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Fique de olho no rótulo

Por que você escolhe um produto em vez de outro quando vai ao supermercado? Pelo preço ou marca? E os valores nutricionais? Você verifica a tabela desses valores? Muita gente não se preocupa em observar esses parâmetros.

1 de junho de 2015

Por que você escolhe um produto em vez de outro quando vai ao supermercado? Pelo preço ou marca? E os valores nutricionais? Você verifica a tabela desses valores? Muita gente não se preocupa em observar esses parâmetros. Informações dos rótulos como gorduras saturadas ou sódio, passam despercebidas pela maioria dos consumidores devido a fatores que abrangem desde a falta de interesse ou dificuldade de interpretação, até dificuldade de leitura em virtude das pequenas letras usadas para a identificação. O fato é que, no rótulo é que estão as informações fundamentais, que indicam a distribuição de alguns nutrientes no alimento, para saber se o produto é de fato a melhor opção para a família.

O nutricionista Geliandro Fideles Ribeiro explica que no Brasil, é obrigatório que as embalagens indiquem o valor energético, que representa a quantidade de calorias que o alimento possui, os carboidratos, gorduras totais, saturadas e tras, fibra alimentas e sódio. Algumas empresas podem informar de maneira opcional, nutrientes como vitamina C, ferro e gorduras insaturadas. A tabela deve trazer a porção do alimento, normalmente em gramas ou mililitros e a medida caseira dos alimentos. Um exemplo é uma porção de 200ml de leite desnatado que terá como medida caseira um copo. Outra informação necessária é a porcentagem do valor diário (%VD), que indica a necessidade diária do nutriente. O consumidor tende a verificar apenas as calorias do alimento, mas essa nem sempre é a informação mais importante e isso tem sido cada vez mais evidente. A leitura do rótulo deve ser iniciada pela porção, para saber em que quantidade aqueles valores foram calculados. Depois comparar o alimento com outros similares e escolher o mais adequado, com baixos valores de gordura saturada e sódio, mais ricos em fibras e proteínas, esclarece o nutricionista

A falta de informações nutricionais pode levar o consumidor ao erro. Alguns alimentos são ricos em sódio e ao não apresentarem essa informação, podem trazer sérios riscos a saúde. Essas tabelas devem ser elaboradas por profissionais especializados como nutricionistas ou engenheiros de alimentos. Os valores são calculados com base nos ingredientes, modo de preparo e rendimento do alimento. Geliandro alerta para que o consumidor abra os olhos, pois algumas empresas copiam a mesma informação nutricional para vários alimentos. Mas se houver dúvidas, pode-se solicitar a informação nutricional original, o documento do profissional que elaborou tabela no estabelecimento. Vale ressaltar que a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), aceita uma margem de até 20% em relação aos nutrientes declarados.

O nutricionista ainda afirma que aprender a interpretar o rótulo dos alimentos é um dos principais objetivos da boa alimentação. Compare os alimentos e faça boas escolhas. Além da tabela, verifique também a lista de ingredientes. Ela deve estar sempre em ordem decrescente, sendo assim, o primeiro ingrediente será o de maior quantidade no alimento. Exemplo: Se você quer comprar pão integral, busque um onde o primeiro ingrediente é farinha de trigo integral. Você ficará surpreso em ver que a maioria deles é feito com a maior parte de farinha refinada finaliza.

 

VALOR ENERGÉTICO – É a energia produzida pelo nosso corpo proveniente dos carboidratos, proteínas e gorduras totais, Na rotulagem nutricional o valor energético é expresso em forma de quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ). Prefira alimentos com baixo valor calórico. Mas de 400kcal/100g é bastante elevado.

 

CARBOIDRATOS – São os nutrientes cuja principal função é fornecer a energia para as células do corpo. São encontrados em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas, tubérculos (batata, mandioca, inhame, etc.) e doces em geral. Alimentos ricos em carboidrato com mais de 6g/100g de fibras e proteína, são boa escolha.

 

PROTEÍNAS – São nutrientes necessários para construção e manutenção dos nossos órgãos, tecidos e células. Encontramos nas carnes, ovos, leite e derivados, e nas leguminosas (feijão, soja e ervilha).

 

GORDURAS TOTAIS – São nutrientes que também fornecem energia para o corpo e ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se à soma de todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento, tanto de origem animal quanto de origem vegetal. Procure alimentos com menos de 10g de gordura por 100g.

 

GORDURAS SATURADAS – Tipo de gordura presente em alimentos de origem animal. O consumo excessivo desse tipo de gordura pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, por isso o consumo deve ser moderado. São exemplos: carnes, toucinho, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga e requeijão. Prefira alimentos com pouca ou nenhuma gordura saturada.

 

GORDURA TRANS – Encontrada em grande quantidade em alimentos que utilizam gordura vegetal hidrogenada em suas preparações. O consumo desse tipo de gordura deve ser muito reduzido, considerando que o nosso corpo não precisa desse tipo de gordura, além de aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Não se deve consumir mais de 2 gramas/dia.

 

FIBRAS ALIMENTARES – Está presente em diversos tipo de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino. Consumo de 30 gramas/dia.

 

SÓDIO – Está presente no sal de cozinha e em alimentos industrializados (embutidos, enlatados, salgadinhos, molhos prontos). Devem ser consumidos com moderação, pois em excesso podem causar o aumento da pressão arterial. Máximo de 480mg/porção ou 2000mg/dia.

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