Campeonato da LPD poderá terminar no tapetão
O adiamento do jogo da final entre o Água Verde e Floresta, partida que deveria ter sido disputada no domingo, 24 de julho, provocou um tumulto e causou polêmica.
O adiamento do jogo da final entre o Água Verde e Floresta, partida que deveria ter sido disputada no domingo, 24 de julho, provocou um tumulto e causou polêmica, não só nos clubes, mas também junto à comunidade. Por conta deste adiamento, o Floresta, que foi até o campo do Água Verde no domingo, local onde deveria acontecer o jogo, entrou no Tribunal de Justiça Desportiva, com mandado de garantia, na segunda-feira, às 18 horas. Até o fechamento desta edição, estava confirmado o jogo da final para este domingo. Representando a diretoria do clube, Wanderlei Pedrini assegurou que o Floresta não vai entrar em campo neste domingo. “Mesmo se o TJD decidir pelo indeferimento da nossa ação, não iremos jogar. Vamos entrar junto ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (RJ) e se não resolver, vamos pela justiça comum”. Assegura que, se em algum momento o clube tivesse sido consultado sobre a transferência de data, certamente iria concordar. “O que não podemos permitir é que em pleno ano de 2005, uma pessoa queira decidir sozinha, sem consultar os clubes, pois são estes que fazem o campeonato e que investem tempo e dinheiro para proporcionar o espetáculo do futebol”. A decisão do adiamento foi tomada pelo presidente da LPD, Waldemar Buse, o popular Cascudo, através de resolução e baseado nos termos do artigo 39 do regulamento da LPD, que permite a qualquer presidente de liga, a decisão de transferência ou adiamento do jogo, até seis horas antes, mediante comum acordo. Esta última frase é que causou o conflito. Conforme entendimento da direção do Floresta, a frase “mediante comum acordo”, significa consulta prévia aos clubes, o que não aconteceu, segundo Wanderlei Pedrini. Ele diz que o Floresta ficou sabendo da decisão pela Rádio Pomerode, no programa de Salmos de Souza. “O comunicado veio via fax somente às 11h52 de sábado. E o Cascudo não poderia ter adiado sem nos consultar”. A direção do Água Verde, através de Frank Hoeft, diz também não ter sido consultado, tendo recebido apenas um fax. No entanto, acatou o adiamento sem discutir. “Nós acatamos o adiamento, pois entendemos que a Liga é soberana sobre os clubes e assim sendo, o jogo, para nós, é neste domingo”. O técnico Rolf Porath informou que a equipe estará em campo neste domingo, salvo alguma decisão judicial. O Floresta não aceita a decisão, também em função do prejuízo econômico e do calendário que precisa cumprir. Quatro jogadores vieram de fora de Santa Catarina especialmente para o jogo: Carlinhos, Júnior e Xandão, de São Paulo e Rogério Carioca, do Rio de Janeiro. “O Floresta bancou as passagens aéreas, bem como hospedagem, alimentação e até academia, no caso de Rogério Carioca”. Alega ainda que o clube tem contrato com transporte de jogadores, de Brusque e Itajaí, o que é feito com antecedência. Há ainda o contrato com os patrocinadores e compromisso com a mídia. “O Floresta tem hoje 255 atletas, o que merece e exige um calendário”, citou, informando que o clube estava disputando três decisões no final de semana passado. “Se não seguíssemos com profissionalismo este calendário, não estaríamos disputando três finais em um único final de semana”. Sem querer se pronunciar, o presidente da LPD, Waldemar Buse, disse que tudo o que teria para falar estava impresso na resolução enviada aos clubes. Nesta resolução, de número 003/05, o presidente justifica o adiamento considerando a chuva forte, o estado alagadiço do campo do Água Verde , o prejuízo ao público, diante do mau tempo, das dificuldades de acesso diante da inexistência de arquibancada coberta no estádio, bem como a previsão de público superior a mil pessoas.