Comunidade

Uma retomada com esperança

Com o retorno da Osterfest, produtores artesanais tem expectativa de um ano de crescimento

26 de fevereiro de 2022

Fotos: Divulgação

Uma das formas que o povo pomerodense encontrou para preservar a cultura ao longo dos anos, foi a produção artesanal de objetos e quitutes culinários, com receitas transmitidas através das gerações. Foi na produção artesanal que muitas pessoas encontraram uma forma de incrementar sua renda ou mesmo garantir o sustento da família.

Com a pandemia, o setor de produção artesanal precisou se reinventar, assim como diversos outros, já que muitas vendas ocorriam nos momentos em que havia um evento acontecendo na cidade, algo que, com a Covid-19, não foi mais possível.

Foi o caso das produtoras de bolachas artesanais Rose Mari Wachholz, da Doce Alma Cookies and Cakes, e Maria Luzinete de Oliveira, da Multidoces. Elas fazem parte do grupo de produtores artesanais que aproveitam a Osterfest para comercializarem seus produtos na festa.

A Doce Alma existe há cerca de cinco anos, com foco na produção de bolachas artesanais autênticas, com receitas de família, tradicionais da nossa cultura. Atualmente, a empresa é a forma de sustento da família. “Todos da família auxiliam na produção de bolachas e, recentemente, contratei uma funcionária. Antes da pandemia, trabalhávamos muito nos grandes eventos, pois havia vários em sequência, ao longo do ano. Com a pandemia tivemos que nos reinventar e aumentar a propaganda, para que houvesse mais pedidos da comunidade”, conta Rose Mari.

Uma das soluções encontradas foi a venda para empórios, logo após o cancelamento da Osterfest, em 2020. Na época, Rose Mari conta que já tinha boa parte da produção pronta para a festa e, para que suas bolachas não fossem desperdiçadas e houvesse um grande prejuízo, ela buscou revender em lojas especializadas.

“Nossa maior aposta é a qualidade do produto. Além do sabor diferenciado, caprichamos no acabamento e na embalagem, para que o consumidor tenha vontade de comprar. E com a pandemia nos arriscamos, indo a diversos locais oferecer nossos produtos, e foi dando certo. Inclusive a empresa cresceu neste meio tempo”, afirma a proprietária da Doce Alma.

Maria Luzinete também precisou se reinventar em meio à pandemia. A Multidoces também é sua forma de sustento e, sem os eventos, foi fundamental buscar novas formas de atrair os clientes.

“Tivemos bastante dificuldades e precisamos nos reinventar para chegar até o cliente, principalmente nos locais que não tínhamos turismo e os eventos, que agrega, bastante na renda”, destaca.

Ambas as empreendedoras do ramo dos doces afirmam que a ansiedade para o retorno da Osterfest era grande, pois o evento já se tornou importante para o desenvolvimento dos produtores artesanais.

“Eu estava muito ansiosa e tudo foi bem preparado. Há muita cautela e está tudo muito organizado, com todos seguindo rigorosamente os cuidados. Ainda temos dois meses pela frente, mas já foi um primeiro fim de semana muito bom e eu adoro a época da Páscoa, é tudo muito divertido e feito com muito amor”, destaca Rose Mari.

“Estávamos ansiosos com a Osterfest, pois ela dá a oportunidade de renda extra, gera novos empregos, novas oportunidades de negócios e clientes. No primeiro final de semana já tivemos uma ótima expectativa que as vendas vão ser lucrativas. Esperamos que tenha mais fluxo de pessoas visitando a feira na Osterfest, acreditamos que tenha um aumento de 80%”, afirma Maria Luzinete.

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