Esporte

Uma alegria inesquecível

Um dos personagens do título de 2007, joga Bocha desde a adolescência e tem na modalidade seu estilo de vida.

28 de junho de 2020

Uma das modalidades mais tradicionais e importantes de nossa cidade, também já teve finais históricas. Em 2007, o Campeonato Municipal de Bocha, no seu formato atual e organizado pela Funpeel, dava os seus primeiros passos, mas já mostrava o quanto seria fundamental para a consolidação do esporte em nossa cidade.

Isso porque, aquela final, entre Gilmar e Ribeirão Souto, foi decidida aos “45 do segundo tempo” e levou um grande público à Cancha Passold, no Ribeirão Souto. E um dos personagens daquele título, joga Bocha desde a adolescência e tem na modalidade o seu estilo de vida. Élcio Alvino Theilacker, de 51 anos, é mais conhecido como Petkovic e participou daquela campanha da Cancha do Gilmar, que culminou com o primeiro título municipal da equipe.

“Aquele foi um campeonato muito difícil, principalmente a final, pois houve uma pequena confusão em casa e estávamos com um pouco de medo de ir até o Ribeirão Souto para jogar (risos). Então, naquele dia, estava tudo empatado e, no último jogo, fomos campeões. Foi uma alegria muito grande”, destaca Theilacker. “Nossa equipe era muito unida, todo mundo estava focado e aceitava quando ia para a reserva. Só quem estava bem jogava e todas as orientações do treinador Curt Hackbarth eram aceitas. Tanto que todos são meus grandes amigos até hoje”, completa.

 

Em cancha, durante a decisão daquele ano, contra o Ribeirão Souto (Foto: Arquivo JP)

Além da Cancha do Gilmar, Petkovic já atuou por diversas equipes de Pomerode, entre elas, Família, Café Araruta, Jair Just e Bubi. E nestes 32 anos, outras boas lembranças vêm à sua mente. “Um dos lugares mais difíceis que eu já joguei foi na Cancha do Uru, vencer lá era sempre difícil. E, em outra oportunidade, vencemos o Betinho, lá no Nacional, com duas últimas boladas minhas. Eu, geralmente, sempre joguei de ponteiro, mas precisamos ser polivalentes. A Bocha é minha vida, sempre gostei de jogar e vou continuar até quando Deus permitir”, ressalta.

Neste contexto, a participação da família sempre foi fundamental. “No começo, minha esposa não gostava muito, mas, agora, já está acostumada e chega a me acompanhar, algumas vezes, nos jogos e nas festas de comemoração. Além disso, meu filho Anderson, hoje com 28 anos, sempre ia comigo nas competições, desde pequeno, e adquiriu essa paixão pela Bocha. E isso é muito importante, porque precisam vir pessoas novas para continuar essa tradição. Estamos ficando velhos, mas a modalidade precisa continuar”, finaliza Petkovic.

 

Equipe do Gilmar comemorando o título (Foto: Arquivo JP)

A final

Mais de 300 torcedores apaixonados pela modalidade prestigiaram, no dia 09 de setembro de 2007, domingo, na Cancha de Bocha Passold, no Ribeirão Souto, a grande final do 2º Campeonato Municipal de Bocha, entre as equipes do Ribeirão Souto e Cancha do Gilmar, do Vale do Selke.

A vitória foi da equipe da casa, por 4 a 1, mas quem levou o troféu foi a Cancha do Gilmar. Na primeira partida, a equipe venceu, também por 4 a 1 e a decisão foi para a somatória dos pontos, onde a equipe do Vale do Selke levou a melhor, conquistando, assim, o título de 2007.

 

Confraternizando com os adversários (Foto: Arquivo JP)

Após estar perdendo por 4 a 0, os visitantes conseguiram vencer a última parcial, por 24 a 2, o que acabou resultando no título, muito festejado por seus torcedores. Entre as lágrimas, tanto da conquista, quanto da derrota, o que se constatou foi a grande paixão e adeptos que a Bocha tem, em Pomerode.

Na terceira colocação ficou a equipe da Acaen, do Centro, com a Cia. dos Amigos, do Wunderwald, terminando na quarta posição. A competição contou com a participação de 100% de jogadores pomerodenses.

 

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