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O prazer de estudar

Para valorizar aqueles que ainda buscam conhecimento e o crescimento pessoal nos bancos escolares, é que no dia 11 de agosto comemora-se o Dia do Estudante.

1 de junho de 2015

Uma cidade, estado ou país só crescem e se desenvolvem quando a educação é valorizada, pois é ela quem abre as portas para que as informações adentrem nas mentes das pessoas. Além disso, valores como comportamento, personalidade, respeito e atitude são desenvolvidos nesta fase, o que forma não somente homens ou mulheres, mas sim, cidadãos de bem.

Para valorizar aqueles que ainda buscam conhecimento e o crescimento pessoal nos bancos escolares, é que no dia 11 de agosto comemora-se o Dia do Estudante. A data foi instituída em virtude do centenário de criação dos dois primeiros cursos de nível superior no país: ciências jurídicas e ciências sociais. Isto ocorreu no ano de 1827, por meio de decreto assinado por D. Pedro I. Antes disso, quem quisesse cursar o ensino superior, teria que ir até a Europa, pois era só do outro lado do oceano que existiam universidades. Dessa forma, somente pessoas de famílias ricas poderiam concluir seus estudos, fato que acentuava ainda mais as diferenças sociais no Brasil.

Estudar é a melhor maneira de exercitar a memória, a fim de adquirir conhecimentos, aprender. No entanto, para que isso aconteça, o estudante deve frequentar uma escola e participar das atividades propostas, fazer as tarefas de sala, bem como as de casa, além de repassar os conteúdos que foram ministrados. Os estudantes devem ser responsáveis, pois o sucesso profissional virá através de muita dedicação. Além disso, merecem todo respeito e consideração de seus familiares, pois é o seu trabalho. Cada vez mais é fundamental dar valor aos estudos e buscar novos caminhos, pois a qualidade de vida depende, e muito, de uma boa base escolar.

O início – Quando se ingressa no Ensino Fundamental, tudo é novidade. Nos primeiros anos de vida escolar, aprendemos a ler, escrever e formamos nossas primeiras amizades, que podem se perpetuar pela vida toda. Nesta fase, formamos a nossa base para o futuro, por isso, ela deve ser bem trabalhada, para que o processo de aprendizado flua naturalmente.

Uma menina muito falante, chamada Ester Ehmke Romig, de seis anos, está dando seus primeiros passos no mundo da educação. Aluna do 2º ano da E. M. Dr. Wunderwald, a pequena diz que gosta muito de estudar todas as matérias, principalmente Matemática e Ciências. A Língua Portuguesa também é fácil e eu gosto de ler bastante. Tenho muitos livros de histórias em casa e a minha preferida é a ‘Cinderela, conta, antes de narrá-la por inteiro para a reportagem.

Ester é bastante extrovertida e ótima aluna, segundo sua professora. No entanto, ela ainda não sabe o quer ser quando crescer. Nesta fase, muitos sonhos passam pela nossa cabeça, por isso, a importância de uma boa alfabetização.

Já Júlia Possebon Rodrigues, de sete anos, tem definida qual profissão gostaria de seguir em sua vida adulta. Veterinária, pois eu amo os animais, principalmente cavalos, diz a aluna, que mora em Pomerode desde o ano passado, vinda do Rio Grande do Sul.

Tímida, Júlia também conta que não tem dificuldades e que gosta muito das professoras, além de cultivar o hábito da leitura, ressaltando que suas matérias preferidas são Português e Matemática.

Um período de conflitos – O Ensino Médio é uma fase muito importante na vida dos estudantes, pois é nela que buscamos aprimorar o nosso conhecimento e decidimos o que queremos ser no futuro. Também é marcada por novas descobertas e muitas perguntas e conflitos, uma vez que coincide com o período adolescente, quando os alunos buscam a autoafirmação, saindo da infância e tornando-se quase adultos.

Francieli Nascimento, de 17 anos, sabe bem o que é isso. Cursando o terceiro ano na E. E. M. Erwin Curt Teichmann, em Testo Central, ela precisa conciliar o trabalho com os estudos, o que se torna muito cansativo. É difícil, mas sei que no futuro isso vai me ajudar muito. Agora, a rotina é bastante puxada e prejudica, de certo modo, na realização de todas as tarefas. Em minha opinião, esta é a principal dificuldade que muitos alunos enfrentam, ressalta a aluna, que ainda está optando por fazer Educação Física ou Gastronomia.

Fran, como é mais conhecida, ressalta que a qualidade de ensino em Pomerode é boa. Para quem quer ser alguém na vida, a educação é a base de tudo, pois sem ela, não somos nada. No entanto, em alguns casos, os anseios dos estudantes não são atendidos totalmente. Por outro lado, alguns alunos também não cumprem os seus deveres. Acredito que se todos querem ganhar, cada um deve fazer a sua parte. O processo educacional pode ser melhorado a cada dia, para que a preparação dos jovens ao mercado de trabalho seja cada vez mais adequado, finaliza.

O desafio – Para muitos estudantes, ingressar no Ensino Superior é uma conquista, acompanhada de mais responsabilidades e dúvidas, que continuam a atormentar. Não são raros os casos de pessoas que iniciaram dois ou três cursos para descobrir a sua verdadeira vocação. Além disso, conciliar os estudos, cada vez mais intensos, com o trabalho é algo muito presente nesta fase da vida escolar.

Andrey Lenon da Veiga, prestes a completar 19 anos, cursa Administração Empresarial na Furb desde 2012. Após concluir o Ensino Médio na E. E. B. José Bonifácio, no ano de 2011, o estudante buscou algo que o pudesse realizar profissionalmente. Mas não foi assim tão fácil. Fiz vários testes vocacionais que me indicaram administração, além de compartilhar características gerais de todo administrador. Não tinha certeza de que era isso que eu queria, mas iniciei o curso para conhecer e também pra não ficar nenhum semestre parado, conta.

O curso, pago integralmente sem auxílio de bolsa de estudos, precisa ser adequado com a rotina do jovem como estagiário. Trabalho no Fórum de Pomerode e, pra mim, só fica ‘pesado quando a faculdade começa a cobrar bastante, geralmente no final do semestre. Entretanto, adoro minha rotina e não acho tão estafante, conta Andrey.
Para um bom sucesso profissional, é preciso que a educação tenha qualidade, em todas as suas instâncias. Neste quesito, há muitas discrepâncias, conforme relata o pomerodense. Na Furb temos uma variedade enorme de professores a cada semestre e a qualidade do ensino depende de cada um. Por exemplo, tive professores com falta de compromisso em vir à aula; outros que, simplesmente, passaram a matéria sem se preocupar se todos entenderam, sem nenhum diferencial ou algo que cativasse. Mas também tive professores maravilhosos, que vão ficar marcados pra sempre, com uma formação enorme, nos fazendo criar gosto em estudar aquela matéria, com toda a simpatia, auxílio prestado dentro e fora da sala, sendo nítido o prazer naquilo que estavam fazendo, ressalta.

No entanto, o respeito para com os mestres também precisa haver. De maneira geral, os alunos cumprem com suas obrigações, mas uma coisa que eu não gosto e que acontece é o desrespeito. O mínimo que um acadêmico pode fazer, quando entra em uma instituição de ensino, é querer aprender, mas sempre há exceções. Vejo alguns colegas desinteressados, que não valorizam o professor que tem e ainda acabam atrapalhando quem realmente quer estudar, acrescenta.

Mesmo assim, as instituições criam subsídios para que os estudantes possam reivindicar seus direitos e melhorias. Todos esses protestos que aconteceram, encorajaram muitos alunos a reivindicar melhorias. Além disso, na Furb, cada curso tem seu centro acadêmico, onde é prestado todo o auxílio àqueles que possuam dificuldades.

Para todos os jovens que desejam fazer faculdade, mas não sabem qual o curso escolher, Andrey tem uma dica. O importante é pesquisar bem antes e falar com pessoas que já estudaram ou estão estudando em tal área. Isso fará você ter uma ideia melhor daquilo que quer seguir em sua vida. Aproveitando a oportunidade, quero agradecer aos meus pais que sempre me incentivaram a fazer faculdade. Mesmo não tendo certeza do que eu queria fazer, sei que o importante é nunca parar de estudar, finaliza.

Fotos: Divulgação

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