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Há dez anos, a classe média brasileira representava 38% da nossa população. Hoje, já soma 54%, constituindo um contingente de mais de 100 milhões de pessoas!
Se a classe média nacional constituisse um País, seria a 12ª nação mais populosa do mundo! E a 8ª, com maior potencial de consumo!

1 de junho de 2015

A ascensão da classe média
Há dez anos, a classe média brasileira representava 38% da nossa população. Hoje, já soma 54%, constituindo um contingente de mais de 100 milhões de pessoas!
Se a classe média nacional constituisse um País, seria a 12ª nação mais populosa do mundo! E a 8ª, com maior potencial de consumo!
Outro dado surpreendente revela que mais de 50% da população mundial tem renda mais baixa do que a classe média brasileira.
Também há dez anos, a classe média brasileira gastava 49% de seus ganhos em serviços, hoje essa despesa elevou-se para 65%, o que revela uma nova classe social, que estuda mais, se exercita mais, viaja maIs, frequenta mais os salões de beleza e as academias de “fitness”; vai mais ao cinema, ao teatro e às casas de lazer e diversão.
É uma categoria cuja linha ascendente se expressa fisicamente no crescimento da rede escolar (principalmente a de ensino médio e universitário), das livrarias, dos cafés cibernéticos, das adegas, das “maisons” de alta costura, dos shopings, dos supermercados, das lojas de vídeo e de conveniência; na exigência de ampliação e modernização dos aeroportos e na absurda expansão das viagens aéreas e das rotas dos transatlânticos.
A classe média mostra sua atual força nos dados sobre operações de crédito. Havia, há dez anos, sete milhões de pessoas fazendo empréstimos e tomando financiamentos. Hoje são 35 milhões!
Na última década, cresceu em 3 milhões o número de estudantes universitários! O ensino, antes privilégio das capitais e cidades menores, expraiou-se para os pequenos municípios do interior.
Antes, a classe média era foco das empresas, como um nicho de mercado. Era tratada como um segmento, um setor da comunidade consumidora. Hoje, a classe média é o próprio mercado, o grande mercado, um “mercosul” comandando o Mercosul…
O impressionante crescimento da construção civil, das vendas de automóveis, móveis e eletro domésticos mostra uma vigorosa presença da classe média no nosso extrato social.
A explosão do número de telefones celulares, tablets, computadores e gente conectada na internet revela o tamanho da classe média brasileira, cuja importância econômica se expressa fortemente na relevância da rede social.
No segundo turno das últimas eleições, em Joinville, Florianópolis e Blumenau, a classe média fez valer o seu peso. Foi, seguramente, em boa parte, responsável pela virada de Udo Döhler, em Joinville, e pelas vitórias de Napoleão Bernardes e Cesar Júnior, em Blumenau e Florianópolis.
Nas três cidades, foi visível o debate na rede social, revelando a preferência dos internautas pelos candidatos vencedores, o que se constitui no fato novo mais relevante do segundo turno, nos últimos pleitos municipais.
Portanto, a classe média não é apenas o mercado; é a massa crítica mais importante no debate, na opinião e na comunicação do nosso País!
por Luiz Henrique da Silveira

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