Entenda porque mina em Maceió pode entrar em colapso e crateras podem surgir na capital de Alagoas
Segundo a Defesa Civil, a mina poderá eclodir a qualquer momento
Foto: Defesa Civil de Alagoas
Nesta quinta-feira, 30 de novembro, a Defesa Civil de Maceió, capital do Alagoas, emitiu um alerta máximo, devido ao risco de colapso da mina petroquímica da Braskem, na Lagoa Mundaú, bairro Mutange. Na quarta-feira (29), a Prefeitura já havia decretado situação de emergência, devido à situação.
Toda a área já foi desocupada e a população foi orientada a não passar por aquela região, já que a mina pode sofrer o colapso a qualquer momento. Segundo a Defesa Civil de Maceió, nesta sexta-feira, 1º de dezembro, a área ao redor da mina 18 da Braskem – que está em risco de colapso, está afundando em uma velocidade de 2,6cm por hora. O deslocamento vertical acumulado é de 1,42m.
O Governo de Alagoas informou que, somente no mês de novembro, cinco abalos sísmicos foram registrados na região.
Ainda, de acordo com o coordenador de Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés Melo, à CNN Brasil, o colapso da mina não pode ser evitado e a mina pode eclodir a qualquer momento. O desabamento pode provocar a formação de crateras enormes na região, bem como causar o efeito cascata em outras minas.
Ainda segundo a Defesa Civil estadual, não é possível dimensionar as consequências do que pode acontecer quando o colapso ocorrer, porque o fato é algo que nunca foi enfrentado pela região e pelo Estado antes.
Além da formação das crateras, a cidade poderá enfrentar outros problemas como abastecimento de água comprometido, bem como o fornecimento de energia e gás em uma parte da Capital alagoana.
O coronel Moisés também afirmou à CNN Brasil que o movimento na mina está evoluindo e acelerado, se aproximando da superfície. Por isso, já existe um plano de contingência em andamento na cidade de Maceió, com monitoramento 24 horas, para atender à população da capital.
Ainda, o coordenador da Defesa Civil estadual disse em sua entrevista ao canal nacional que é preciso manter a calma, pois não haverá um tsunami, um terremoto ou se abrir um buraco enorme na cidade. A cratera poderá atingir um raio de 150 metros e a população já foi afastada a 2km de distância. Haverá um dano ambiental, segundo afirmado pela Defesa Civil de Alagoas.
A mina em questão está localizada 60% na Lagoa Mundaú e 40% no continente, sendo que esta área já foi isolada pelas autoridades competentes. No momento em que houver a eclosão da mina, a água da Lagoa Mundaú irá preencher a cratera que se formar, com cerca de 400 a 500 mil metros cúbicos.
A caverna da mina que está em iminente risco de colapso tem 120 metros de altura, 60 metros de diâmetro e um raio de 30 metros.
Ainda segundo a CNN Brasil, em nota, a Braskem afirmou que a situação de instabilidade vem se intensificando e que estão sendo tomadas as medidas cabíveis para a diminuição do impacto a ser causado pela eclosão.
A empresa também enalteceu que segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades.
As minas para a extração de sal-gema são cavernas abertas. Desde o ano de 2019 elas estão fechadas, após o Serviço Geológico Brasileiro confirmar que houve atividade sísmica que provocou afundamento do solo, na região.
Com informações de CNN Brasil