Profissão: cuidar das madeixas
Todos gostam de manter os cabelos bonitos e saudáveis, e para isso, não medem esforços para encontrar alguém que proporcione o melhor cuidado.
Todos gostam de manter os cabelos bonitos e saudáveis, e para isso, não medem esforços para encontrar alguém que proporcione o melhor cuidado. Portanto, este profissional deve carregar sempre consigo, o conhecimento necessário para o atendimento ideal ao seu cliente. Este profissional é o cabeleireiro, que tem seu dia comemorado em 03 de novembro. Ele é o responsável pela saúde e beleza dos cabelos, sejam de homens ou mulheres. Por meio de escovas, aplicação de cremes, químicas, tinturas (caso deseje mudar a coloração) e da tesoura, para mantê-los sempre no tamanho e estética ideal, buscando o melhor resultado para agradar aqueles que o procuram.
Desde sempre, estes profissionais fazem parte da história da civilização, passando por diferentes épocas e diversos modismos. Nos tempos da antiga Assíria, região do atual Oriente Médio, os cabeleireiros tornaram-se famosos pelos seus penteados, por cortarem o cabelo dando-lhe a forma de uma pirâmide egípcia, por exemplo. No mundo ocidental, e mais especificamente no Brasil, a evolução das maneiras de cortar o cabelo, diversificando e popularizando a profissão de cabeleireiro, não foram diferentes. Nos anos 40, época em que começaram a surgir as primeiras cabeleireiras do sexo feminino, uma vez que grande parte dos homens alistavam-se para Segunda Guerra Mundial, era comum o uso do turbante, caracterizando uma moda tipicamente influenciada pelo contexto histórico. Na época, os produtos capilares eram escassos, pela baixa tecnologia e devido à guerra. Nos anos 50, tornou-se comum o uso de reflexos nos cabelos, deixando-os mais claros e brilhantes. Nesta mesma época, era comum o estilo de penteado, influenciado por atrizes do cinema americano, conhecido como helmet (capacete), quando o cabelo era ajustado exatamente ao formato da cabeça, fixando-o com o uso de laquês. Com a eclosão dos movimentos jovens nos anos 60 e 70, os cabeleireiros passaram a fazer os cortes black power, punk e rastafari, que muitas pessoas usam até hoje. Nos anos 80, foi a vez dos permanentes, bastante cacheados e volumosos, virarem moda entre as pessoas, influenciadas pelo cinema e novelas.
Compartilhando um pouco de sua experiência como cabeleireira, Norma Konel Schröder, de 49 anos, proprietária do Salão da Norma, atua há 31 anos na profissão e fala sobre o prazer de cuidar das mechas dos pomerodenses.
Segundo ela, um cabeleireiro precisa dispor de algumas virtudes para poder acolher os seus clientes. O cabeleireiro precisa, principalmente, gostar do que faz e gostar de lidar com pessoas. Além de ter sempre a vontade de aprender, estar sempre buscado novidades e estudar novas técnicas e métodos. Essa é a chave para uma carreira bem sucedida.
Ser cabeleireiro é muito mais do que passar a tesoura no cabelo das pessoas. Norma afirma que é necessário, assim como e outras profissões, um curso profissionalizante, que vai ensinar ao futuro profissional o básico para ele começar a seguir esse caminho. Há diversas escolas particulares que oferecem o curso de cabeleireiro e há também cursos de iniciativa pública. Além, é claro, dos cursos de especialização, que se faz após a conclusão do profissionalizante explana.
Norma conta ainda que o público que mais lhe procura são mulheres. Elas buscam principalmente alisamento, hidratação, corte e tinturas, mas há de tudo um pouco. Entretanto, os homens também fazem parte do meu público, pois eles estão cada vez mais preocupados com a aparência, tornando-se mais vaidosos. Isso é uma revolução no mundo da estética.
Quanto à rotina, Norma afirma que há dias e dias, mas que sempre tem trabalho. Tem dias que é mais movimentado, e dias que são mais calmos. No final de semana que é mais movimentado, devido à quantidade de eventos que as pessoas têm. E explana também sobre a importância do profissional cabeleireiro. Usar química em casa pode ser perigoso, pois muitas vezes as pessoas não sabem ao certo o que pode e o que não pode ser usado em seu tipo de cabelo. É aí que o cabeleireiro entra, ele conhece de produtos e químicas e sabe qual a marca e composição mais adequada para cada tipo de cabelo.
Realização profissional é um objetivo que todos os profissionais buscam, e para Norma, ela vem de várias maneiras. Quando eu transformo a aparência de alguém e vejo que a pessoa ficou feliz com seu novo estilo, é gratificante. Também há a relação com os clientes, a amizade que criamos, a confiança que eles adquirem em nós. Acaba que não somos apenas cabeleireiras, somos muitas vezes amigas, confidentes, conselheiras. Além disso, não seríamos nada sem os clientes. Ela fala também da sua experiência no voluntariado. Eu, juntamente com outros profissionais da beleza, realizamos trabalhos voluntários no Asilo e na Casa da Solidariedade. Acho que este trabalho também é muito importante, proporcionar alegria a outras pessoas. Isso também me deixa realizada.
Com tantas histórias, conservadas em 31 anos dedicados aos cabelos, Norma tem a dizer que se sente muito feliz em ser cabeleireira. Me sinto feliz por ter ensinado a muita gente o que eu sei, de ter passado o aprendizado adquirido para outras pessoas. O segredo para você ter sucesso na sua profissão é amar o que faz. E eu amo ser cabeleireira.