Oito décadas de amor pela agricultura
Agricultor do Vale do Selke Grande continua realizando os trabalhos na roça, mesmo com 80 anos de idade. Segundo ele, nada o impede de trabalhar

“Mesmo tendo 80 anos, não vejo motivos para eu ficar sentado, parado e observando tudo”. A frase é de Anibald Glau, que aos 80 anos de idade, continua realizando o trabalho que sempre fez com muito amor, carinho e vontade: cuidar da roça.
Nascido em outubro de 1937, Anibald sempre teve contato com a agricultura, juntamente com seus pais. Acordando ao som do galo cantando durante todas as manhãs, Glau passou a adolescência cuidando do gado, plantando aipim e milho, alimentando os animais da propriedade, sempre procurando cuidar, ao máximo, de todo o seu patrimônio. E hoje, em um ritmo um pouco diferente, mais devagar em função da idade, o agricultor do bairro Vale do Selke Grande, em Pomerode, continua realizando as atividades que sempre praticou em sua vida.
Segundo o agricultor, ficar sem fazer nada não o satisfaz e por isso sempre procura realizar alguma atividade agrícola dentro de sua propriedade.
“Eu gosto de trabalhar. Ainda me encontro em condições para isso, então não vejo motivos para ficar parado só observando meus filhos fazendo o que eu também posso fazer. Ficar parado me entedia, prefiro continuar realizando o que sempre gostei, claro que em um ritmo diferente, afinal estou com 80 anos”, conta aos risos.
O filho de Anibald, Ademir Glau, ajuda o seu pai nas atividades agrícolas na parte da manhã e leva-o como uma de suas inspirações.
“São poucas pessoas que chegam nessa idade com a disposição que meu pai tem. Durante as manhãs, eu venho ajudar, para não deixá-lo sozinho. Na parte da tarde, meu irmão vem até a casa para ficar com ele e ajudar nos trabalhos. Ele é um exemplo para os filhos, netos e toda a família e creio que ele deveria servir de espelho para os jovens, para que se motivem a trabalhar, buscar seus sonhos e correr atrás dos seus objetivos e metas. Afinal, nada cai do céu e se hoje temos toda essa estrutura mantida em nossa propriedade, é porque foi fruto de muito trabalho realizado em todos esses anos”, declara.
Anibald tem quatro filhos, é viúvo e sempre residiu na região do Vale do Selke. Ele também nos conta que uma empresa queria adquirir seu terreno, mas não se envolveu com a oferta e rejeitou a proposta oferecida.
“Nunca pensei em sair daqui. Meu terreno tem aproximadamente 250 mil m² e nós sempre cuidamos de todo o espaço. O sossego que nós temos, o modo de vida, não há preço que pague. Mas isso só é possível graças à família, que ajuda na manutenção de todo o local”, enumera Glau.