Executiva Estadual dissolve PP de Pomerode
Um grande impasse se formou em torno da convenção do PP, realizada no último domingo e que aclamou, por 38 votos a favor e um contra, o nome da prefeita Magrit Krueger para a reeleição.
Um grande impasse se formou em torno da convenção do PP, realizada no último domingo e que aclamou, por 38 votos a favor e um contra, o nome da prefeita Magrit Krueger para a reeleição. No dia anterior, sábado, os integrantes do PP de Pomerode já haviam sido informados que a executiva estadual, através de seu vice-presidente, Eni Voltolini, havia dissolvido a executiva municipal e conseqüentemente, tornando nula a convenção. De acordo com o vice-presidente estadual, Eni Voltolini, a intervenção no diretório local resultou na formação de uma comissão provisória para administrar a legenda. O impasse aconteceu em função de discussões em torno da escolha do candidato a prefeito, no caso Magrit Krueger e o médico Paulo Pizzolatti. A prefeita Magrit disse ter ficado sabendo, somente no sábado à tarde, que o deputado federal João Pizzolatti havia protocolado o documento da executiva estadual no Fórum de Pomerode. “Não consideramos válida a dissolução da executiva municipal e muito menos nula a convenção”, afirmou categoricamente, salientando ainda que o edital para a convenção foi publicado em tempo hábil, assim como o registro em cartório. Na segunda-feira pela manhã, tanto a prefeita, como os integrantes da executiva municipal foram até Blumenau para se inteirarem mais dos fatos. Na parte da tarde, o presidente do PP de Pomerode, Rolf Porath, foi até Florianópolis para resolver o impasse. “Não havia nada que pudesse impedir a convenção. Não vou dar o braço a torcer. Gostaria de saber o que está acontecendo e o porque desta perseguição”, desabafa a chefe do Executivo pomerodense, Magrit Krueger acredita que um dos fatores da perseguição é por ter analisado a hipótese de mudar de partido, no caso o PSDB, o que acabou não se confirmando. “Permaneci no PP. Há 36 anos eu e meu marido trabalhamos por este partido e não vou deixar que acabe assim esta história, simplesmente me pondo de lado”. Uma outra hipótese levantada pela prefeita é que assim que assumiu a administração municipal em 2001, não aceitou todos os nomes indicados para cargos de confiança e primeiro escalão. “Amo a política. Odeio a politicagem. É ridículo dar cargos de confiança ou secretarias para pessoas que nada tenham a ver com Pomerode. Meu dever é dar crédito para pomerodenses e para quem fez daqui a sua terra e que trabalha por ela”, frisa. Se mostra incisiva ao afirmar que se não der certo seu nome para a reeleição, e Paulo Pizzolatti ser indicado o candidato pelo PP, ela sai do partido e cruza os braços. “Se a convenção for confirmada e meu nome continuar, permaneço e trabalho com afinco pelo PP, como sempre fiz. Mas caso contrário, saio. Tenho certeza de que 90% dos filiados em Pomerode saem comigo”.