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Raiva bovina

Três propriedades pomerodenses aguardam resultado laboratorial para confirmar a doença. Em 2013, Pomerode registrou 15 casos confirmados

1 de junho de 2015

A raiva é uma doença causada por um vírus transmitido pelo morcego hematófago Desmodus rotundus e caracteriza-se por ser fatal. Considerada o maior problema de saúde pública na América do Sul, a raiva bovina teve 15 casos confirmados em 2013 e, neste ano, três propriedades estão aguardando confirmações laboratoriais.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Rural de Pomerode, a doença é controlada através da prevenção. A prevenção é realizada através da vacinação sistemática dos animais. Devem ser vacinados os bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a três meses. Animais primovacinados deverão ser revacinados 30 dias após a primeira vacinação. Feito isso, vacinar os animais anualmente. O serviço veterinário oficial deve ser comunicado quando houver sinais de mordedura constante e/ou diária nos animais, para que os procedimentos do Programa de Controle de Raiva dos Herbívoros sejam adotados, explica.

Em caso de suspeita da doença, é preciso comunicar o Serviço Veterinário Oficial e não entrar em contato com secreções (saliva) do animal, meio de contágio em humanos. A raiva pode ser transmitida para o ser humano através do contato com a saliva desde que haja algum corte, ferida, arranhão profundo ou queimadura na pele. A raiva não tem cura. O produtor deve evitar o contato com animais suspeitos, ressalta.

Segundo a Vigilância Epidemiológica de Pomerode, a vacina somente é feita quando um indivíduo tiver exposição à um animal infectado de raiva. Então, o mesmo, deverá procurar a Unidade de Saúde de sua Referência e/ou Hospital para realização de Notificação. Ela é disponibilizada pelo Ministério da Saúde via Sistema Único de Saúde, em âmbito nacional, a quem precisar, informa a Vigilância Epidemiológica.

Aos animais, recomenda-se que a vacinação seja efetuada em todo o rebanho. A recomendação é que todos os animais do rebanho sejam vacinados. E em zonas de risco eminente revacinar após seis meses. Esquema de vacina em áreas não endêmicas. Animais acima de três meses de idade – uma dose e repetir após 30 dias. Este esquema se repete em animais nunca antes vacinados no rebanho. Após, repetir anualmente, completa a Secretaria de Desenvolvimento Rural.

Pomerode possui, aproximadamente, 7.500 cabeças de gado e a conscientização é muito importante. Os primeiros sinais, da doença são andar cambaleante, salivação, aerofagia, inapetência e vocalização. Depois desses sinais o animal entra em estado paralítico e, então, é necessário esperá-lo vir a óbito. Isso ocorre em aproximadamente dez dias.

Durante o período em que apresentar os sinais da doença, o animal deve ficar isolado do resto do rebanho e, após o óbito, ser enterrado.

O vírus da raiva ataca o sistema nervoso dos animais acometidos, apresentando sinais clínicos em forma paralítica, pois penetra na corrente sanguínea, ataca os nervos até chegar à espinha e finalmente atinge o cérebro do animal.

Devido à ineficácia de tratamentos e a grande possibilidade de transmissão para outros animais e para o homem, é de máxima importância a conscientização da população em respeitar o habitat dos morcegos e, vacinar os animais contra a raiva, anualmente.

Para tirar dúvidas ou contatar o setor responsável, basta ligar para a Sederma, 3387-7243 ou ao Cidasc, 3387-7205.

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