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Obesidade: O mal do mundo moderno

A obesidade é um dos problemas mais importantes da atualidade enfrentado pela Saúde Pública no Brasil e no mundo. A modernidade e a praticidade, aliadas à correria do dia a dia, tem grande parcela de contribuição para este problema.

1 de junho de 2015

A obesidade é um dos problemas mais importantes da atualidade enfrentado pela Saúde Pública no Brasil e no mundo. A modernidade e a praticidade, aliadas à correria do dia a dia, tem grande parcela de contribuição para este problema.
O homem moderno está acostumado com a facilidade um conseguir alimentos. O consumo cada vez maior de fast-foods (Mc Donalds, Burger King, Pizza Hut e muitos outros) é uma das grandes barreiras para solucionar este mal.

Na hora do almoço, em vez de sentar-se e comer arroz com feijão e salada como se fazia antigamente, a pessoa aproxima-se dos balcões das lanchonetes e se contenta com um hambúrguer e um milk-shake, alimentos de alto valor calórico que provocam sensação de saciedade. Essa é a vantagem que tem a gordura: ela dá a sensação de bem-estar, de estômago cheio.

Além disso, a vida moderna está marcada pela falta de atividade física e não há o gasto calórico suficiente para a quantidade que ingerimos. Hoje em dia, o número de carros circulando nas ruas aumentou muito, se comparado à antigamente, assim como a quantidade de motocicletas. Sem falar do transporte coletivo. Ninguém mais anda.

Os dias também parecem ter ficado mais curtos para tantos compromissos, trabalhar, estudar, cuidar da casa, do carro, ter um tempo para o lazer, parece que em 24 horas não se consegue realizar metade do que se tem vontade. E em meio a esse turbilhão de afazeres, muitas vezes, que o primeiro compromisso que é deixado de lado como é cuidar da saúde, praticar esportes, fazer exercícios físicos como uma caminhada, andar de bicicleta ou ir para a academia.

Portanto, estamos comendo muito e gastando pouco. Do ponto de vista termodinâmico, estamos armazenando calorias.
E a obesidade nada mais é que o acúmulo de gordura no corpo, causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia.

O excesso de peso não ocorre somente em virtude da alimentação, mas pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa ou à disfunções endócrinas (hormonais).

No Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas são consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões. Há três décadas, esse número não passava da metade.

A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso da pessoa, pelo quadrado da altura. O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado, revelando sobrepeso ou obesidade.

Ela também é fator de risco para que a pessoa desenvolva uma série de doenças como pressão alta, diabetes, problemas nas articulações, dificuldades respiratórias, gota, pedras na vesícula e até algumas formas de câncer. Aumentos na frequência de câncer de cólon, reto e próstata tem sido observado em homens obesos, enquanto a obesidade em mulheres se associa à maior frequência de câncer de vesícula, endométrio e mamas.

Tratamento – A principal forma, e também mais simples, de combater a obesidade é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção do quadro saudável.

No tratamento da obesidade, a utilização de medicamentos contribui, de forma modesta e temporária, e nunca devem ser usada como única forma cuidar do problema. Isso porque, boa parte das substâncias utilizadas nos medicamentos (como anfetaminas, sibutraminas e antidepressivos) age no cérebro, podendo provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, boca seca e intestino preso. Um dos riscos mais preocupantes dos remédios para obesidade é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito à alguns tipos de pacientes.

Cirurgia bariátrica – Em casos mais graves (obesidade grau III), quando as mudanças alimentares e a prática de atividades físicas são impossíveis de serem implementadas, o paciente pode optar pela cirurgia bariátrica (redução do tamanho do estômago). A maioria desses casos são aqueles em que o índice de massa corporal (IMC) atinge valores superiores a 40 kg/m².

As doenças associadas à obesidade grau III (hipertensão arterial, artropatias, dislipidemias, diabetes, disfunções respiratórias, entre outras) geraram o termo obesidade mórbida, que deve ser abandonado.

Existem quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade, reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Bileopancreática. A escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas.

Prevenção – A melhor maneira para se prevenir a obesidade é manter hábitos saudáveis, tanto no quesito alimentação quanto na prática de exercícios físicos e também de lazer. Levar uma vida saudável é a melhor maneira de combater este mal.

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