Geral

Passou pela Câmara – 22/10/2012

A sessão da Câmara do dia 22 de outubro de 2012 foi especial. Como todo ano, alguns idosos são homenageados com discursos e recebimento de medalhas. Neste ano não foi diferente. Foram sete os idosos que receberam as devidas homenagens vindas diretamente dos vereadores. Apesar de poder homenagear apenas alguns idosos, a parabenização pelo mês do idoso estendeu-se a toda esta geração.

1 de junho de 2015

A sessão
A sessão da Câmara do dia 22 de outubro de 2012 foi especial. Como todo ano, alguns idosos são homenageados com discursos e recebimento de medalhas. Neste ano não foi diferente. Foram sete os idosos que receberam as devidas homenagens vindas diretamente dos vereadores. Apesar de poder homenagear apenas alguns idosos, a parabenização pelo mês do idoso estendeu-se a toda esta geração.
Estiveram presentes nessa sessão os vereadores Arno Müller, Neusa Stoll, Nelson Fischer, Reimund Viebrantz, Maurício Wisnieswski, Antenor Zimermon e Ricardo Campestrini. Os vereadores Ivan Falk e Hamilton Petito não compareceram.
Além dos vereadores, o Procurador do Município, Alexande Baumgratz e o Pastor Adelsir Sturzbecher compuseram a mesa de autoridades. Os homenageados também estiveram, durante toda a sessão, defronte aos presentes.

Os homenageados
Ao iniciar a sessão, o presidente da Câmara, Maurício Wisnieswski, convidou os homenageados a tomar seus lugares nas cadeiras dispostas em frente à mesa do plenário. Os homenageados da noite foram: Antônio Corrêa de Oliveira, Ilifonso Koch, Cecília Siewert, Conrado Uecker, Ordvino Keske, Norma Volkmann e Madalena Volkmann.
Dando sequência a homenagem, os presentes cantaram o Hino Nacional. Em seguida, o vereador Maurício Wisnieswski fez a leitura do poema de Charles Chaplin, “A idade de ser feliz’. “Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia o bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar de tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores sem preconceito, nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo. E quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se presente e tem a duração do instante que passa. A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. Estas sábias palavras nos mostram que o passar do tempo não pode, nem deve nos abalar, pois a riqueza da vida está em viver cada momento, como nesta noite, e ter a certeza que nossas vibrações e energias se renovem sem parar na intensidade em que nós mesmos a produzimos.”

Oração
Em continuidade à cerimônia, o presidente da Câmara convidou o Pastor Adelsir Sturzbecher para fazer uma oração em homenagem aos idosos. “Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo e que o amor de Deus, o Pai, e a comunhão do Espírito Santo se façam presentes aqui em nosso meio. Como é bom podermos aqui homenagear as pessoas, como no dito popular, na melhor idade. Eu pensei: o que vou dizer? Porque muitos do que aqui estão já ouviram uma mensagem para o idoso ou melhor idade. Lembrei-me então do quarto mandamento. Eu creio que tem tudo a ver com este momento. Honre teu pai e sua mãe para que vás bem e viva muito tempo sobre a terra. Por que essas palavras foram proferidas? Porque no passado, lá no Antigo Testamento, os mandamentos, que nós encontramos em Êxodo 20, foram entregues para Moisés na tábua das leis. Por que foi dito isso naquela época? Porque, muitas vezes, era esquecido, deixado de lado. Filhos não davam a devida consideração aos seus pais. E naquela época era fundamental a família ter um filho homem. Se não tivessem um filho homem, certamente não tinha quem olhasse por ele. E também naquela época, meus queridos e minhas queridas, os idosos não recebiam aposentadoria ou sua pensão. Assim como há 30 anos as pessoas também da agricultura. Mas honre seu pai e sua mãe. Este mandamento é atual para nós hoje, porque eu serei o idoso de amanhã. O idoso do futuro. Quando nós somos jovens, pensamos que nunca vamos envelhecer. Que falta muito tempo ainda, que temos muito para viver, para fazer e esquecemos que no futuro nós seremos os idosos e a maneira com a qual tratamos os nossos idosos, da mesma forma os nossos filhos e nossos netos também irão nos tratar. Já pensaram sobre isso? Por isso é tão importante honrar nossos idosos, as pessoas da melhor idade. Dar-lhes o devido valor, pois muito eles já aprenderam e podem nos ensinar. Se não me engano é no Japão que a pessoa idosa é muito valorizada… Nunca se esqueçam, meus queridos e minhas queridas, as pessoas que aqui estão na melhor idade, nós temos um Deus, um Criador e mantenedor da vida. E este Deus quer estar sempre conosco, seja quando nascemos, quando somos crianças, quando somos adolescentes, jovens ou na meia idade, mas ele quer estar conosco, conforme nos fala o Profeta Isaías, quando estivermos de cabelos brancos. Ele diz: “eu vos carregarei no colo. Eu farei tudo por vocês. Eu cuidarei de vocês até o fim de seus dias”. Que este bondoso Deus que nos fala isso através do Profeta Isaías possa ser o Deus de vocês, possa ser o guia, possa ser o fortalecedor o mantenedor da vida, pois nossa vida é curta e cada momento precisa ser aproveitado e vivido com intensidade, mas vos lembro: vivido com intensidade a partir da palavra de Deus. Deus quer ser o guia, Deus quer ser o protetor e por isso, deixo para vocês no Salmo 23 uma palavra: “O Senhor é meu Pastor e nada me faltará”. O Senhor é meu Pastor, por isso não terei medo. Não terei medo se Deus é meu guia e, principalmente, se ele é o meu guia na melhor idade ou meu guia por toda a vida. Obrigado, ó Deus, pelas pessoas da melhor idade em nossa sociedade e que possamos, cada dia mais, aprender com eles, pois a experiência de vida pode nos ensinar muito. Que Deus nos abençoe e ilumine sempre. Amém”.

Conrado Uecker
O primeiro homenageado da noite é o Sr. Conrado Uecker. A vereadora Neusa Stoll faz seu pronunciamento dedicado a ele e também a leitura do Poema do Idoso. “Prezado senhor Conrado Uecker, a quem agradeço por ter aceitado a minha indicação. Meu homenageado completou 81 anos em 1º de março. Daqui a pouco mais de quatro meses estará completando 82, bem vividos anos. Nasceu em Rio dos Cedros, filho de Erwin Uecker e Adele Uecker. Veio para Pomerode no ano de 1952 e casou-se com Cecília Glatz Uecker, de saudosa memória, com quem conviveu até o ano de 2011. O casal teve dois filhos, Edson e Maike Uecker, os quais, por sua vez, lhes brindaram com os netos Thiago Augusto Uecker e Felipe André Lieskow, mais a neta Bruna Letícia Lieskow. Conrado Uecker ingressou na Porcelana Schmidt no mesmo ano. Foi ali que conheceu aquela que viria a dividir com ele as agruras e as alegrias da existência durante 52 anos. Disciplinado no trabalho, organizado em família e de bom relacionamento em sociedade, foi fazendo o nome entre os colegas e perante a comunidade. Aposentou-se no ano de 1980. Isso, porém, não o tirou do trabalho. Permaneceu na atividade por mais três anos. Durante a carreira na Porcelana Schmidt, no início, foi Estampador e, ao se aposentar, estava como Controlador da Produção. Sua história de vida é marcada por iniciativas inusitadas. Paralelamente às atividades na fábrica, vendia bolinho na hora do café e picolé depois do almoço. Quando alguém sentia dor de cabeça – ou qualquer outra dor – era só procurar o seu Conrado. Ele sempre tinha um remédio para aliviar as dores do pessoal, o que lhe fazia muito estimado entre os colegas. À noite, lá ia ele com sua carrocinha. Esperava a saída do pessoal do turno das dez, em frente à fábrica, e ali vendia pintinhos sob encomenda. Por necessidade econômico-financeira, por necessidade de contato com as pessoas ou, simplesmente, por ser irrequieto, seu Conrado estava sempre em atividade. Foi garçom do Grande Hotel Oásis, na época o mais famoso da região, enquanto dona Cecília era garçonete. Ele ainda deixa escapar uma ponta de saudade quando está disposto e tem ouvinte para falar daquela época. Foi, ainda, vigia da Caixa Econômica Federal de Pomerode durante cinco anos. Não há como resumir uma vida de 81 anos sem prejuízo de muitos dos detalhes que enriquecem a história de um ser humano, de sua família, dos amigos, da comunidade. Enfim, são 60 anos da vida do seu Conrado dedicados a Pomerode. Isso significa 21.900 dias de participação diária, na vida da comunidade. Ele é testemunha ocular de tudo quanto se passou nesta cidade durante todo esse tempo, dos menos significativos aos mais importantes. Ele acompanhou a emancipação do Município, a colocação da Pedra Fundamental e inauguração do Hospital Maternidade Rio do Testo. Foi sócio do Clube Ipiranga, sendo Rei do Tiro há 45 anos aproximadamente; foi um dos fundadores do Clube Sênior, junto com o amigo Bernardo Francener, integrando a sua diretoria há, mais ou menos, vinte anos, e do qual ainda hoje faz parte; tocou bandoneon na bandinha como voluntário. Dessa banda, composta só por homens, todos eram voluntários. Enquanto isso dona Cecília tocava bandolim em uma banda feminina. Apresentavam-se em festas de Igrejas, em praças públicas e nas mais diversas comemorações da cidade e da região. Ao ter a felicidade de indicar o nome do senhor Conrado Uecker para esta homenagem, louvei-me em alguns objetivos que podem encerrar este rápido pronunciamento: 1º) O reconhecimento da gente de Pomerode pelos tantos anos de dedicação dele à nossa comunidade; 2º) O agradecimento de Pomerode pelo quanto ele tem contribuído por suas ações e pelo prolongamento da família aqui constituída; 3º) A manifestação da nossa Câmara de Vereadores como legítima representante do povo deste Município. Parabéns Edson e Maike! Parabéns Thiago Augusto Uecker, Felipe André Lieskow e Bruna Letícia Lieskow! Parabéns aos demais familiares e amigos que tanto aprenderam a admirá-lo e a reconhecer em sua pessoa um exemplo de dignidade coroado por tantos valores humanos. Parabéns caro homenageado, senhor Conrado Uecker. Parabéns a todos os idosos e idosas de Pomerode e do Brasil”.

Ordvino Keske
O segundo homenageado da noite foi Ordvino Keske. A homenagem ficou por conta do vereador Antenor Zimermon. “No dia de hoje estamos mais uma vez, pelo oitavo ano consecutivo, homenageando idosos de nossa comunidade. Esta homenagem se deu no ano de 2005, através de um Projeto de Lei de autoria deste vereador, na época sancionado pelo Presidente da Casa, Arno Müller, e pela mesa diretora. Desde lá todos os vereadores tiveram a oportunidade de homenagear um idoso de nossa comunidade. É claro que gostaríamos de poder homenagear todos, mas enfim, que todos se sintam homenageados também no dia de hoje. Em especial hoje, meu homenageado, é o Senhor Ordvino Keske, que é brasileiro, nascido no dia 1º de junho de 1947, ou seja, conta hoje com 65 anos de idade. E desde o ano de 1968, passou a morar em Pomerode. Residente primeiro no centro e, desde 1985, passou a residir na comunidade de Pomerode Fundos. A família sempre esteve ligada à agricultura, sendo a tradição passada de geração em geração. Na juventude trabalhou no meio urbano, sendo motorista de ônibus. Trabalhava na Porcelana Schmidt também, mas como a sua vida estava ligada à agricultura, voltou a trabalhar no meio rural. E em 1970, Seu Ordvino casou-se com a Dona Elcina Keske, de família Klotz, com a qual constituiu a sua própria família. Desta união nasceram quatro filhos, sendo dois homens e duas mulheres, os quais constituíram suas próprias famílias e das quais, já nasceram sete netos. Após o casamento, Seu Ordvino, que passou a residir na comunidade de Pomerode Fundos, voltou às atividades rurais e resolveu profissionalizar-se e garantir a subsistência da família na propriedade de seu sogro e produzir o conhecido melado Keske. Depois disto, fez vários cursos de práticas no meio rural, principalmente na produção do melado artesanal. Sr. Ordvino fez da agricultura a sua razão de vida e, por isso inclusive, incentiva sua família a continuar as atividades de produção do melado. Hoje em dia ainda comercializa seus produtos da agricultura familiar e, de forma humilde, sempre lutou para manter a si e seus familiares, o que por si só já é motivo de ser merecedor desta homenagem. Seu Ordvino é uma figura conhecida na cidade justamente por causa da produção do melado Keske. E sendo que seu comércio é procurado por todas as pessoas que visitam nossa cidade. Seus produtos são marca registrada da cidade de Pomerode. O melado ostenta e mantém a tradição de nossos antepassados. Quando não estava trabalhando, estava participando ativamente das tradições, principalmente do Clube de Caça e Tiro de Pomerode Fundos. Atualmente adora viajar, conhecer locais e culturas novas para buscar mais conhecimentos. Sempre teve participação ativa na comunidade, tendo sido membro da Comunidade de Confissão Luterana de Pomerode Fundos, fazia parte da APP da Escola de Pomerode Fundos, é membro da Associação dos Produtores Artesanais de nossa cidade e também da cooperativa Cresol. Orgulha-se de ter constituído uma família unida e que carrega valores de ética e de moral. O Keske é e sempre foi uma pessoa extrovertida, neste sentido se recorda sempre e gosta de fazer brincadeiras com as pessoas. Sendo que dois fatos são marcantes em sua vida. O primeiro no dia em que aprontou uma brincadeira com seu chefe de serviço e este entendeu brincadeira e não o puniu. Não posso citar aqui porque é uma brincadeira bem familiar. E a outra foi que recebeu um presente de seus patrões. A sua primeira bicicleta, sempre que possível, saía aos finais de semana com sua namorada para os bailes da cidade. A biografia de Seu Ordvino Keske é a razão pela qual faço esta justa e merecida homenagem no dia de hoje. Também gostaria de deixar um abraço a todos os idosos presentes”.

Ilifonso Koch
Em seguida, o homenageado da noite foi Ilifonso Koch. O vereador que o homenageou foi Arno Müller. “Gostaríamos de homenagear a todos, mas a lei às vezes não permite. Tantas pessoas para homenagear, fica até difícil para escolher. Eu quero dar os parabéns ao Antônio Corrêa de Oliveira, Cecília Siewert, Conrado Uecker, Ordvino Keske – que tive a honra conhecer há muitos e muitos anos, Norma Volkmann, Madalena Volkmann e, em especial, o meu homenageado, Ilifonso Koch, meu técnico. Ilfonso Koch nasceu no dia 23 de agosto de 1945, filho do primeiro vereador de Testo Central a entrar nesta casa, Rudolfo Koch e Irma Koch. Casado com Carmen, nascida Klemann. Casou no dia 05 de novembro de 1966 e tiveram dois filhos, Gilson e Gilnei Ricardo Koch, a nora Ellen Elisa Langhammer e os netos Rodrigo Anderson Koch e Caio Julian Koch. Morador da rua Alfonso Koch, no bairro de Testo Central. Estudou até a quarta série. Começou a trabalhar muito cedo em 1959, isso, na época, era mais normal do que hoje em dia. Até leis criaram que só se pode trabalhar depois dos 16 anos. Foi quando seu pai comprou a empresa parte da sociedade dos tios Ralf Knaesel, que foi nosso deputado, e do Seu Hilbert Wruck, em 1966. Mais tarde, a empresa passou a se chamar Indústria, Comércio e Laticínios Koch Ltda. No mesmo ano entrou como sócio, juntamente com seu irmão Alidor Koch. Mais tarde encerrou suas atividades, em 2005. Também quero saudar aqui seu Alidor Koch, Ivaldo Koch e Ademir Koch, dos quais tenho orgulho de participar e sempre participei, o que me dá muito orgulho. Agora vou falar um pouquinho sobre Ilfonso Koch, que foi meu primeiro técnico de futebol e eu era chato quando eu era mais novo, agora eu ainda sou, mas antigamente era pior. Na verdade, eu reclamava de tudo. No primeiro jogo e ele me escalou de lateral-esquerdo. Eu nem perna esquerda não tinha. No segundo jogo ele me escalou de lateral-direito. Eu jogo futebol um pouquinho até hoje, mas já me esqueci de muita coisa. Mas sempre com muita humildade, embora ele sabia o que estava fazendo, não só ele, mas toda sua família, como falei. Quem me botou na política foi o Seu Rudolfo Koch. De casa em casa ele fez comigo, em 1988, quando fui candidato. Tenho orgulho de participar desta luta, destas coisas e de tudo que a gente passou junto. Com muito orgulho, o meu homenageado por tudo que fez, pela família, pelo nosso bairro Testo Central e por Pomerode, tenho orgulho. O Pastor foi feliz em toda as suas colocações. Quem construiu este município, este estado e este país foram os idosos. E realmente nos representam com muito orgulho. Pomerode, há anos atrás, não tinha isso aqui e foi melhorando, cada vez melhor. E temos sim, orgulho de cada cidadão, de cada idoso de Pomerode. Porque se hoje o município é forte, o estado é forte e o país é forte, é graças ao trabalho dos idosos, pois sempre, em qualquer momento, o conselho de um idoso vale muito mais que outra coisa. Por isso, quando, na época foi criado o projeto do vereador Antenor Zimermon, a gente tinha dificuldade em convidar um só. Eu conheço tantos, mas sintam-se homenageados também. Todos que estão aqui hoje fizeram e vão continuar fazendo muito pelo município de Pomerode, pelo estado, pelo país. Parabéns Ilfonso Koch e a todos os idosos”.

Cecília Siewert
O vereador Reimund Viebrantz fez seu discurso em homenagem à Cecília Siewert. “Nascida em 17 de janeiro de 1941, filha de Emílio e Joana Konell, é a mais nova de seis irmãos. Estudou no Colégio Olavo Bilac, onde fez o ensino básico em língua alemã. De sua infância conta histórias da época em que não havia energia elétrica e utilizavam lampião à querosene e baterias. Com os pais aprendeu a cultivar a terra, criar animais e a cuidar dos afazeres domésticos. Em sua adolescência começou a trabalhar para outras propriedades com o cultivo de fumo, capina e até lavar roupas. E com esta renda adquiriu móveis, como armários, mesas e cadeiras, que estão na família até hoje. Realizando esses trabalhos conheceu Ralf Siewert, com quem contraiu matrimônio em 31 de janeiro de 1959. Começaram a vida com dívidas da terra que compraram do sogro para morar. A casa era simples, de madeira. Mas a propriedade tinha engenho de farinha e açúcar movidos à roda d’água. Auxiliou o esposo a tirar toras do mato, serrando à mão, para vender. Cultivaram aipim, batata, abacaxi, arroz, feijão, taiá, mangarito, milho, cana de açúcar, além da criação de gado e suínos. O casamento foi abençoado com nove filhos. E assumiram um novo desafio ao adquirir parte societária de uma madeireira. O esposo passou a trabalhar durante o dia inteiro na madeireira, ficando para Cecília a responsabilidade dos cuidados com os filhos e a propriedade. Apesar de muita dificuldade e trabalho, obtiveram sucesso e prosperaram. Construíram uma nova casa por volta de 1970. Cecília conheceu a energia elétrica nesta ocasião e teve então a sua primeira geladeira e, as novidade ficaram por conta do rádio, televisão, máquina de lavar roupas e até a aquisição de uma tobata. Mas há também os momentos difíceis e de provações. Houve falecimento de filhos e, anos de problemas de saúde graves, hoje, pelo visto, enfrentados de forma exemplar. Após o falecimento do marido, Ralf, Cecília buscou a OASE, na comunidade, sendo integrante ativa até hoje. Encontrou amigos e momentos de lazer, participando também do Clube Sênior de forma ativa e, para sua alegria, foi eleita como a Presidente da entidade, nesta gestão. Cecília é, com certeza, uma mulher de fibra. Tudo que conquistou foi com muito trabalho e muita dedicação. Sua marca é a disciplina e a força de vontade para alcançar objetivos. Cecília mostra e ensina neste resumo de sua história que os desafios precisam ser vencidos. Para os filhos fica o exemplo de fé e determinação, que sabem que, com certeza, não existem muitas mulheres que fizeram o que ela, como mãe, conseguiu fazer, nos momentos mais inóspitos da sua existência”.

Marlene Volkmann
O vereador Ricardo Campestrini homenageou Madalena Volkmann. “Numa sessão tão especial não só para nós, temos a oportunidade de homenagear aquelas pessoas que ajudaram a construir o nosso município. Uma sessão que, com certeza, quem já ouviu o que foi falado e aqueles que já ouviram outras, sempre toca no nosso coração ao ouvir histórias tão bonitas. Eu quero cumprimentar aqui, em nome da minha homenageada, Madalena Volkmann, a todos os senhores e senhoras, os nossos queridos homenageados. Quero cumprimentar a família Volkmann que se faz presente na sessão de hoje. Como falei, uma sessão que pra nós, há oito anos fazendo e prestando essa homenagem, tivemos a oportunidade de trazer aqui pessoas de bem, com história. E que, com certeza, o que está nessas folhas que foram lidas é muito pouco, porque tenho certeza que todos que por aqui passaram, nós poderíamos escrever um livro. E como é bom podermos trazer aqui e compartilhar com quem está presente e também com a nossa cidade tantas histórias de vida, que para nós mais jovens, nos servem de exemplo, nos dão rumo, nos norteiam, porque como nós gostaríamos de no futuro poder chegar nessa idade e olhar pra trás e sabermos que deixamos um rastro de trabalho, de honestidade, de seriedade e um exemplo de vida. Quantas histórias de vida merecem ser ouvidas e compartilhadas. No dia de hoje podemos escolher apenas uma. A minha homenageada é Marlena Volkmann. E tive a oportunidade de homenagear a minha avó isso aqui é muito importante. Marlene Volkamnn é nascida Junk, em 06 de outubro de 1948. Filha de Bruno Junk e Cecília Junk, nascida Schroeder. Ainda criança, com seus 12 anos de idade, já sentia uma enorme vontade de fazer doces, de fazer surpresas para sua mãe. Aos 15 anos começou a trabalhar numa malharia e, aos 18 anos, casou-se com Egon Volkmann e tiveram três filhos. Marlene, em 1966, Marcos, em 1968 e Vilson, em 1971. Naquela época, passando por muitas dificuldades e com três crianças pequenas, nada era muito fácil. O que a fazia pensar em como ajudar sua marido a ganhar mais e como ser alguém a mais e ter uma vida melhor junto com a família. Como gostava muito de cozinhar, resolveu então fazer um curso de culinária para se aperfeiçoar. Naquela época foi funcionária de uma loja de roupas e aproveitava para vender seus primeiros sonhos para suas colegas de trabalho. Mas, como seu marido na época era caminhoneiro, ele pediu que ela parasse de trabalhar fora e ficasse em casa cuidando dos filhos. Resolveu atender, a pedido de seu marido, porém não pretendia parar de trabalhar, mesmo porque a situação não permitia. Começou então uma pequena produção de doces em sua casa, aonde as pessoas vinham para comprá-la nos finais de semana. A procura foi aumentando, com isso, resolveram encher um carro de cucas e iam de casa em casa para vender seu produto. A partir daí, em 1988, abriram o seu próprio negócio. Uma pequena casa de café chamada Confeitaria Torten Paradies, que hoje, após 24 anos, continua estabelecida na esquina mais doce de Pomerode. Sendo uma referência para nossa bela cidade e também Estado. Dona Madalena e o Senhor Egon fizeram sua primeira viagem para a Alemanha em 1996, realizando mais um sonho. Dona Madalena, com seus 64 anos de idade, encontra-se em plena atividade. Uma mulher que não para, que fala, que inova, que procura, que luta, que sente, que chora, que batalha por algo a mais e que sorri. Sorriso este de felicidade, de dever cumprido, de uma grande vitória. Sonhos… Sonhos recheados que se transformaram em realidade. Cada sonho era um pedacinho daquilo que ela almejava construir juntamente com sua família. E tudo foi concretizado. Dia após dia, com muita luta, com muita garra, com muitos sofrimentos, com decepções. Mas também com muita união, muita sabedoria, muitas alegrias, muita fé e com ajuda de Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual ela agradece imensamente por tudo aquilo que conseguiu, que pode repassar, que pode deixar de exemplo positivo para seus filhos e netos. E também para aqueles que querem, um dia, como ela quis ser, alguém a mais nesta vida. Parabéns Dona Madalena Volkmann”.

Antônio Corrêa de Oliveira
O vereador Nelson Fischer homenageou Antônio Corrêa de Oliveira. “Neste ano escolhi como meu homenageado o professor Antônio Corrêa de Oliveira, com quem tive a oportunidade de conviver como educador, e ainda hoje posso desfrutar de seu convívio e amizade, o que muito me alegra, e isso resulta da sua personalidade e da sua exemplar história de vida, da qual trago apenas alguns registros. Antônio Corrêa de Oliveira nasceu em Benedito Novo, no dia 11 de agosto de 1947, filho Marcílio Leopoldino de Oliveira e de Romana Patrícia Corrêa. É casado com Ruth Althoff Corrêa de Oliveira e tem três filhos: Carla Darlei Altholff de Oliveira, Antônio Corrêa de Oliveira Júnior e Ronan Althoff de Oliveira. Iniciou seus estudos Grupo Escolar José Bonifácio e o Curso Normal Regional Professor “Anacleto Damiani” no mesmo estabelecimento de ensino, hoje mais conhecido como JB, em Pomerode. Ingressou no magistério como professor substituto em março de 1966, na Escola Isolada Testo Central Alto. Em 1967, após prestar serviço militar no 23° Batalhão de Infantaria de Blumenau, ingressou como Professor Regente de Ensino Primário, na Escola Isolada de Linha Busnello, distrito de Abdon Batista, município de Campos Novos. Em 1968 transferiu-se para Taió, para a Escola Isolada Ribeirão do Salto 2°. Em Taió, cursou o Normal, formando-se em 1970. Em 1971, retornou por remoção para a Escola Isolada Testo Central Alto. De 1972 a 1976 lecionou na Escola José Bonifácio, e no turno oposto, cursou Pedagogia na FURB, formando-se em 1975 em Pedagogia e Administração Escolar. Em 1976 foi nomeado como Diretor da Escola Básica Prudente de Morais. Em 1978 foi nomeado por concurso para o Cargo de Administrador Escolar na 6ª Unidade de Coordenação Regional de Rio do Sul, sendo no mesmo ano designado com Diretor da Escola Bruno Heidrich, de Mirim Doce. Em 1980 foi designado como Administrador Escolar na 6ª Coordenadoria Local de Educação, com sede em Taió. Em 1985 foi nomeado como Diretor do 2° grau no Colégio Estadual Luiz Bertoli, de Taió. Em 1986, removeu-se por concurso para a 4ª Supervisão Local de Educação de Pomerode. Em 1991, com a extinção da Supervisão local de Educação de Pomerode, foi relocado como Administrador Escolar no Colégio Estadual José Bonifácio, onde assumiu por um ano o cargo de Diretor Geral. No dia 08 de outubro de 1996, aposentou-se, tendo completado 30 anos, 07 meses e 07 dias de tempo de serviço. Também foi professor concursado da prefeitura de Pomerode desde 14 de fevereiro de 1992, com direito à aposentadoria a partir de 11 de agosto de 2012, tendo prestado, no total, 46 anos, 05 meses e 10 dias como Educador ao Estado de SC e Pomerode. Seu Antônio, se você olhar para trás poderá constatar a grandiosidade da tarefa realizada em prol da educação, na formação de milhares de pessoas. Eu melhor do que ninguém posso avaliar de modo mais objetivo e isento o que você realizou. Convivemos muitos anos de nossas vidas como colegas na Escola José Bonifácio e no Prudente de Morais. Parabéns Antônio, pois há razões de sobra para eu dizer: Muito obrigado, você é gente que fez e faz. Como pomerodense e como vereador, sinto muito orgulho de lhe render esta homenagem”.

Norma Volkmann
Norma Volkmann foi a última homenageada da noite. O vereador Maurício Wisnieswski a homenageou. “Hoje faço uma homenagem a uma pessoa que aprendemos a conhecer durante a vida. Um bom tempo de trabalho em Testo Central, mas sua história começa bem antes disso. Minha homenageada é Norma Volkmann, nascida em 29 de Novembro de 1945, na cidade de Pomerode. Iniciou sua carreira de professora em 07 de maio de 1962, no então Grupo Escolar José Bonifácio, hoje Escola de Educação Básica José Bonifácio, na 1ª série do ensino primário. Trabalhou mais de quatro anos na mesma escola como professora substituta. Em 1967 lecionou na Escola Isolada de Ribeirão Wunderwald, onde atuou nas 1ª, 2ª e 3ª séries. Relata que as três séries se mantinham em uma sala apenas, o que a princípio não foi fácil administrar, mas com um excelente resultado. No ano seguinte, 1968, estruturou a 4ª série e dividiu-se os turnos, ou seja, 1ª e 2ª séries em um período, e a 3ª e 4ª séries em outro. Nesta escola trabalhou até o ano de 1975, ou seja, oito anos nas 3ª e 4ª séries, fazendo todo o trajeto de bicicleta diariamente. Em 1976, pediu sua transferência para a Escola Básica José Bonifácio, onde havia iniciado seu trabalho como professora, por ser mais perto de casa. Por muitos anos lecionou na 4ª série, sendo que nos últimos três anos, antes de se aposentar, teve o privilégio de lecionar somente Matemática nas 2ª, 3ª e 4ª séries. Em 1988 veio a tão sonhada aposentadoria e, no mesmo ano, recebeu proposta para lecionar no Conjunto Educacional Dr. Blumenau. Neste colégio lecionou na 2ª série primária e teve novamente a oportunidade de dar aulas de Matemática, matéria que sempre foi sua grande paixão. Em 1999 encerrou sua carreira profissional como professora, com a certeza de ter deixado boas sementes ao longo dos 37 anos de profissão. O carinho que recebe ao ser reconhecida por ex-alunos e pais de alunos, traz consigo a honra de ter executado em trabalho digno, respeitoso e acima de tudo, com muito amor. Com certeza grande parte dos empresários de Pomerode passaram por suas mãos, hoje são pessoas respeitadas, com destaque e com certeza Dona Norma, carinhosamente conhecida na família como Dada, tem participação nisso. Temos mais uma curiosidade, Dona Norma é fã de uma Orquestra e realizou o sonho de assistir uma apresentação do Grupo, que por sinal também sou fã. Orquestra Mundialmente conhecida e foi a um show em São Paulo. Dada, a senhora fez por merecer essa homenagem hoje”.

Em nome do município
O Procurador do Município, Alexandre Baumgratz, representando o Prefeito Municipal, Paulo Maurício Pizzolatti, também se pronunciou sobre a homenagem. “Primeiramente nós devemos perguntar o que é ser idoso? Alguns confundem a questão de ser idoso, com velho. Na verdade, idoso é uma expressão carinhosa, institucionalizada, que com o passar dos anos vem demonstrando que a experiência se perfaz com a palavra idoso. Alguns acreditam que os idosos fazem a história. Jovens e idosos. Criador e criatura. Jovens sem referência são jovens sem história, sem passado, sem tradição, sem professor. E esta é a diferença. Hoje nós percebemos que os jovens carecem de referências. E são essas referências, homenageadas aqui hoje, que estamos falando. Todos vocês poderiam ser homenageados e são pelas suas famílias. Como é bom termos referência em casa, de pais, de avós, são eles que nos guiam no caminho certo ou errado. Então se nós não preservamos o que é ser idoso, o passado, a história, a tradição, o jovem não tem caminho. É muito bom ver aqui esses jovens acompanhando seus familiares no percalço de história. Eu posso falar para vocês que Pomerode traz sua história, a história que faz parte da nossa civilização, da nossa cultura, é muito importante ter família. Parabéns a todos vocês. Isso é preservação de história de pessoas e valores. Se você quer conhecer o futuro, olhe para o passado. Grande parte das pessoas não faz isso. Todo dia, o idoso é o elo de ligação entre o passado, o presente e o futuro”.
A sessão foi encerrada com o Hino da Cidade de Pomerode.

Notícias relacionadas