A beleza em traços

A ponta do lápis vai para cá, depois para lá. Rabisca um pouquinho aqui, esfumaça mais um tantinho ali. Uma olhada para a imagem original, e mais uma vez, volta o grafite para o papel. Depois horas, quiçá dias de trabalho, eis um belo resultado que pode ser finalmente contemplado.

Para alguns um hobbie, para outros uma profissão. Há apenas uma certeza, é uma grande arte. Por mais trabalhoso que possa ser, o amor por essa técnica é algo digno de um dia. Portanto, no dia 15 de abril, comemora-se o Dia do Desenhista.

Movida por essa paixão, a pomerodense Talita Marinelli expressa todo a sua criatividade através desses traços que ganham formas incríveis. Ainda pequena, ela já se mostrava uma apaixonada por figuras. Bem, eu tenho gosto por desenho desde pequena. Costumava escolher os livros pelas imagens, ao invés da história (risos). Depois, fui evoluindo as técnicas. Do tradicional boneco de palitinhos às expressões faciais, revela.

Assim como uns gostam de escrever, outros de fotografar, muitas pessoas gostam de desenhar. E para isso, a inspiração deve estar sempre unida ao interesse. A vontade de desenhar é espontânea. Às vezes eu vejo uma imagem, uma figura, imagino-a como desenho e passo para o papel. Gosto muito de ver desenhos de outros artistas. Acompanho páginas sobre arte, então, me inspiro bastante nelas. A paixão pela arte já é antiga. Algumas pessoas expressam o que estão sentido com palavras, eu, e muitos outros, com desenho, declara Talita.

Todo o processo de desenvolvimento do desenho é divertido, mas ver a arte pronta é realmente gratificante. Entretanto, às vezes pode requerer algumas mudanças, como explica a desenhista. A primeira sensação ao terminar um desenho, é aquela de ‘missão cumprida, logo em seguida, vem ‘o preciso arrumar isso, preciso arrumar aquilo, até que supra as minhas expectativas. Sempre que termino um desenho além do meu olhar crítico, peço a opinião de alguém.

Existem vários estilos de desenhos e várias personalidades de desenhistas. Técnicas mudam de pessoa para pessoa. Tudo que é belo me inspira. Não tenho uma técnica específica, pois aprendi a desenhar sozinha. Sempre procuro informações e dicas de pessoas mais experientes e, claro, muitas tentativas, conta Talita.

Quando o assunto é preferência, ela já sabe a resposta. Expressão! Relatar através de traços o sentimento, as emoções. Gosto de desenhar rostos de pessoas, por causa do desafio de transmitir o que a pessoa está sentindo, sua expressão, pelo desenho. Mas, se tiver um papel e um lápis, estou desenhando conta.

Será que é muito difícil? Bom, de acordo com Talita o principal é ter força de vontade, iniciativa para praticar, e claro, gosto pelo desenho. Para quem gosta de pegar o lápis e deixar a imaginação fluir, saiba que é necessário bastante treino e persistência, além de muito aprendizado. Principalmente, é necessária vontade de desenhar. O resultado, a técnica e tudo o mais vem com a prática, diz a desenhista.

Quanto ao lado profissional, será que vale a pena? Ela responde. Existem muitas áreas para atuar. Quando relacionamos ‘trabalho a ‘desenho, não parece algo promissor, mas, ele abrange outras áreas também. Moda, arquitetura, design industrial, design de interiores, têm diversas áreas em que dominar a arte te destacará no mercado de trabalho.

Além disso, é possível levar tal arte paralelamente a vida profissional. Fazer dele um passatempo, e através disso, cultivar uma renda extra. Fora o fato de que é possível fazer dele um hobby e mais que isso, um hobby lucrativo. Afinal, nada como juntar algo que te faz bem com lucro, não é? diz Talita.

É isso ai. Traço por traço, linha por linha, esboço por esboço, uma nova forma vai surgindo e criando vida. Emergindo do coração para a folha de papel daqueles que tem um verdadeiro amor por transformar uma imagem simples em uma bela obra de arte.