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Dois vereadores vetam novos incentivos à Obenaus

Edi Nicolodelli e Antenor Zimermon se mostraram contra ao projeto.

28 de abril de 2005

Projeto de lei do Executivo, concedendo estímulo econômico à empresa Obenaus Indústria e Comércio de Molas, apresentado na sessão de segunda-feira, dia 25, terá que ir a segunda votação. Os vereadores Edi Nicolodelli (PMDB) e Antenor Zimermon (PT), manifestaram-se contra, alegando que a empresa não cumpriu o que estava previsto no processo quando de sua instalação há quase seis anos, onde iria gerar 117 empregos a curto prazo. Os dois vereadores lembram que hoje a Obenaus tem no seu quadro de funcionários 80 pessoas. “Muito aquém do compromisso de curto prazo”, frisam Edi e Antenor.


Pelo projeto de lei, número 1.768/05, apresentado pelo Executivo, fica autorizada, a título de incentivo econômico para  a empresa Obenaus, a execução pela prefeitura de Pomerode de serviço de corte e aterro, totalizando um volume aproximado de 1.500 m³ de barro, no terreno de sua propriedade, situado à rua Ribeirão Souto, em Testo Central. Também concede a colocação de tubulação para águas pluviais, no interior e exterior; transporte de brita para arruamento interno da empresa; serviços de retroescavadeira necessários à ampliação de suas instalações,  conforme projeto apresentado, que faz parte integrante da presente lei.


Para receber o benefício, a empresa se compromete a gerar  42 novos empregos diretos e 126 indiretos, mediante comprovação, após a realização das ampliações e de acordo com o projeto apresentado. Ambos os vereadores que se manifestaram contrários, salientaram que se não cumpriram a primeira parte do compromisso, quando aqui se instalaram, e passados já seis anos, não vão honrar este segundo compromisso. “É inadmissível que o Executivo, sabendo do não cumprimento anterior, ainda queira dar novos incentivos a esta empresa”, dizem, ressaltando ainda que “é dinheiro público que será investido. É nosso dinheiro que está em jogo. E não podemos aceitar isso”.


Os vereadores já estão estudando a possibilidade de formalizar a denúncia junto a Promotoria Pública, por considerar “uma afronta ao princípio da moralidade pública”. “Não entendemos como o Executivo, na pessoa do prefeito municipal, não tenha ainda cobrado o compromisso anterior, honrando assim a lei primeira, vindo agora novamente solicitar autorização para maiores incentivos”, finalizam.

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