Problema que afeta a todos
Não há nada mais desagradável do que, quando você precisar utilizar o transporte coletivo, ter que se deslocar muito para chegar até um ponto de ônibus.
Não há nada mais desagradável do que, quando você precisar utilizar o transporte coletivo, ter que se deslocar muito para chegar até um ponto de ônibus. Mais desagradável ainda é você chegar ao local e ver que o abrigo não existe, ou que ele simplesmente foi mudado de lugar. Pois é essa situação que muitas pessoas enfrentam diariamente em Pomerode.
A falta de pontos de ônibus é constatada, não somente pelos usuários, mas também pelos motoristas de ônibus. Edílson Falk, que faz a linha circular entre o bairro de Testo Alto e a empresa Karsten, em Blumenau, diz que poderia haver mais locais específicos para que as pessoas possam embarcar ou desembarcar. Eu acho que deveria haver mais pontos de ônibus em Pomerode, pois a gente fica com pena daquelas pessoas que precisam andar muito para chegar até um. Além disso, em muitos locais, alguns abrigos foram retirados, o que traz muitos transtornos, diz.
Edílson relata que os motoristas tentam ajudar os passageiros, mas que essa atitude pode gerar muitos transtornos. Nós somos orientados, não somente pela nossa empresa, mas também pela Polícia Militar, a parar somente nos locais definidos. No entanto, em alguns casos, não há o que fazer, pois os locais não têm a estrutura desejada. Mas é um risco, pois se acontecer um acidente, o condutor do ônibus é o responsável. Um exemplo está na saída de Testo Alto, onde é preciso desembarcar os passageiros quase na esquina com a Rua Presidente Costa e Silva. Além disso, quando chove, ali fica muita água parada e a saída fica prejudicada. O ideal seria colocar um ponto de ônibus nas proximidades, para que todos possam descer do ônibus com segurança, enfatiza.
O motorista aponta mais alguns pontos críticos, como próximo ao Hospital, onde havia um ponto e foi retirado, e próximo ao Rega Materiais de Construção, onde aconteceu o mesmo. Essa situação é confirmada pela atendente Adela Piske. Na entrada da Rua Benedito Novo, sempre havia um ponto de ônibus. Com as obras ali efetuadas, o ponto foi retirado e as pessoas precisam andar para chegar ao próximo. O ônibus ainda para no local, mas os passageiros precisam enfrentar chuva ou sol enquanto esperam a condução, conta.
Centro – Essa situação não é exclusiva dos bairros. No Centro da cidade, a população também sofre com a falta de abrigos. É o caso do ponto próximo ao Supermercado Gumz, onde apenas um piquete informa que ali é um local de parada. Outra situação ocorre na Rua Hermann Weege, nas imediações da Escola Curt Brandes, em virtude de um acidente ocorrido no dia 29 de setembro de 2012, quando um veículo colidiu contra o ponto de ônibus ali localizado, destruindo-o completamente. Depois de seis meses, restam apenas as pilastras caídas no chão.
Defronte à Igreja Evangélica, no Centro, quem quiser utilizar o transporte coletivo, vai ter que esperá-lo enfrentando as intempéries. Segundo relato de alguns passageiros, isto é uma situação que não poderia acontecer, ainda mais depois das obras de reurbanização. O horário mais crítico é após ao meio-dia, quando o calor, principalmente no verão, torna-se insuportável.
Planejamento – O problema da falta de pontos de ônibus apontado pela população é de conhecimento do poder público. Tanto que o Secretário de Planejamento, Mauricio Gorigoitia Vega, ressalta que o maior problema não é a ausência de pontos específicos, mas sim, a falta de baias para que os ônibus possam estacionar. Por isso, a Secretaria está trabalhando para melhorar esta situação.
Desde que assumimos, estamos fazendo um planejamento que visa melhorar a mobilidade de Pomerode como um todo. E neste plano, estão contemplados os pontos de ônibus. Temos a convicção de que existem muitos locais que precisam ser melhorados e adaptados, por isso, estamos trabalhando para que a população inteira possa ser beneficiada, enfatiza.
Estamos realizando um estudo minucioso, que visa atender a todas as localidades pomerodenses. Nesse contexto, estão sendo viabilizadas soluções para aumentar o número de pontos, tanto de ônibus, quanto de táxis e também com relação à acessibilidade. O poder público não pode tomar decisões paliativas. Ele deve planejar agora para que todos possam ser beneficiados, no futuro, finaliza.