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Caminhoneiros se concentram às margens de rodovias em SC

Categoria começou mobilização em pátios e estacionamentos nesta quinta.
Até as 8h, nenhuma rodovia foi fechada por veículos, informou a PRF.

23 de abril de 2015

Caminhoneiros estão desde a madrugada desta quinta-feira (23) às margens de rodovias no Oeste de Santa Catarina para protestar após categoria não chegar a um acordo com o governo federal sobre o valor do preço mínimo do frete no país.

Esta foi uma das principais reivindicações do movimento de caminhoneiros que tomou conta do país em fevereiro deste ano, bloqueando estradas e causando, inclusive, desabastecimento em algumas regiões.

A primeira concentração registrada foi em São Miguel do Oeste, por volta da 0h. Um grupo de pessoas ligadas ao movimento chegou a solicitar a adesão de caminhoneiros, interceptando veículos, mas a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) impediu.

“Nós faremos um trabalho de garantia da legislação de trânsito. Mesmo nos acostamentos, o estacionamento é proibido. Os veículos devem ter seu direito de ir e vir garantido. Eles [caminhoneiros] têm o direito de manifestar, desde que não haja bloqueios nas rodovias”, disse o comandante Laerte Bieger.

Na manhã desta quinta-feira, por volta das 8h, na BR-282 em São Miguel do Oeste, pelo menos 60 caminhoneiros estavam estacionados às margens da rodovia, em um pátio no trevo. Já em Concórdia, também no Oeste catarinense, ao menos 20 caminhões estavam estacionados em um pátio de veículos no trevo da BR-153.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda há registros de manifestantes em Maravilha, na BR-282, e Irani, na BR-153, sem caminhões, mas com manifestantes abordando veículos. Até as 8h, não houve obstrução de vias.

Impasse


Os caminhoneiros mobilizados tiveram uma uma rodada de negociações da categoria com o Governo Federal na quarta-feira (22) para tentar padronizar o preço do frete. Não houve acordo.

O impasse está na criação de uma tabela de valores mínimos para o frete. Esta era uma das principais reivindicações da categoria desde o dia 18 de fevereiro deste ano, quando a categoria bloqueou até o dia 3 de março vários pontos de rodovias federais catarinenses.

O Governo Federal ficou de passar uma tabela, mas chegou a conclusão que seria algo inconstitucional pois iria ferir as leis de mercado. Os motoristas não concordam com esse argumento e decidiram paralisar, fazer uma nova greve.

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