Esporte

Quase um mês de espera

O último jogo realizado pela competição comunitária aconteceu há quase um mês, no dia 11 de maio.

7 de junho de 2019

Com diz o ditado, “um é pouco, dois é bom e três é demais”. Neste caso, este dito popular pode caber numa situação que vem acontecendo, atualmente, em Pomerode. Isso porque, nos últimos três fins de semana, as quartas-de-final do 14º Campeonato Integração de Bairros de Futebol 7 Society vêm sendo adiadas, sempre pelo mesmo motivo: a chuva, que insistiu em cair, nas últimas semanas, em nossa região. Para se ter uma ideia, o último jogo realizado pela competição aconteceu há quase um mês, no dia 11 de maio.

E onde há algo relacionado a futebol, há polêmica. Alguns não concordam, outros já alegam que, com condições climáticas adversas, a competição seria prejudicada. Indiferente disso, o caso é que todos estão com saudade de ver um belo espetáculo futebolístico, aos sábados à tarde.

E até quanto uma paralisação como esta, de quase um mês, pode prejudicar os atletas? Para responder esta pergunta, convocamos o Dr. Thiago Fabrício de Mello, especialista em Medicina Esportiva, para elucidar essas questões.

Segundo o profissional, é preciso considerar se os atletas continuaram realizando atividades físicas ou não. “Caso algum atleta ficou totalmente parado, neste período, dizemos que houve um ‘destreinamento’. Temos alguns trabalhos mostrando que, quando a interrupção na atividade física supera os 10 dias, já há uma redução na resposta cardiovascular, perda da força muscular, alteração do sistema metabólico e imunológico e variações de rentabilidade. Neste caso, o jogador pode perder um pouco daquilo que ele vinha adquirindo, como força e rendimento”, enfatiza.

 

 

Mello ressalta, também, que o retorno deve ser gradativo, para que o atleta não venha sofrer algum tipo de lesão ou problema, futuramente. “A pessoa não pode voltar de onde ela parou, o ideal é que seja feito um processo de adaptação, tomando alguns cuidados com relação à intensidade, atividade, duração e força da atividade. Claro, existe a memória muscular, e nesse caso, o corpo terá uma readaptação mais rápida. De qualquer maneira, os cuidados são primordiais”.

Ainda segundo o especialista, é fundamental que qualquer pessoa, que esteja iniciando ou praticando uma atividade, seja orientada por uma equipe multidisciplinar, de preferência, com médico – com visão para a área esportiva -, nutricionista, psicólogo, professor de Educação Física, entre outros profissionais. “É primordial que o atleta esteja sempre bem orientado e com seus exames em dia, para que a atividade física aconteça da melhor maneira possível”, finaliza.

 

QUARTAS-DE-FINAL

E já que a expectativa para a volta da competição comunitária é grande, é preciso que São Pedro colabore para que, enfim, os confrontos das quartas-de-final possam ser realizados, neste sábado, dia 08 de junho.

No campo do Grêmio (Wunderwald), a partir das 14h, o Testo Rega / Formigueiro encara o Testo Central / Buregas. Logo após, às 15h, Ribeirão Areia / Centro / Democrata mede forças com o Pomerode Fundos / Concórdia. Já no Nacional (Alto da Serra), às 14h, Testo Central / Amigos do Pinguim enfrenta o Testo Rega / América. E, na sequência, o Alto da Serra / Testo Rega / Nacional recebe o Testo Alto / Caramuru.

Caso alguma das partidas termine empatada, haverá prorrogação de 10 minutos e, persistindo a igualdade, a decisão será nos pênaltis. No entanto, qualquer mudança nesse quadro climático poderá alterar a rodada. 

 

A PALAVRA DOS DIRIGENTES

Toda parada de campeonato não é boa, pois tudo está embalado, jogadores, torcida fluindo, de uma forma ou outra, exceto, se há alguma equipe com jogador machucado. Eu, até agora, fui favorável aos cancelamentos, pois o nosso tempo não nos ajudou, mas esperamos que sábado consigamos, enfim, jogar, para prosseguir ou não no campeonato.

Vanderlei Angeli, Testo Rega / Formigueiro

 

Para nós, não muda nada, pois sempre estamos jogando amistosos. De fato, os campos não tinham condições, o que somente iria prejudicar todos os times. Este é um campeonato muito forte e temos que estar preparados.

Rafael Harmel, Testo Central / Buregas

 

Fomos favoráveis, em primeiro lugar, à integridade física dos atletas. O ritmo de competição acaba caindo um pouco, mas nós realizamos alguns treinos no gramado sintético do Floresta e, também, no campo do Grêmio, visando a disputa das quartas-de-final.

Haroldo Krambeck, Ribeirão Areia / Centro / Democrata

 

Esses sucessivos cancelamentos prejudicam a equipe, que acaba perdendo ritmo de jogo. Então, você começa um campeonato praticamente do zero, o que acaba “esfriando” as emoções. Eu acredito que eles poderiam já ter colocado no regulamento algo sobre disputar partidas em campo sintético, caso houvesse algum cancelamento, para que não fosse quebrado o ritmo da competição. Deveria se pensar em algo a respeito.

Odirlei Dolçan, Pomerode Fundos / Concórdia

 

É claro que a gente queria jogar, mas não havia condições, por isso, foi tomada a decisão certa. Além de atrapalhar o jogo, as torcidas iam ter dificuldade de assistir. Essa paralisação atrapalha, sim, pois nossa equipe vinha embalada, mas vamos para o jogo e que vença o melhor.

Israel do Nascimento, Testo Central / Amigos do Pinguim

 

Pelo motivo das chuvas, foi realizada, entre os coordenadores de cada equipe, uma votação. E nela, todos estiveram de acordo com os cancelamentos. É uma pena a chuva ter prejudicado o andamento das rodadas espetaculares que estávamos tendo, não apenas aos atletas, mas sim, a quem vai nos prestigiar. Talvez haja prejuízo para as equipes, no entanto, tivemos tempo para acertar o que estava errado.

Jean Zanatta, Testo Rega / América

 

Nas condições em que se encontravam os campos, sou 100% favorável. Devemos priorizar a integridade física dos atletas e, além disso, como estamos nas quartas-de-final do campeonato, estragaria o espetáculo. Acredito que essa parada não afeta o desempenho. A equipe do Nacional está concentrada, independente da data do jogo.

Sidnei Siewerdt, Alto da Serra / Testo Rega / Nacional

 

A posição da nossa equipe, no primeiro e segundo fim de semana que cancelaram, era de que poderia haver jogo. Só no último, concordamos com o cancelamento, pois choveu a semana inteira. Muitos cancelamentos fazem a equipe perder ritmo, e o campeonato, perder a graça.

Marcos Krahn, Testo Alto / Caramuru

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