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Maternidade independente

O grande desejo de ser mãe levou a psicóloga, Leyla Karsten, a decisão de ter um filho de modo independente. O
resultado? Muito amor

14 de maio de 2015

A maternidade é a transmissão de um legado de nossa existência e passagem por este mundo. Uma responsabilidade que poderá fazer a diferença para as próximas gerações. Ser mãe é a doação de um pedaço próprio, desprendido de si, com vida e vontades. É o ato de abandonar hábitos e não mais se colocar em primeiro plano, em prol de outra pessoa. 

A função de criar e educar um filho é complexa. Cada um tem dentro de si seus próprios monstros e problemas e ainda assim, a mãe precisa estar firme para proteger seu pequeno pedaço voluntarioso. 

Quando Leyla Karmen Karsten, de 41 anos decidiu ser mãe há sete anos, ela o fez de modo independente. Segura de seu desejo, seguiu firme e mesmo sem a ajuda do pai da criança cria o pequeno Murilo desde então. Formada em psicologia com ênfase em ludoterapia, uma linha da psicologia infantil, o sonho de Leyla era ser mãe. “Sempre amei muito crianças e para me realizar como mulher faltava ser mãe, ai corri atrás do meu sonho”, conta. 

Estava ciente dos muitos desafios que enfrentaria, mas nenhum deles foi grande demais ao ser comparado ao amor que recebe e aprendeu a dar para a criança. “É um sentimento único que supera e enfrenta tudo e qualquer coisa. O mais importante de tudo é que sempre tive um grande apoio da minha família, eles nunca demonstraram nenhum preconceito sobre a minha decisão e eu agradeço muito à eles por tudo”.

O lado bom compensa. “Acredito que sou uma pessoa abençoada pelo que fiz e pelo que tenho. O mundo de hoje me permite viver isto com muito mais aceitação. E posso dizer com todas as letras que me tornei uma pessoa muito melhor e devo isto principalmente pela vinda de meu filho. As pessoas próximas à mim sempre souberam deste meu desejo de ser mãe é quando decidi que seria a hora, festejaram comigo. São pessoas muito importantes na minha vida e que sei que sentem orgulho de mim, por ter tido a coragem, de assumir riscos e mesmo de me expor diante da sociedade. Sempre falo para ela que o que houve foi a busca de um sonho, de um desejo, todos temos que ter objetivos na vidas e eles devem valer a pena”.

O pequeno Murilo gosta do estilo de vida que leva. Leyla nunca escondeu nada dele. Aos três anos a figura do pai começou a fazer falta e ele perguntou a mãe se poderia chamar o avô de pai. A mãe o orientou a perguntar o que o avô pensava sobre isso, que ficou emocionado, concordou instantaneamente e passou a frequentar as homenagens do dia dos pais que a escola realizava. Mas além do avô que virou pai, a figura masculina também se dá pelo irmão de Leyla.

O resultado foi um filho carinhoso que adora fazer amigos e animais, curioso e explorador. É traquina de vez em quando como qualquer criança normal. 

“Sei que existem muitas mães na mesma situação que a minha e gostaria muito de dizer para elas que a família sempre deve ser nosso porto seguro e que não é vergonha nenhuma criar um filho sozinho, nós temos que ter muito orgulho de nós e deles, é claro, eles são e sempre serão nosso maior tesouro”, aconselha.

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