Quinze prêmios a mais para a coleção

Que o Corpo de Baile Municipal de Pomerode tem muito potencial todos sabem. As meninas, que no ano passado conquistaram 75 prêmios em festivais, voltaram aos palcos neste último fim de semana. O Ballet Cultura esteve na cidade de Taubaté, em São Paulo, participando do 3º Taubaté em Dança.

As bailarinas, e o bailarino, foram para São Paulo com a expectativa de conquistar muitos prêmios para nossa cidade. “O Corpo de Baile de Pomerode foi o único grupo catarinense a participar do festival. Os bailarinos participaram com 14 coreografias e conquistaram premiação em todas. Inclusive, oito premiações foram de primeiro lugar”, conta a coordenadora do grupo, Andrea Ianetta Hradec.

Além de todos os prêmios, mais uma vez, levou o prêmio de melhor grupo. “Eles também conquistaram a premiação de melhor grupo do festival na somatória das notas entre: figurino, coreografia e técnica dos bailarinos, trazendo mais um troféu para a cidade. Fomos com 14 coreografias e voltamos com 15 troféus”.

A professora ressalta que o grupo retornou às atividades no início do ano e que estão se preparando muito para os festivais que ainda virão. “Estou mega feliz, isso significa que o nosso trabalho está crescendo. Iniciamos o ano com ótimos resultados. Valeu toda a nossa dedicação em ensaios nas férias e feriados”.

Andrea conta ainda que, no início deste ano, o Corpo de Baile municipal conseguiu a subvenção da Prefeitura e Fundação Cultural, e que, com esta verba, os bailarinos poderão participar de ainda mais festivais, além de tranquilizar a situação financeira do grupo. “A notícia já veio em dezembro do ano passado, quando a prefeitura finalmente assinou a entrega da subvenção para o Projeto. Desde o início de 2014, já tramitava na Câmara de Vereadores um Projeto de entrega de verbas para o Ballet Cultura, que já tinha sido aprovada, e aguardava a assinatura do Executivo. Ficamos realmente muito felizes com o resultado, pois foram dois anos sem verba alguma, o que nos fez desistir de muitos festivais pela falta de dinheiro”.

O que também não falta são agradecimentos a todos que auxiliam o grupo para que ele possa alçar voos cada vez maiores. “Agradeço aos pais que sempre me ajudam e sonham junto com as bailarinas em chegar aonde queremos. Agradeço a Prefeitura, Fundação Cultural, Unimed e empresa Volkmann, que sem eles não teríamos realizado mais um sonho”.

A mãe de Andrea, Cecília Ianetta Hradec, conta que está cada vez mais feliz ao ver que o projeto vem evoluindo e crescendo.

“Estou maravilhada com o trabalho que o Corpo de Baile Ballet Cultura vem apresentando em diversos festivais de dança, trazendo merecidamente muitos troféus para nossa cidade. Quero parabenizar a todos os bailarinos pela brilhante dedicação e especialmente a minha filha recheada de tanta inspiração e bom gosto em tudo que faz”. 

Para a mãe de uma das bailarinas, Mariane L. Krüger, estar junto com eles nestes momentos é uma sensação inigualável.

“Leva-los para festivais de alto nível os tira da zona de conforto e as motiva ao aperfeiçoamento. O resultado é o sucesso! A cada temporada o trabalho da professora, coreógrafa e figurinista se consolida e nos mostra que ela é uma profissional completa nesta área”.

Para Elisângela Meier, mãe de outra bailarina, a experiência de participar junto com os bailarinos deste festival foi muito gratificante. “Acompanhar 24 bailarinos num festival de dança em Taubaté é ver o sol nascer e se pôr dentro de um ônibus, é esperar para tomar banho num chuveiro frio, é dormir num colchonete entre bailarinos que falam enquanto sonham, é acordar às seis da manhã com o cheiro de gel e laquê, é almoçar bananas, é escutar, de dentro de um camarim embaixo do palco os saltos da coreografia que você já viu tantas vezes que poderia até mesmo dançá-la. É esperar pela troca de figurinos com grampos nas mãos, cabeças e chão. É guardar tudo em sacolas e no coração para esperar a premiação. É ouvir o nome do Ballet Cultura ser chamado 14 vezes para receber prêmios. E, depois da maratona, ver pela 15ª vez eles no palco receber o prêmio de melhor grupo. É ver pela segunda vez em três dias o sol nascer e se pôr de dentro de um ônibus, não pensar no cansaço, apenas no orgulho que é ter a honra de fazer parte de uma história tão linda!”.

Este ano, o grupo ganhou um novo integrante: Fransuê, um menino que desde os seus quatro anos já dança balé e que foi convidado a integrar o Corpo de Baile Municipal. Para a mãe, Sandra Vendramin, esta é uma grande conquista. “Fico muito feliz de poder ter ido junto. O Fransuê sempre gostou de balé e eu tenho muito orgulho dele pelo que ele está conquistando junto com o grupo. Ele é o orgulho da nossa família. Houve pessoas que criticaram, mas provamos que é possível superar todas as adversidades. Todas as meninas são muito esforçadas e a profesorra Andrea é muito dedicada a fazer tudo isso acontecer. Não é fácil, é muito puxado, mas no fim vale a pena. É importante lembrar que o grupo está sempre aberto a ajudas e incentivos, que são importantes para que eles possam ir cada dia mais longe”, relata.