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Em prol da preservação das abelhas

A Secretaria de Desenvolvimento Rural realiza um trabalho de controle de abelhas, recolhendo animais que possam oferecer risco à comunidade e levando-as para apicultores da cidade

24 de maio de 2019

Entre o fim de 2018 e os primeiros meses de 2019, a morte de abelhas, em grande escala, têm gerado um alerta no Brasil. De acordo com uma reportagem divulgada pela Revista Galileu, em três meses, de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, mais de 500 milhões de abelhas foram encontradas mortas por apicultores apenas em quatro estados brasileiros, segundo levantamento da Agência Pública e Repórter Brasil. Em Santa Catarina 50 milhões morreram, segundo estimativas de Associações de apicultura, secretarias de Agricultura e pesquisas realizadas por universidades.

Por este motivo, a preservação destes animais é de suma importância, pois as abelhas são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema, uma vez que elas são as principais polinizadoras deste. Pensando nisso, a Secretaria de Desenvolvimento Rural realiza um trabalho de controle de abelhas, recolhendo animais que possam oferecer risco à comunidade e levando-as para apicultores da cidade.

O trabalho é feito desde o ano de 2011, mas poucos sabem da possibilidade de pedir auxílio à Secretaria em casos de enxames que possam oferecer risco. “Nós atendemos locais públicos, como escolas, postos de saúde, ou em vias em que há grande circulação de pessoas. Em casos de propriedades privadas, só realizamos o recolhimento se oferecer risco ao restante da comunidade ao redor ou a quem passa pelo local”, explica o Secretário de Desenvolvimento Rural e Técnico Agrícola, Sirio Jandre.

O serviço é realizado em auxílio ao Corpo de Bombeiros Voluntários e à Defesa Civil, que repassam os casos à Secretaria. Mas para facilitar a comunicação, quem estiver com algum problema relacionado a um enxame, pode entrar em contato com a pasta através dos telefones 3387-7243, ou 3387-7248. Em média, são atendidos entre cinco e seis casos no mês.

“É importante ressaltar, também, que pode não haver um atendimento imediato, pois temos as demandas da Secretaria e, muitas, vezes, as abelhas ainda não estão tão agressivas. Destaco que, em casos de colmeias ou enxames no interior de uma residência, o serviço deve ser contratado por uma empresa particular. Além disso, para que tenhamos um trabalho seguro, existem horários específicos para se trabalhar com as abelhas”, esclarece.

Mesmo não atendendo casos que ocorrem dentro de residências, a Secretaria realiza o trabalho de conscientização, ajudando a identificar a espécie de abelha, se é agressiva ou não e orientando como proceder para evitar ataques de enxames.

Neste ano, já foram atendidos cerca de 12 a 15 atendimentos a enxames de abelhas ou de vespeiros em Pomerode. A espécie mais comum nestes chamados é a da abelha africanizada, que é a mais agressiva e perigosa.

Para a realização deste trabalho, a Secretaria conta, também com a parceria dos apicultores da cidade. Ao serem capturados, os animais são levados a algum criador da cidade, em caixas apropriadas para o fim. Desta forma, mantem-se o objetivo principal da ação, que é evitar que as abelhas sejam mortas, preservando o animal, que também é fundamental para o desenvolvimento da agricultura na cidade.

 

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