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Pelas ruas da cidade

Manifesto realizado no domingo, 12 de abril, reuniu menos pessoas, mas o objetivo foi alcançado: mostrar a insatisfação
com o atual governo

13 de abril de 2015

Um mês após as surpreendentes manifestações antigoverno de março, menos brasileiros tiraram suas roupas verdes e amarelas do armário para protestar contra a presidente Dilma Rousseff no domingo, 12 de abril.

Ainda assim, os movimentos continuaram sendo expressivos e espalhados por várias cidades do país, mantendo o governo numa situação delicada. Em Pomerode, mais de 140 pessoas foram às ruas em um dia marcado por diversos eventos a nível municipal, estadual e até nacional.

Para os organizadores, apesar do número ter sido menor do que a manifestação de março, ainda é satisfatório. “Levamos em consideração os cinco eventos que aconteceram no município no domingo e o número de presentes ainda é considerado satisfatório. Mais do que isso, é válido e não vamos parar por aqui”, ressalta John Zibell.

Novos protestos estão sendo planejados a nível nacional e, por ora, ainda não há definições. No entanto, segundo os organizadores, Pomerode participará novamente. “Estamos aguardando a nova data. O trabalho agora é atingir toda a população pomerodense insatisfeita para que eles venham às ruas. Essa questão vai ser estudada”, revela.

As entidades empresariais Acip e CDL de Pomerode também apoiara o manifesto pacífico, enaltecendo que é hora de união para demonstrar que juntos o povo deve e pode exigir que os políticos trabalhem representando os interesses reais da população, de forma ética e comprometida, para que tenhamos desenvolvimento econômico e serviços à altura dos impostos cobrados. 

Para John, esse apoio também tem sido de extrema importância. “Pudemos notar diversos empresários da cidade no manifesto, demonstrando a insatisfação com o atual governo quando o assunto são as altas taxas tributários e demais interesses relacionados aos mundo empresarial”, afirma.

E Pomerode, novamente, deu um show de organização, quando atravessou as ruas centrais da cidade de forma ordeira e pacífica. “O direito de manifestação, de reunião, de expressão foram plenamente atendidos e o direito de cidadania foi exercido de forma exemplar, ordeira e justa”, ressalta o comandante do Pelotão da Polícia Militar de Pomerode, Tenente Cristofer Tiemann.

A Polícia militar acompanhou todo o protesto para garantir segurança e organização. “A PM acompanhou toda a manifestação, desde organização até acompanhamento do trajeto. No dia do manifesto, cinco policiais trabalharam para garantir a integridade dos manifestantes e a ordem na cidade”, completa.

E, para o Tenente, ir às ruas para se manifestar é válido. “Tivemos um número bem expressivo nesta manifestação, onde o direito de cidadania e de liberdade de expressão foram plenamente atendidos. É extremamente válido o fato da população ir às ruas se manifestar, se expressar e dizer a que veio”, afirma.

Os números pelo Brasil – Manifestantes fizeram protestos contra o governo de Dilma Rousseff e contra a corrupção em ao menos 224 cidades em 24 estados e no Distrito Federal. 

Os números de manifestantes – 701 mil, segundo a polícia, ou 1,5 milhão, segundo os organizadores – foram menores do que nos atos de 15 de março.

Há pouco mais de um mês, 2,4 milhões de pessoas, segundo a polícia, ou 3 milhões, segundo os organizadores, protestaram em 252 cidades de todos os estados do país e no DF.

Também foram registrados atos em outros países, como na Alemanha, Irlanda e em Portugal.

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