Aumenta o preço da cesta básica no Vale do Itajaí

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica é composta por 13 alimentos: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.
No Brasil, a quantidade de cada ingrediente varia de acordo com a tradição alimentar de três grandes áreas do país: a Região Sudeste, as regiões Sul/Centro-Oeste e as regiões Norte/Nordeste.
Mas nem sempre o consumidor vai encontrar exatamente esses ingredientes nos kits que as empresas distribuem aos funcionários, por exemplo.
“Os cardápios das cestas de alimentos são definidos em acordos entre patrões e empregados e têm pouco a ver com essa lista”, afirma o economista José Maurício Soares, do Dieese.
Em agosto, o preço da cesta básica pesou mais no orçamento das famílias da região. Em Blumenau, por exemplo, o produto fechou em R$ 255,07, aumento de 6,49%.
Segundo o Departamento de Economia do Instituto Furb, nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 17,34%.
Levando em conta o reajuste do valor do salário mínimo no início do ano, que foi de 14,13%, e se for comparado com o mesmo período do ano anterior, a relação entre o custo da cesta com o valor do salário mínimo piorou em relação a 2011, onde a relação era de 39,89% no ano passado e neste mês, é de 41,01%.
Os alimentos que ajudaram a pesar no preço da cesta, com índice superior a 4%, ficaram por conta do tomate (24,44%), carne moída de 2ª (7,63%) e batata inglesa (6,68%). O leite é o único alimento que registrou queda, com 0,59%.
Já o Índice de Variação Geral de Preços (IVGP) registrou em agosto, uma variação de 0,64%. O valor ficou acima do intervalo esperado, onde a expectativa era de 0,2% a 0,6%. Para calcular o índice, 580 itens são pesquisados e organizados em 25 subgrupos. Do total, 10 subgrupos tiveram alta dos preços, 13 ficaram estáveis e dois registraram queda. O IVGP e a cesta básica são aferidos mensalmente pelo Departamento de Economia da Furb. A expectativa para o próximo mês é de que a variação geral de preços no mês se mantenha dentro do intervalo 0,3% a 0,7%.

Hortaliças tiveram maior índice de aumento
Como a quantidade de batata e tomate presente na cesta básica é grande, seis quilos e nove quilos respectivamente, esses dois alimentos acabaram contribuindo bastante para o aumento no preço final.
Com uma quantidade de seis quilos, a batata passou a custar de R$ 8,22 em junho a R$ 10,02 em julho. O tomate, com nove quilos, passou de R$ 16,55 em junho a R$ 19,98 em julho. A manteiga, cuja quantidade na cesta básica é de 750 gramas, passou de R$ 15,94 em junho para 16,59 em julho.
Para o supervisor técnico do Dieese, as altas em preços de hortaliças geralmente estão ligadas a um “desequilíbrio entre oferta e procura”. Enchentes, secas e outros fenômenos climáticos acabam por prejudicar as plantações e reduzir a oferta desses alimentos no mercado, provocando a alta nos preços.

Cesta básica em Pomerode
Em Pomerode, é muito comum que as empresas forneçam uma cesta básica contendo alguns itens, não necessariamente iguais aos pesquisados pelo Dieese, já que o próprio órgão afirma que cada indústria faz as adequações ao produto dado. Na cidade, foram pesquisados alguns itens que compõe a cesta básica na cidade, integrantes da seguinte lista:
02 Pacote de arroz 15Kg
02 Pacotes de açúcar 1Kg
01 Pacote de café moído 250g
01 Pacote de farinha de mandioca 500g
01 Pacote de farinha de trigo 1Kg
02 Pacote de feijão carioca tipo 1 1kg
02 Pacotes de macarrão espaguete
03 Óleo de Soja 900ml
01 Pacote de sal 1Kg
03 Lata sardinha em óleo 130g
02 Pacotes de bolacha 500 g
A média de preço é do produto é de R$ 67,66, de acordo com os preços pesquisados em alguns supermercados do município.