstrução de prédios públicos e estrutura pública como vias, pontes, praças, parques e outros locais de uso da comunidade. E facilita ainda a obtenção de crédito às empresas

 

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