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Polícia Civil detalha ação que resultou na prisão de Eduardo Coimbra, em Blumenau

Coimbra era foragido do Presídio de Blumenau, quando atropelou e matou o policial militar rodoviário Alexandre Maciel

10 de maio de 2022

Foto: Divulgação

Três dias após a prisão de Eduardo Coimbra, que atropelou e matou o policial militar rodoviário Alexandre Maciel, a Polícia Civil deu detalhes sobre a ação que resultou na captura de Coimbra, que já era foragido da justiça, antes do atropelamento.

De acordo com o delegado Dr. Rodrigo Raitez, no sábado, a equipe da Divisão de Investigação Criminal (DIC) identificou a localização de Coimbra, que estava sendo procurando desde a noite de 24 de maio, quando atropelou o Cabo Maciel. O autor do crime foi encontrado na Rua João Pessoa, no bairro Velha, em Blumenau.

Coimbra estava em um apartamento há cerca de dois ou três dias, depois de abandonar um veículo roubado em Massaranduba, e ficar escondido no mato na cidade de Blumenau. Para fugir da região em que abandonou o veículo, o acusado teria abordado um morador e o obrigado a levá-lo a outro ponto da cidade, não sendo mais localizado seu paradeiro.

Posteriormente, Coimbra foi visto na região na Velha. O prédio onde ele foi encontrado possui mais apartamentos e, atrás da construção, há mato e um riacho, por isso, a fim de evitar uma nova fuga, foi montada uma operação para sua obter sucesso em sua captura.

“Com o prédio cercado, o indivíduo foi encontrado dentro do apartamento de joelhos, com as mãos na cabeça, solicitando que não fosse morto e dizendo que não estava armado. Ele chorou e depois conversou com a Polícia normalmente, mas não teve tom de deboche na delegacia. No apartamento também foram localizadas drogas, mas ele não falou sobre o assunto”, informou o delegado Raitez.

O acusado comentou, apenas, sobre o momento do crime. Segundo Coimbra, ele estava foragido e se assustou com a presença da polícia, tentou fugir e não conseguiu parar o veículo na fuga ao avistar o policial dando-lhe a ordem de parada. Coimbra também disse que desmaiou após o atropelamento do Cabo Maciel e, quando acordou, se deu conta do que aconteceu e fugiu. O foragido ficou escondido no mato por cerca de três ou quatro dias. Coimbra foi condenado a 28 anos de prisão após investigação da DIC em 2017, por roubo de veículos, e estava foragido após não retornar de uma saída temporária.

Depois do atropelamento, segundo os relatos, ainda em Massaranduba, ele furtou um carro e fugiu em direção a Blumenau. O delegado Raitez informou, ainda, que a proprietária do imóvel onde Coimbra foi encontrado não tem parentesco com ele e apenas deu guarida ao foragido, mas eles não se pronunciaram sobre o assunto.

Coimbra e a mulher que o escondeu tiveram a prisão homologada e convertida em flagrante devido as drogas encontradas no apartamento.

Segundo o Delegado Raitez, além dos crimes pelos quais já foi condenado, Coimbra responderá por outros delitos. “Tem a situação do atropelamento que vitimou o Cabo Maciel, sob responsabilidade da delegacia da cidade em que ocorreu o crime; o roubo da residência e carro, em Massaranduba; a situação em que obrigou um morador a levá-lo ao bairro Passo Manso e esta investigação a cargo da DIC. E, também durante o cumprimento de seu mandado de prisão, foram encontradas porções de drogas, que ele responderá pelo crime de tráfico”.

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