Uma tradição repleta de animação e amor pela história
Integrantes do grupo que apresenta o desfile do Fackelzug und Küchenmarsch falam sobre amor pela tradição

Foto: Isadora Brehmer/JP
Um dos momentos mais aguardados por quem visita a Festa Pomerana, ao longo dos anos, é quando começa o desfile do Fackelzug (Desfile de Tochas), e do Küchenmarsch, (Dança das Cozinheiras), realizado dentro do Pavilhão de Eventos, iniciando na entrada da Festa e seguindo até a pista de dança do Pavilhão Principal. A ideia é reviver tradições que eram realizadas nos casamentos de antigamente.
O Fackelzug surgiu na época em que não havia energia elétrica. As festas eram iluminadas por tochas e lamparinas. Grupos de pessoas ficavam então encarregados de carregá-las pelas ruas, reunindo um cortejo iluminado que percorria as localidades.
Já a Küchenmarsch, ou Dança das Cozinheiras, é uma prática tradicional das festas de casamento. As pessoas envolvidas na preparação da recepção promovem uma dança especial após o jantar, em homenagem aos noivos. Participam cozinheiras, assadores de carne, músicos, padrinhos e os recém-casados.

Foto: Isadora Brehmer/JP
Na Festa Pomerana, um grupo se dedica a apresentar esta tradição, com os integrantes assumindo cada um destes papeis: os noivos, os responsáveis por carregar as tochas, os padrinhos, as testemunhas, os assadores e as cozinheiras, por exemplo.
O grupo é formado pelos seguintes integrantes: Miriam Oestreich, Cicera Cristina da Silva, Edson Flohr, Tânia Zimmer, Magrit Oestreich, Yasmin Voigtlaender, Ricardo Schorr, Cristiane Moro Schorr, Selvino Piuco, Jaqueline Alsleben, Eduarda Duarte, Cacilda Mathias, Leandro Baar, Maike Thurow Flohr, Emily Milena Flohr, Gabriely Vitória Flohr, Mauricio Alsleben, Denise Dorn, Evelina Raasch, Andreia Neukamp, Leonardo Baar, Salete Kanis, Gilmar Koch, Fabio Karsten, Pamela Letícia Dorn Karsten, Egídio Paulitsch, Adélia Paulitsch, Luiza Paulitsch, Eloá Alsleben, Franklin Alberto Krenke, Solange Schürmann Matias Kirschner, Eloise Pietra Kirschner, além de outros integrantes.
Miriam Oestreich é uma das integrantes que está há mais tempo no grupo, com cerca de 30 anos de participação em celebrações do Fackelzug e Küchenmarsch. “Lembro de começarmos com um grupo no Clube 25 de Julho, eu junto à Verônica, que praticamente fundamos este grupo. Um dia conversamos com o pessoal e decidimos formar um grupo maior, convidando algumas pessoas”, relembra.
Cicera Cristina da Silva também integra o grupo e, por ser apaixonada pela história e pela tradição de Pomerode, participar destes desfiles é uma realização pessoal. “Como eu trabalhava na Prefeitura, algumas vezes ajudava no desfile típico pelas ruas da cidade, até me convidarem para participar do Fackelzug e Küchenmarsch, segurando a placa, para começar. Prontamente eu aceitei, porque achava tudo aquilo mágico e, aos poucos, fui pesquisando mais sobre o significado do grupo e da tradição em si”, conta.
Desta forma, Cicera foi descobrindo cada vez mais sobra a história, do porquê de cada elemento fazer parte do desfile e, assim, foi se apaixonando cada vez mais pela tradição e pela história de Pomerode, como um todo. “Cada vez que eu ia participar ali, era incrível para mim. Eu adoro quando chega a parte da apresentação em que chamamos os turistas para fazer parte da dança. É muito divertido quando chegamos à dança das vassouras, momento em que as pessoas estão dançando em pares e uma delas fica com a vassoura. Depois de três batidas no cabo dela no chão, trocam os pares e uma pessoa sempre acaba sobrando e ficando com a vassoura”, comenta.
O amor pela tradição também já passou para a próxima geração, já que a filha de Cicera, Yasmin, Voigtlaender, também já participa dos desfiles na Festa Pomerana e é apaixonada pela tradição. “Isso é o que faz este momento ser tão especial, a chance de vivenciá-lo em família e assim manter a nossa essência, preservando nossa história”.

Foto: Isadora Brehmer/JP
Quem também integra o grupo atual responsável pelas apresentações na Festa Pomerana, é o casal Edson e Maike Flohr. Eles são o terceiro casal a encenar os noivos, na tradição. “Nós já dançávamos em um grupo folclórico e depois recebemos o convite para fazer parte deste grupo. Estar neste momento, na Festa Pomerana, é inexplicável.
No início nos dá certa timidez, porque é algo diferente do que fazíamos, mas depois sempre é muito divertido, pois nenhuma apresentação é igual e deixamos nossa emoção tomar conta, então sempre acaba acontecendo algo diferente”, afirma Edson.
As filhas do casal, Emily Milena Flohr e Gabriely Vitória Flohr, também já participam do grupo e da tradição, estimulando a nova geração a amar este aspecto tão bonito da nossa cultura.
Miriam relembra, ainda, da 39ª edição da Festa, em janeiro de 2024, na qual o grupo do Fackelzug und Küchenmarsch foi convidado a participar da abertura oficial do evento.
“Fomos convidados a participar da abertura e fizemos, nesta apresentação, a dança com integração dos demais participantes, como autoridades e realezas. Nos sentimos muito valorizados por este convite e esta participação. Também na edição passada, fizemos a abertura do show da banda da Alemanha, o que também foi muito bacana, para nós”, afirma Miriam.