Notas que se unem
Compor: v.t. Formar um todo, juntando diferentes partes. / Criar, produzir, inventar: compor um poema. / Entrar na composição de, participar de, integrar: mais de cem deputados compunham a nova assembleia. / Adotar uma atitude, assumir uma aparência conforme certas intenções; preparar, aprontar: a jovem compôs o rosto e os cabelos para receber o noivo. / Tipografia Dispor os tipos para imprimir.
Compor: v.t. Formar um todo, juntando diferentes partes. / Criar, produzir, inventar: compor um poema. / Entrar na composição de, participar de, integrar: mais de cem deputados compunham a nova assembleia. / Adotar uma atitude, assumir uma aparência conforme certas intenções; preparar, aprontar: a jovem compôs o rosto e os cabelos para receber o noivo. / Tipografia Dispor os tipos para imprimir.
Sim, essa é a denominação do termo, de acordo com o dicionário. Mas a arte de compor, vai muito além e exige muito mais do que criatividade e produção. Nessa receita de vários itens, um dos ingredientes principais, é a sensibilidade.
E isso, Aristeu Klein esbanja e tem de sobra. Isso nota-se já ao iniciar a entrevista com o maestro. Ele, com toda a sua modéstia, diz que não é um grande compositor. “Os grandes escritores de músicas trabalham por encomenda e saem coisas lindas. Eu não consigo trabalhar assim, para mim, precisa ser um arte natural, sem pressão”, explica.
Compositor do Hino de Pomerode, Aristeu conta que a canções foi uma grande inspiração. “Durante uma madrugada, tive uma luz e comecei a imaginar a letra. Não podia perder essa oportunidade, avisei a minha esposa que eu ia descer porque precisava escrever algumas coisas. Isso já eram cerca de 1h30min, de uma madrugada de verão, entre 2008 e 2009”, relembra. Klein conta que escreveu a letra em pouco mais de uma hora. E a composição saiu um pouco diferente do que ela é hoje.
Quando surgiu o concurso para o “Hino de Pomerode”, ele diz não ter hesitado. Mas uma das regras era que o autor não se identificasse nos envelopes. Era preciso escolher um pseudônimo. “Não me veio outra coisa, a não ser o nome do meu neto que estava para nascer. Meu filho e minha nora já haviam escolhido o nome do bebê e eu utilizei o nome dele, como Vitor Augusto”, conta.
Klein conta que fez, sim, outras composições. Uma delas, e que o emociona, foi o “Oratório da Paixão”, para uma igreja de Joinville, há alguns anos. O espetáculo musical, foi encenado na sexta-feira da Paixão, com a participação de vários coralistas.
Mas a paixão pela música não é de hoje. Aos 11 anos, o maestro passou a estudar em um seminário; e foi lá que pela primeira vez, ele teve contato com a música clássica. “Estávamos estudando na Hora do Estudo Livre, onde cada aluno poderia fazer uma atividade que quisesse, porém, desde que fosse dentro da sala de aula e em silêncio. Nós tínhamos, neste local, uma pequena caixa de som e por lá, de repente, comecei a ouvir ‘Danúbio Azul’ (Composição de Strauss em 1867) e me encantei”.
De lá para cá, não parou mais. Aprendeu a tocar Harmônio, órgão de tubo e outros instrumentos. Ele conta que a música é o que o move interiormente. Ele, que foi maestro e regente do Pommern Sänger, por onze anos, conta que a música clássica, de corais e erudita tocam no seu carro e na sua casa. “Eu gosto de selecionar o que eu ouço, porque música me faz bem”.
Hoje Aristeu Klein diz que, por opção própria, não está fazendo nada relacionado à música. Mas que o tema é uma de suas grandes paixões.