Pomerode tem menos de 40% de cobertura vacinal contra a Gripe, para os grupos prioritários

A Campanha de Vacinação Nacional contra a Gripe (Influenza) foi prorrogada por mais 30 dias pelo Ministério da Saúde, seguindo, portanto, até o fim do mês de junho.

Isso porque o setor da saúde identificou uma baixa adesão ao imunizante. Em Pomerode, por exemplo, a cobertura vacinal não chega a 40%, para os grupos prioritários. Apenas 36,29% de gestantes, puérperas, crianças, idosos, trabalhadores da saúde e professores receberam o imunizante.

Na divisão por grupos prioritários, a adesão também é baixa e nenhum deles supera os 45%.

Gestantes: 35,42%

Puérperas: 19,15%

Crianças: 40,30%

Idosos: 43,25%

Trabalhadores da saúde: 32,17%

Professores: 9,07%

A vacinação para estes grupos é de suma importância, pois são mais suscetíveis à doença e podem sofrer mais com complicações causadas por ela. No entanto, para aumentar a proteção de todos, contra a Influenza, a vacina foi disponibilizada a toda a população, com mais de seis meses.

Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Pomerode, Simone Steffens, a imunização tem sido menos procurada desde o início da pandemia de Covid-19. “A Secretaria de Saúde vem percebendo a redução da procura pela vacina contra a Influenza desde o início da pandemia de Covid-19. Apesar de toda divulgação e sensibilização quanto à importância da vacina, temos percebido muita resistência por parte da população na aplicação da vacina”, analisa.

Caso não esteja imunizada, a pessoa está mais vulnerável ao vírus da Influenza, que é altamente transmissível e afeta o sistema respiratório. Simone alerta que as pessoas que são infectadas com o vírus podem apresentar sintomas leves, mas também ter sintomas mais graves, que podem exigir internação e até mesmo levar à morte.

Em alguns casos, principalmente na população que faz parte do público alvo, a Influenza pode causar sintomas mais graves como dificuldade para respirar, falta de ar e evoluir para complicações como pneumonia. Essas situações precisam de hospitalização e podem evoluir para o óbito.

“Estamos observando um cenário onde muitas pessoas apresentam sintomas respiratórios, realizam o teste para Covid-19 e o resultado é negativo. Essa é uma indicação de que há outros vírus circulando. A situação preocupa porque percebemos que as pessoas não têm a mesma atenção em evitar a transmissão como acontecia no período da pandemia, como se outros vírus respiratórios, como a gripe, fossem de menor importância. Por isso, quando o resultado do teste de Covid-19 é negativo, abandonam as medidas de proteção não farmacológicas (uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento social…) que também evitam a transmissão da Influenza, mantendo a cadeia de transmissão ativa. Esse tipo de atitude faz com que muitas pessoas precisem de atendimento médico. As unidades de saúde possuem capacidade de atendimento limitada e o aumento da procura pode impactar na demora do atendimento prestado”, enaltece a coordenadora de Vigilância Epidemiológica.

Ações de conscientização

Para aumentar a cobertura vacinal contra a Gripe, a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, já realizou algumas ações especiais. Uma delas foi o Dia D de Vacinação e, atualmente, há a vacinação em horário estendido, nas unidades de saúde. Este horário estendido segue até esta sexta-feira, 02 de junho.

A vacinação acontece das 16h às 20h nas ESF Hosrst Wilhelm Bernhardt, ESF Jane Meri Seibert Fernandes e Unidade Sanitária Prefeito Alwin Klotz. As vacinas também são ofertadas durante o dia nas Unidades de saúde que possuem sala de vacinas.

A partir do dia 05 de junho a vacina contra Influenza continua sendo aplicada em todas as Unidades de Saúde (exceto Unidade Sanitária Prefeito Alwin Klotz) das 07h às 11h45min e das 13h às 15h45min.

Prevenção

Simone destaca, ainda, que outras ações podem ajudar a prevenir a Gripe, mas que a vacinação é uma das mais eficazes, principalmente para prevenir o agravamento do quadro, evitando hospitalizações e mortes.

“A vacina contra a gripe oferecida na rede pública de saúde é gratuita e protege contra três subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e influenza B, que são os que mais circulam. Importante fortalecer também as medidas não farmacológicas para a prevenção da influenza”, frisa.

Estas medidas não farmacológicas são:

– Lavar as mãos com frequência;

– Utilizar lenço descartável ou o antebraço ao tossir ou espirrar;

– Evitar tocar olhos, nariz e boca;

– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

– Manter os ambientes bem ventilados;

– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;

– Evitar sair de casa em caso de sintomas respiratórios;

– Evitar aglomerações e ambientes fechados;

– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.