Previsão para o outono
Estação será marcada por nevoeiros e chuvas dentro da média em Santa Catarina
Em abril, a previsão é de chuva próxima à média climatológica em SC. A partir de maio os indicativos são de chuva acima da média, por influência do fenômeno El Niño. No trimestre as chuvas diminuem em relação ao verão, ficando com valores de 120 a 200 mm mensais no Oeste e Meio Oeste, e de 80 e 140 mm do Planalto ao Litoral. As chuvas são preferencialmente causadas pela influência de frentes frias, sistemas de baixa pressão e vórtices ciclônicos. Também é a época de atuação frequente dos ciclones extratropicais, próximos ao litoral, que oferecem perigo às embarcações, com ventos fortes e mar agitado, que muitas vezes resultam em ressaca.
Destaque: eventos extremos podem ocorrer neste outono, como em qualquer época do ano, por vezes com acumulados significativos de chuva em curto espaço de tempo.
Em relação à temperatura, a previsão é de temperatura acima da média climatológica, no trimestre. Ondas de frio vão chegar ao estado, porém com curta duração. Neste ano, os períodos de frio devem ser intercalados por períodos mais quentes.
É característica do outono, noites e madrugadas mais frias devido à frequência das massas de ar frio e seco, refletindo em temperaturas mínimas mais baixas. No decorrer de abril e em maio, as ondas de frio chegam mais intensas a SC, com geadas generalizadas em todas as regiões catarinenses e, possibilidade de neve, principalmente, no Planalto Sul, em maio e junho.
Mesmo assim, eventos prolongados de temperatura elevada (acima de 30ºC) podem ocorrer, especialmente no mês de maio, caracterizando os veranicos.
Outra característica do outono são os nevoeiros nas primeiras horas da manhã e a grande amplitude térmica diária (diferença de temperatura mínima e máxima), ou seja, o dia começa com temperaturas mais baixas e durante a tarde, com a presença do sol, a temperatura sobe e faz calor.
A Temperatura da Superfície do Mar (TSM): No mês de fevereiro e entre os dias 15 e 21 de março, a TSM (Temperatura da Superfície do Mar) no Oceano Pacífico Equatorial, região de monitoramento do El Niño, apresentou anomalia positiva, acima da média climatológica, em torno de 0,5ºC e 1,5ºC no Pacífico Oeste e Central e negativas (entre zero e -0,5°C) no Pacífico Leste como mostram as Figuras 1 e 2. Diferente dos últimos meses, em março houve o acoplamento atmosférico (enfraquecimento dos ventos alísios e aumento da convecção no Pacífico Oeste) e oceânico (TSM), configurando o fenômeno El Niño de fraca intensidade. O fenômeno persiste nos próximos meses, com maior influência no Sul do Brasil no inverno e primavera.
Fonte: Epagri/Ciram