Estado

Professor suspeito de ameaçar alunos e colegas de trabalho é afastado das funções, em SC

Ele permanecerá afastado pelo menos até realizar uma perícia médica oficial para saber se tem ou não condições de exercer as funções

11 de fevereiro de 2025

Foto: Envato Elements/Imagem Ilustrativa

A Justiça atendeu ao pedido liminar feito pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em uma ação civil e determinou que um professor da cidade de Alfredo Wagner continue afastado da escola estadual onde é lotado, pelo menos até realizar uma perícia médica oficial que comprove sua capacidade para exercer a profissão.

Ele não dá aulas desde 2023, quando foi diagnosticado com transtorno de humor bipolar e de personalidade, mas neste ano apresentou um atestado particular e recebeu autorização para voltar a atuar.

Ao saber que o professor retornaria às atividades, representantes da comunidade escolar procuraram a Promotoria de Justiça da Comarca de Bom Retiro, apreensivos, afirmando que os alunos e colegas de trabalho sentem medo dele devido a situações que teriam ocorrido no passado e no presente, como supostas ameaças – até de morte. Ele teria feito uma postagem nas redes sociais dizendo que “muitos irão cair” e que “devem se segurar e agarrar no que puderem”, o que aumentou o temor de todos.

Ciente dos fatos, a Promotora de Justiça Bruna Vieira Pratts ajuizou a ação civil na última sexta-feira (7), em tutela de urgência. “Verifica-se que a aplicação da medida de proteção em favor dos alunos da referida escola é necessária e adequada neste momento, em razão da nítida exposição de risco às suas integridades físicas. Por se tratar de crianças e adolescentes em situação de risco, faz-se necessária a aplicação de medidas imprescindíveis antes que a situação se torne irreversível e tome proporções ainda maiores”, argumentou.

O magistrado de plantão deferiu o pedido liminar no último sábado (8), determinando que o professor continue afastado das atividades. A decisão diz que seu retorno à unidade escolar “pode implicar em risco para os alunos e demais servidores, notadamente em virtude do mal que o acomete”. O processo está em segredo de justiça por envolver crianças e adolescentes.

A Promotora de Justiça Bruna Vieira Pratts conclui dizendo que “o Estatuto da Criança assegura a proteção integral à criança e ao adolescente de toda forma de violência ou risco, a fim de garantir sua dignidade e o pleno desenvolvimento em um ambiente seguro, e é função do MPSC buscar a efetivação desse direito”.

Fonte: Ministério Público de SC

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