Os cuidados para evitar ataques de abelhas
Ultimamente, na região, houveram vários registros de atendimentos médicos por conta do ataque dos insetos
Foto: Envato Elements
As abelhas são consideradas de suma importância econômica e ecológica, produzindo diversas substâncias utilizadas pelo homem, como o mel, e sendo responsáveis pela polinização de diversas espécies de plantas.
Porém, ao mesmo tempo, quando agressivas, elas podem representar perigo para o ser humano, quando atacam, podendo, em alguns casos, levar à morte ou deixar a pessoa em estado grave, principalmente as que são alérgicas.
Na região, nos últimos três meses, houveram registros de ataques de abelhas, nas quais as vítimas foram encaminhadas em estado grave, ao hospital.
E, pensando na prevenção destes acidentes com as abelhas, conversamos com Sirio Jandre, técnico agrícola da Secretaria de Agricultura da cidade, que dá dicas de como não passar por uma situação envolvendo o ataque dos insetos, em especial, as abelhas.
Jandre comenta que percebeu um aumento de “enxameação”, ou seja, quando elas são nômades, e começam a construir um núcleo novo. Nesta fase, quando exposto, em uma árvore, sacadas, telhados, nesta fase, elas não apresentam tanto risco, pois são menos agressivas, afinal, estão procurando um ninho novo. Quando já estão inseridas em um lugar, com uma colmeia formada e se observa o entra e sai dos insetos, de maneira frequente, é questão de ligar o sinal de alerta.
“Se a pessoa ver isso, é importante chamar quem sabe fazer o manejo dos insetos. A abelha fica agressiva pois ela defende o mel, a cria e, é claro, a colmeia como um todo. O calor e a falta de espaço dentro dos casulos acabam deixando elas ainda mais irritadas. E, quando irritada, a abelha persegue a pessoa cerca de 500 metros”, comenta.
O técnico agrícola conta que o melhor a se fazer é comunicar a Secretaria de Agricultura da cidade ou até mesmo algum apicultor que a pessoa já conhece. Em alguns casos, mesmo sem contato direto com a colmeia, conforme o nível de irritação das abelhas, qualquer movimento pode ser o suficiente para um ataque dos insetos.
“Às vezes, uma folha que cai no chão, um vento mais forte, ou um movimento de alguma pessoa, já é o suficiente para a abelha atacar. E, de forma veemente, recomendamos não tocar nesses enxames. Por isso, a Secretaria de Agricultura realiza esse serviço de remoção dos casulos com segurança, com todo o equipamento necessário”, explica.
Jandre complementa que o aumento do número de relatos de pomerodenses quanto a enxameação em suas residências é uma boa notícia para a natureza como um todo. E, quando retirados os enxames, são levados para apicultores parceiros que irão dar o destino correto as abelhas, sem machucá-las ou matá-las.
“A gente sempre preza pela vida das abelhas. Porém, infelizmente, em alguns casos, é necessário fazer a extinção da mesma, quando apresenta um risco eminente à população. Mas poucas vezes isso foi necessário. E, percebendo esse aumento da enxameação, temos também uma boa notícia, pois no ano passado tivemos, nessa época do ano, cerca de quatro, cinco chamados e este ano já passou dos 20. Isso mostra que as abelhas estão se reproduzindo e isso garante a manutenção e conservação da nossa natureza”, finaliza.
Fui picado por uma abelha, o que eu faço?
Após uma picada de abelha ou vespa o que se deve fazer é: remover o ferrão, manter o local limpo e aplicar gelo para aliviar a dor e o inchaço.
Se surgirem sintomas como dificuldade para respirar, inchaço do rosto, formigamento ou dor abdominal, deve-se ir ao hospital, já que podem indicar uma reação alérgica grave, que precisa ser tratada adequadamente.
Embora a maioria das picadas de abelha e vespa possam ser cuidadas em casa, se existir suspeita de uma situação grave é recomendado procurar uma emergência.