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Essa semana fui surpreendida por uma situação alheia ao meu alcance, mas que mexeu comigo e com a integridade que possuo.

1 de junho de 2015

Essa semana fui surpreendida por uma situação alheia ao meu alcance, mas que mexeu comigo e com a integridade que possuo.
Em uma empresa, uma mulher que há cerca de dez anos trabalha no local, foi chamada de ignorante por uma moça (com seus vinte e poucos anos), que com certeza, tem bem menos tempo de serviço que esta senhora. Depois de alguns fatos que podem ser ignorados, esta segunda, começou a dar desculpas para ver erros no trabalho da primeira, por motivos desconhecidos.
Para prejudicá-la, a menina mais nova preferiu chamar um superior e delatar alguns fatos que não estavam acontecendo (a não ser na cabeça da moça). Surgiu então, o famoso “disse que me disse”. A senhora, sem saber o que estava acontecendo, foi também chamada para uma reunião para “esclarecimento dos fatos”. Com toda a paciência e serenidade que a maturidade pode trazer, a senhora apenas ouvia, mas não conseguiu se calar diante de um insulto, quando a moça a chamou de ‘ignorante’.
A resposta veio clara, rápida e rasteira: “Menina, veja bem, eu tenho uma filha mais velha que você, e outro mais novo, mas nenhum dos dois jamais me disse algo parecido”.
Não satisfeita com a resposta que recebeu, a moça revidou e disse: “Eu preferiria morrer a ser sua filha”.
A história (verídica) foi longa, um pouco, mas teve de ser contada, para entrar numa questão talvez polêmica, talvez de senso comum. Onde está a educação dos jovens? Como eles tratam as pessoas atualmente. Fico realmente intrigada e abismada com certas palavras e insultos que muitos deles, como essa jovem, tem coragem de soltar por aí.
Sempre digo que educação vem de casa, de berço, mas infelizmente muita gente a perde pelo caminho.
E quando falo de pessoas mais velhas, não me refiro apenas aos idosos. Acredito que o respeito deve ser mútuo em qualquer idade ou posição. Sabem aquele ditado: Respeito é bom e eu gosto? Pois é, todo mundo gosta.
Respeito e educação. É uma pena que esse tipo de coisa não se pode comprar no mercado ou na farmácia. Por que tem gente, como a moça citada, que precisaria de uma overdose de ambos.
Minha mãe, com muito orgulho, sempre me ensinou a ter esses valores e a colocá-los em prática. E hoje, se for preciso, tenho a atenção chamada para alguma atitude de “desvalor”. E não me envergonho disso, pelo contrário, faço questão que ela o faça.
E quanto à moça, feliz da senhora que foi chamada de ignorante, por não ter mesmo uma filha tão mal educada quanto ela.
Mas hoje em dia, infelizmente, respeito e educação são artigos de luxo; ou se tem ou não.

Por: Francielle Furtado

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