Dos ovos de galinha aos de chocolate
C.E.I.M. Prof. Nora Dallmann
C.E.I.M. Prof. Nora Dallmann
O ovo representa a vida, que significa nascimento e ressurreição. Como a Páscoa é uma festa cristã na qual se comemora a ressurreição de Cristo, o símbolo se consagrou como uma das formas de simbolizar a data.
Na Idade Média, acreditava-se que o mundo, assim como a vida no planeta, havia surgido dentro de um ovo. Povos antigos o viam como representação da forma do universo, eles o pintavam e o ofereciam em festas.
Uma lenda dá outra explicação para a escolha dos ovos como símbolo pascoal. Segundo ela, Simão Cireneu, que ajudou Cristo a carregar a cruz, era vendedor de ovos e, após a ressurreição, eles teriam ficado coloridos.
Já alguns historiadores afirmam que os antigos egípcios, persas e alguns povos germânicos seriam os criadores do costume de presentear com ovos de galinha coloridos. Hoje, essa tradição em alguns países é atribuída aos chineses, que cozinhavam o alimento envolvido em cascas de cebola com beterraba para dar um colorido diferente e oferecer como presente nas festas de primavera.
Mas eles começaram a fazer parte da Páscoa no século 15, quando Luis XI, pressionado pela igreja, que era contra o consumo de tantos ovos na Quaresma – período de penitência -, transferiu a comemoração para o período de Páscoa. Na ocasião, foi oferecida aos pobres metade dos produtos das terras exploradas, entre eles muitos ovos. Com o tempo, os ovos decorados passaram a ser de porcelana, vidro, pedra, madeira e até de ouro ou prata ornamentados por pedras preciosas.
A atual tradição de ovos e coelho na Páscoa originou-se nos Estados Unidos, no século 18, mas por meio de mãos alemãs. Um século depois, o costume já havia se propagado, mas os ovos passaram a ser de chocolate.
Fonte: Guia dos Curiosos (Marcelo Duarte, Panda Books).