Meio Ambiente

Biólogo da Fujama orienta sobre o que fazer quando se deparar com um felino silvestre

Nesta quinta-feira, um gato-maracajá foi encontrado em um galinheiro de uma propriedade de Pomerode Fundos

3 de junho de 2022

Foto: Raphael Carrasco / Jornal de Pomerode

Pomerode é localizada em meio à mata, com morros que têm natureza preservada, e portanto, mantêm a fauna e a flora nativas. Por isso, podem ocorrer situações em que os animais silvestres entram em contato com os moradores, principalmente em regiões em meio á mata, como foi o caso do gato-maracajá que foi encontrado em um galinheiro, em uma propriedade localizada na Rua Ribeirão Rauffmann, em Pomerode Fundos, na manhã desta quinta-feira, 02 de junho.

Os proprietários da casa próxima ao galinheiro chamaram os bombeiros voluntários para realizar o resgate do animal. Este procedimento, segundo o biólogo da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente, Christian Raboch, é o mais correto a ser feito nestas situações.

“Quando se encontra um felino, uma jaguatirica, um gato do mato, dentro da casa ou de um galinheiro, como foi o caso, o mais correto é ligar para o resgate, seja órgão ambiental ou bombeiros, para estarem realizando este resgate de forma segura. É importante que as pessoas não queiram pegar este animal na mão, pois é um animal silvestre, pode acabar machucando alguém, ao tentar se defender. O mais correto é chamar o resgate”, enaltece.

Ainda, o biólogo destaca que, nestes casos, como o felino não estava ferido, o procedimento correto foi soltá-lo em área de mata, como foi feito pelos Bombeiros Voluntários, logo depois do resgate.

“Se o felino não está machucado, o correto é soltá-lo em uma área afastada, uma área longe de residências, porque, como ele predou galinhas, ele pode acabar voltando, se for solto em um local perto de casas e propriedades. O ideal é ir para um lugar mais afastado, onde não há residências e propriedades rurais por perto, atentando ao fato de que deve ser uma área de mata conservada, para que ele possa encontrar alimento, também”, disse o biólogo.

Por fim, Raboch esclareceu algumas diferenças entre o gato-maracajá (Leopardus wiedii) e a jaguatirica (Leopardus pardalis), já que houve a confusão inicial, quando o caso aconteceu.

Segundo o biólogo, as principais diferenças são de coloração e tamanho. Uma jaguatirica pode pesar até 16kg, enquanto o gato-maracajá normalmente tem cerca de 4kg. Ainda, as manchas da pelagem da jaguatirica geralmente se fundem formando bandas laterais.

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