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Homem morre a facadas em Testo Rega

O corpo de Vítor Andzejewski, 48 anos, foi encontrado no pátio nos fundos da casa onde morava, na rua Gustav Luedtke, uma transversal da Otto Behling, em Testo Rega.

11 de fevereiro de 2005


O corpo de Vítor Andzejewski, 48 anos, foi encontrado no pátio nos fundos da casa onde morava, na rua Gustav Luedtke, uma transversal da Otto Behling, em Testo Rega. O irmão, Mário Andzejewski, encontrou Vítor ainda com vida, às 4h55, com a cabeça encostada em um tubo e o corpo dentro de uma espécie de vala para esgoto. Chamou imediatamente os bombeiros, que prestaram os primeiros socorros, levando Vítor ainda com vida, vindo a falecer no hospital.


As especulações em torno da morte, ocasionada por perfurações de uma faca, encontrada pelo comissário Canaan Aragão, da polícia civil, que atendeu a ocorrência, eram muitas na manhã de quinta-feira, dia 10 de fevereiro. As pessoas apresentavam informações variadas sobre o número de estocadas no corpo de Vítor, que iam de cinco até 27. Mário diz que os bombeiros contaram cinco perfurações na região do tórax e abdômen.


O corpo foi levado ao IML de Blumenau para que se fizesse o laudo. O perito de local Ralf Klotz, após levantamento na residência e nas proximidades, foi até o IML em Blumenau, para confrontar informações junto com a perícia. Foi constatado que Vítor tinha 10 facadas, oito superficiais e duas mais profundas, que atingiram regiões vitais, e que o levaram à morte. A polícia trabalha com duas hipóteses: suicídio ou homicídio, com fortes probabilidades para a primeira.


Mário contou que o irmão esteve em sua casa na noite de quarta-feira, onde assistiu televisão até aproximadamente 21 horas. Depois foi para casa, que fica ao lado. Às 2 horas, uma cunhada, que mora cerca de 20 metros, viu Vítor deitado no outro lado da rua, perto da caixa de correspondência.


Pelo fato de ser alcoólatra, não deu muita importância porque não foi a primeira vez que Vítor era encontrado caído na rua. Com a insistência dos latidos do cachorro, Mário levantou-se às 4h50 para averiguar o que estava acontecendo. O cachorro latia e tentava ir em direção à vala, localizada atrás do canil. Mário foi até lá e encontrou Vítor. “Antes de o ver, ouvi uma espécie de ruídos parecendo alguém que tentava respirar. Ao chegar bem próximo vi o corpo caído e ele ainda com vida”, explicou.


A polícia, ao chegar no local, encontrou um cenário nada agradável. A casa, que tinha apenas um cômodo, com separação para o quarto feita de pinus, estava aberta. No quarto, a cama coberta de sangue, que ultrapassou o colchão, escorrendo pelo chão e ao lado da cama, uma faca, que sem dúvida foi a utilizada. A lâmina tinha 4,5 centímetros de sangue.


Na cortina que dividia o quarto do resto do cômodo, mais marcas de sangue, assim como na porta de entrada e no chão ao redor da casa. No local onde a cunhada o viu deitado, também havia sangue no chão, na caixa de correspondência e em um pequeno pé de goiaba. Supõe-se que ele saiu de casa e tentou pedir socorro, caindo em seguida neste local. Conseguiu levantar e tentou ir em direção à casa do irmão Mário, o que não conseguiu por estar em estado choque e desnorteado pela perda de sangue. No pátio no fundo da casa, há vários sinais de sangue, inclusive em um pequeno galinheiro.


O perito de local, Ralf Klotz constatou que não havia vestígios de luta, pois as paredes do quarto não tinham sangue. E, aparentemente, não sinal de que tenha sido roubado dinheiro ou alguma coisa de valor, pois os parentes não perceberam a falta de nada.


Conversando com os familiares, o perito Klotz descobriu que Vítor bebia muito e tomava remédios faixa preta, provavelmente para depressão. Mário contou que Vítor bebia muitas vezes 14 dias sem parar e sem comer. Depois disso, resolvia parar e voltava a tomar remédios, sem intervalo entre a medicação e o álcool, fato que fazia com que ele cometesse alguns atos impensados.

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