Dica do Bombeiro
Um AVC é um Acidente Vascular Cerebral, ou seja, é uma doença associada a alterações nos vasos do cérebro.
Estas alterações ocorrem de duas maneiras: isquêmicas e hemorrágicas. A primeira implica na redução no fluxo sanguíneo cerebral. Esse fluxo é importante porque permite transportar para o cérebro oxigênio e nutrientes essenciais ao funcionamento das células que o constituem.
O que é isso?
Um AVC é um Acidente Vascular Cerebral, ou seja, é uma doença associada a alterações nos vasos do cérebro.
Estas alterações ocorrem de duas maneiras: isquêmicas e hemorrágicas.
A primeira implica na redução no fluxo sanguíneo cerebral. Esse fluxo é importante porque permite transportar para o cérebro oxigênio e nutrientes essenciais ao funcionamento das células que o constituem. Se esse fluxo é reduzido ou interrompido, as células cerebrais deixam de receber esses elementos essenciais e acabam por morrer.
As alterações hemorrágicas correspondem a alterações da permeabilidade dos vasos sanguíneos cerebrais ou mesmo a ruptura dos mesmos. Assim, há saída de sangue desses vasos provocando a formação de um aglomerado de sangue que comprime as estruturas cerebrais, alterando o seu funcionamento.
Quando isto acontece, as funções desempenhadas pelo grupo de células que morreram perdem-se e o indivíduo tem aquilo que se chamam sinais neurológicos, ou seja, manifestações da falta dessas mesmas funções. Existem tantas manifestações quanto às funções do cérebro, por isso não vão ser descritas aqui.
Um dos modelos de mais fácil compreensão dos sintomas de um A.V.C. é o método S-T-R = SMILE,TALK,RAISE
S – peça para a pessoa sorrir, observe se os músculos da face se movimentam naturalmente, os dois lados do rosto devem apresentar a mesma aparência.
T – Peça para a pessoa falar uma sentença simples (coerentemente), ex.( eu moro na Rua Hermann Weege 2113 há 15 anos.)
R – Peça para a pessoa levantar horizontalmente os dois braços. Observe se os dois braços se levantam com a mesma velocidade e em alturas idênticas.
Outro sinal importante é pedir para a pessoa por a língua para fora. Se ela estiver desviada indo para um lado ou para outro, pode também ser uma indicação de AVC, além destes sinais outros devem ser motivos de atenção, perda de equilíbrio sem razão aparente (tropeços), a perda repentina do controle das funções fisiológicas (urina e fezes).
Se houver alguma dificuldade em alguma destas tarefas, leve a pessoa imediatamente para o pronto socorro ou acione o corpo de bombeiros (193) ou o serviço móvel de urgência (SAMU-192), e descreva os sintomas que surgiram ao atendente.
Fonte: Ferro JM, Verdelho A. Epidemiologia, fatores de risco e prevenção primária do AVC. Pathos Julho/Agosto 2000; 7-15.
Adaptado: Carlos R. Hein , Vilmar Schrubbe
Porque o AVC acontece?
Depende do tipo de AVC que estamos falando.
No caso do AVC isquêmico existem duas causas principais: a trombose e a embolia. A trombose acontece quando uma artéria por qualquer razão vai ficando cada vez mais estreita e acaba por se ocluir (a razão mais frequente é a aterosclerose). A embolia acontece quando algo que circula na corrente sanguínea chega a uma artéria com menor calibre e a oclui (mais frequentemente trata-se de coágulos de sangue que se formam nas artérias fora do cérebro ou no coração). Existem outras causas, mas são menos frequentes e não serão discutidas aqui.
No caso do AVC hemorrágico, as duas causas mais importantes são: traumatismo craniano e a existência de alteração das artérias, nomeadamente aneurismas, mal formações arteriovenosas, mas mais frequentemente alterações causadas pela existência de hipertensão arterial.
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Fatores de risco de AVC
O cardiologista Dr. Eckart Liesenberg explicou de maneira fácil e objetiva os fatores de risco em caso de AVC.
A tabela abaixo os enumera:
1) Tabagismo
2) Hipertensão Arterial
3) Ansiedade/Depressão
4) Obesidade
5) Sedentarismo
6) Hipercolesterolemia
7) Diabetes Melito
8) Idade (homens antes que mulheres)