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Entre mãozinhas e patinhas, encontra-se o amor

Logo que a porta do apartamento foi aberta, Kalisse já deu o ar de sua graça, colocando as patinhas e focinho para ver quem era a visita. Já dentro do apartamento, a pequena cachorrinha pulava sobre as pernas dos visitantes, mostrando carinho e pedindo atenção.

1 de junho de 2015

Logo que a porta do apartamento foi aberta, Kalisse já deu o ar de sua graça, colocando as patinhas e focinho para ver quem era a visita. Já dentro do apartamento, a pequena cachorrinha pulava sobre as pernas dos visitantes, mostrando carinho e pedindo atenção. Era como se ela dissesse Estou aqui, estou aqui.

Enquanto isso, a pequena Maria Alice, de dois meses, estava sentada no colo da mãe observando o que se sucedia ao seu redor. A nova alegria da casa está começando a se habituar com a presença do seu animal de estimação, que desde o seu primeiro momento em casa já a acompanhava, cuidava e protegia a pequena.

Os pais, William Volkmann e Fabiane Fester Volkmann, logo quiseram acostumar a cachorrinha e a bebê a conviverem juntas. Por isso, o pai, ainda com Fabiane e Maria Alice no hospital, trouxe uma frauda para casa, com o cheirinho do novo neném. Fiz isso para que ela soubesse que a família estava ganhando mais um integrante, explica William.

Ideia que deu certo, pois assim que as duas foram devidamente apresentadas, Kalisse demostrou seu carinho por Maria Alice, que estava no bebê conforto. Foi engraçado porque eu coloquei o bebê conforto no chão e a Kalisse já quis ver o que era, e desde lá, não desgruda mais da pequena, conta o pai.

E o ciúmes, será que rolou? Não, dizem o pai e a mãe em coro. Ficamos até com receio que isso acontecesse, mas tomamos cuidado para que Kalisse não se sentisse rejeitada com a chegada da Maria Alice. Continuamos dando atenção a ela e à pequena, e assim, ao invés de desenvolver ciúmes, acabou criando um carinho muito grande pela nossa pequena menina, conta Fabiane.

A cachorrinha, que veio logo depois do casamento, sempre se mostrou agitada e serelepe. Mas com a gravidez da Fabiane ela começou a se acalmar e ficar muito mais carinhosa. Foi até engraçado, porque pareceu que ela sentiu que algo mudaria. Hoje ela é bem diferente de antes de eu engravidar. Está mais calma, mais carinhosa. A chegada da Maria Alice fez muito bem para ela também, conta a mãe.

Hoje, as duas pequenas tem uma boa relação. Maria Alice ainda não consegue assimilar muito bem a presença da cachorrinha, mas quando a percebe, a risada rola solta. Já Kalisse, tem um instinto de proteção com a pequenina e sempre busca saber como e onde ela está. Ela sempre quer saber onde que ela está. Vai até o quarto para ver se ela está no berço. Quando Maria Alice chora, Kalisse fica agitada, quer saber o que está acontecendo e nos olha para ver o que vamos fazer. Ela está sempre por perto, cuidando, olhando, é muito interessante essa relação de amor que um animal pode ter com um ser humano, explana Fabiane.

E assim elas vão crescendo juntas, ajudando uma a outra, e quando Maria Alice ficar um pouquinho maior, vai perceber que além de sua mãe e seu pai, ela tem uma grande (porém pequena) companheira ao seu lado, que irá acompanhá-la enquanto possível. E é este amor que mostra que seres humanos e animais podem sim viver em harmonia, independente de idade ou de espécie. E para terminar, a frase mais marcante da entrevista. Somos todos uma família feliz.

Estudos científicos vêm descobrindo que conviver com animais causa diferentes efeitos positivos, seja em bebês, grávidas ou até pessoas com autismo. A busca por uma melhor saúde pode ser um bom motivo para levar um animal de estimação para casa. Isso porque, nos últimos anos, foram publicados muitos estudos sobre os possíveis efeitos da companhia desses bichos na saúde de seus donos. E muitos desses trabalhos revelaram que ter um cão ou um gato em casa pode prevenir doenças respiratórias, melhorar a saúde de grávidas e até ajudar pessoas com autismo.

 
Bebês que convivem com cães e gatos, mas especialmente com cachorros que passam mais tempo dentro do que fora de suas casas, são mais saudáveis e precisam tomar menos antibióticos do que crianças que não têm contato com esses animais.

Pesquisadores da Universidade da Finlândia Oriental decidiram acompanhar 397 crianças desde seu nascimento até elas completarem um ano de vida. O objetivo era saber se cães ou gatos em casa interferem de alguma maneira na saúde dos bebês. Um ano depois, a equipe descobriu que o contato com os animais, mas principalmente com cães, está relacionado a menos casos de infecções respiratórias em crianças e também a uma menor necessidade de o bebê tomar antibióticos. O maior efeito protetor foi observado entre crianças que conviviam com cães que passavam parte ou todo o tempo no interior das casas.

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