Piscicultura: um novo negócio
Criação de peixes, em Testo Alto, é a única de Pomerode a ser regulamentada pela Fatma e em apenas um sábado, foram retirados mais de 20 mil peixes, sendo 14 mil toneladas de tilápia.

14 toneladas de tilápia. Essa é a quantidade de peixes que um piscicultor retirou em apenas um sábado, dia 01 de dezembro, no bairro Testo Alto. O criadouro montado na casa de Maicon André Utech tem como objetivo vender e fornecer os peixes capturados para grandes empresas de pescados.
O local foi feito na própria casa do piscicultor, na qual foram feitas quatro lagoas, mais o berçário. Todo o trabalho é acompanhado pelo Técnico em Piscicultura, Marcelo da Silva, que além de monitorar todas as etapas da criação destes peixes, auxiliou na montagem correta de toda a estrutura feita em sua casa, desde o aterramento da lagoa, até os equipamentos que fazem as manutenções diárias do local.
“Sempre mexi com peixes desde criança, aí conheci o Marcelo e começamos a visitar outros lugares que são referência na criação de peixes, para que eu pudesse conhecer melhor todos os processos e os equipamentos que seriam necessários para ter aqui uma boa estrutura. Hoje temos aqui, contando com o berçário, uma área total de 12m². Com certeza, todo investimento valeu a pena”, declara Utech.
Da Silva explica que, para um bom resultado de pesca, como o registrado no dia 01 de dezembro, quando foram retirados quase 22 mil peixes, é necessário todo um processo minucioso. Desde do cuidado com os alevinos, filhotes de peixe, no caso, tilápias, até a manutenção das quatro lagoas.
“A piscicultura não deixa de ser uma empresa, se queremos o resultado, temos que colocar em prática toda técnica e as tecnologias disponíveis no ramo. No caso, colocamos os alevinos no berçário, para ganhar tamanho e maior agilidade na hora de capturar ao alimento. Depois quando o peixe atinge 50, 40g, transferimos eles para as lagoas maiores, onde fazemos a despesca final. Lá monitoramos o oxigênio, qualidade da água e a biometria para sabermos o quanto de ração é necessário para alimentar o peixe, deixando ele no peso ideal para a venda”, explica o Técnico Agrícola.
Após a retirada dos cardumes, a lagoa passa por um processo de limpeza. Alguns produtos químicos são jogados no fundo para a remoção de micro-organismos e impurezas deixadas por peixes que acabam morrendo durante o processo. Até o final do ano, Utech pretende retirar, aproximadamente, 30 toneladas de peixes. No ano que vem, a estimativa aumenta para 60 toneladas.