Histórias do Moleque

1ª Edição – Ano 1993

Almirante Barroso é o primeiro campeão municipal do Moleque Bom de Bola  

Entre as cinco escolas participantes da 1ª edição do Moleque Bom de Bola Municipal, a E.B.M. Almirante Barroso/25 de Julho/Testo Rega foi a campeã, em 1993. Os jogos foram realizados em turno único, com duas partidas aos sábados no período matutino. Na época, as disputas eram feitas em diferentes locais, ou seja, nos respectivos clubes participantes.
Vera Cruz/Olavo Bilac/Testo Central, Caramurú/Amadeu da Luz/Testo Alto, 25 de Julho/Almirante Barroso/Testo Rega, Floresta/José Bonifácio e Dr. Blumenau formaram as cinco equipes de alunos-atletas que participaram da 1ª edição.
A Secretaria Estadual de Educação criou em Santa Catarina o Campeonato Escolar de Futebol, com apoio de várias entidades. Em Pomerode, a promoção foi da Prefeitura, Secretaria Municipal de Educação, Comissão Municipal de Esportes (CME), Liga Pomerodense de Desportos (LPD), escolas e clubes. O objetivo foi promover a prática do futebol e formar a seleção pomerodense para disputar a fase Microrregional, envolvendo garotos de 11 a 14 anos.
Numa reunião realizada na Câmara de Vereadores em 1993, estiveram reunidas as autoridades constituídas, diretores e professores de Educação Física dos educandários sediados no município, Presidentes das Associações de Pais e Professores (APPs), Presidentes dos Clubes e a imprensa. Na oportunidade, foram definidos os detalhes da competição, bem como os locais e a tabela de jogos.
A arbitragem foi da Liga Pomerodense de Desportos (LPD) e o custeio da mesma e premiação foi da Prefeitura. Os clubes, educandários e APPs organizaram o transporte e o material esportivo para a garotada.

Microrregional Leste
Na etapa Microrregional Leste, participaram oito municípios: Blumenau, Benedito Novo, Indaial, Massaranduba, Dr. Pedrinho, Rio dos Cedros, Rodeio e Pomerode. As disputas foram realizadas em Pomerode nos estádios Hermann Weege, Floresta e 25 de Julho/Rega, de 10 a 12 de junho de 1993.
Blumenau foi o campeão e Indaial foi o vice-campeão, ambos classificados para a fase regional. Pomerode alcançou a medalha de bronze na fase Microrregional Leste, mas apenas dois times se classificavam para a fase seguinte. A etapa regional foi disputada em Timbó, de 22 a 24 de junho.

Curiosidade
Em 1992, foi disputado um amistoso em Pomerode entre as escolas José Bonifácio e Doutor Blumenau para formar um time que representasse o município na fase Microrregional do Moleque Bom de Bola. As equipes empataram em 2 a 2, no tempo normal, e na prorrogação, o José Bonifácio venceu por 2 a 0. A fase Microrregional foi realizada em Massaranduba e um combinado entre as escolas José Bonifácio e Doutor Blumenau representou Pomerode. Em Massaranduba, a equipe pomerodense perdeu para Blumenau por 6 a 1 e para Dr. Pedrinho por 3 a 1.

Uma bagagem cheia de histórias e lembranças
Com participação no Moleque Bom de Bola Municipal desde a 1ª edição oficial, em 1993, o professor Luís Xavier, mais conhecido como Lula, guarda várias histórias e lembranças na memória. Atentamente, conta e lembra com precisão de cada edição do Moleque, como se estivesse vivenciando os momentos novamente. Além disso, guarda em seu acervo pessoal diversas fotos e materiais sobre a competição.
Lula conta que de 1993 a 1997, as escolas poderiam pegar alunos de outras que não participavam da competição. “O Almirante sempre tinha alguns estudantes do Prudente de Morais, até 1997. Também no início, as disputas eram feitas em diferentes locais, sempre aos sábados pela manhã. A etapa municipal se estendia por semanas, mas com o crescimento da competição, foi modificado para ser em apenas um campo. O 25 de Julho mesmo tem muita história para contar”, comenta.
“É muito gratificante desenvolver o trabalho com o Moleque Bom de Bola. Com as conquistas, Pomerode ficou muito conhecida na região. Até 1999, quando a fase municipal era disputada em diferentes campos, foi muito bom. Os alunos, como não saíam muito de casa, conheciam várias regiões de Pomerode. Atualmente, a questão já é bem diferente. A maioria sai. Mas a satisfação do trabalho é a mesma”, considera o professor Lula.