Paquistão, um pobre país
O Paquistão é um país conhecido por ser palco de grandes conflitos promovidos por grupos terroristas e intolerância religiosa.
O Paquistão é um país conhecido por ser palco de grandes conflitos promovidos por grupos terroristas e intolerância religiosa. É o sexto país mais populoso do mundo, com 180 milhões de habitantes e área territorial de 796.095 quilômetros quadrados, mas o cenário é de pobreza. Ao fazer uma rápida pesquisa no Google sobre o país, as notícias mais recentes são negativas em grande maioria. Bombardeios deixam mortos em área tribal do noroeste do Paquistão, Drone mata oito talibãs no Paquistão, Bombardeios no Paquistão deixam 18 mortos em refúgios talibãs, entre tantas outras, são algumas das chamadas que se encontra nos grandes portais de notícia.
O pomerodense, Charles Valmor Zeplin, 36 anos, esteve lá recentemente por causa de seu trabalho. É gerente de qualidade e viajou para encontrar fornecedores, no país que atua, principalmente nos segmentos têxtil e roupas, processamento de alimentos, fármacos, materiais de construção, produtos de papel, fertilizantes, e pesca de camarão.
Charles passou um semana no Paquistão, esteve em duas grandes cidades, Lahore e Sialkot e confessou que se sentiu diferente lá fora. As pessoas, nas ruas e nas empresas que visitei, me olhavam com um semblante de estranheza. Atribuí isso ao fato de eu possuir características diferentes da grande maioria, como pele e cabelos claros. Senti um pouco de receio nesse aspecto, não ficaria muito seguro caso tivesse que sair a pé pelas ruas, explica o executivo.
Não existem muitas opções de turismo, a estada de uma semana de Charles no Paquistão esteve mais reservada a visitas técnicas em empresas. No período que permaneceu lá, não presenciou nenhum ataque ou atentado terrorista, mas visualizou um cenário de pobreza, associado a muito trabalho. Não cheguei a ver acontecimentos como tragédias divulgadas pela mídia internacional. Inclusive, cheguei a conversar sobre isso em uma das empresas que visitei e nem a população se mostra insegura com isso. O máximo que cheguei a ver foi um caminhão transportando tanques de guerra. É nítido que as pessoas se esforçam no trabalho e quando não conseguem serviços em empresas, tentam buscar o sustento de outras maneiras. É muito comum ver pessoas com pequenos carrinhos ou tendas improvisadas, vendendo frutas e verduras, explica.
No hotel onde ficou hospedado havia seguranças carregados com metralhadoras, algo incomum para quem não faz parte dessa rotina. Curiosamente, nesse mesmo hotel, um atendente paquistanês, falava alemão fluentemente e Charles encontrou nele, um companheiro de boas conversas após os jantares.
Jantares estes regados a muita pimenta, principalmente nos molhos. Um dos pratos que provou e que agradou seu paladar foi o Arroz de Paquistão, feito de arroz com verduras acompanhado de frango ao molho, considerado, segundo Charles, um dos melhores do mundo. A religião é uma das principais diferenças que encontrou entre o Brasil. Grande parte da população é muçulmana e seguem a conduta estipulada. O executivo teve a sorte de visitar o país no período de Ramadã, marcado no calendário Islâmico como um período de rezas e jejuns.
Indagado se retornaria ao Paquistão futuramente, Charles é categórico. Turismo não é o forte do país, mas voltaria para prospectar novos negócios, finaliza.