Um exemplo de superação e muita persistência

O dia 03 de dezembro de 2021 será um marco na vida de Bianca Nastro Penteado Zaghini. Nesta data, um acidente de trânsito mudaria completamente a sua rotina e parte de sua vida. Bianca seguia seu rumo de volta para casa, em Timbó, quando se envolveu em um grave acidente na rodovia SC-110, que liga Pomerode à cidade vizinha.

Por conta da forte batida, Bianca sofreu diversas fraturas que dificultaram os seus movimentos, principalmente, nas pernas, além de ter sofrido um trauma na cabeça. Depois de quase dez dias internada no Hospital e passar por algumas cirurgias, chegou a hora de voltar para casa e dar início a uma longa recuperação.

Bianca conta que entrou em contato com a fisioterapeuta Amanda Schlup Maass, por indicação de sua amiga Heidy. Após o contato, foi iniciado o processo de recuperação dos movimentos da moradora de Timbó. No começo, o trabalho foi indo devagar, já que os ferimentos sofridos no acidente deixaram sequelas graves. Bianca explica que foram dias e dias reaprendendo a fazer o básico, como levantar e ficar de pé e, aos poucos, retomar a dar os seus passos no chão, sempre com o acompanhamento de alguém.

As limitações também foram grandes e, com isso, Bianca necessitou de acompanhamento e auxílio em tudo que tinha que fazer, como beber água, se alimentar, tomar banho e outras situações.

“Foi todo um processo de reaprender a andar, a levantar. Depois, reaprender a pegar um talher, já que eu quebrei o braço e a perna, no acidente, precisei ter acompanhamento diário. Nos primeiros meses era tudo muito difícil. Precisava pedir tudo, como ajuda para tomar banho, tomar água, comer, entre outros. Foi um processo muito complexo, muitas pessoas se mobilizaram para me ajudar, toda minha família e também a Amanda me ajudaram e se fizeram presentes em todos esses momentos”, explica.

Após quase 30 dias de acompanhamento em casa, Bianca começou a frequentar a clínica da Fisiolife para iniciar novos processos para retomar sua vida normal. Com isso, ela passou a utilizar órtese, que é uma espécie de peça usada para auxiliar nos movimentos de um membro que possui alguma lesão. Aos poucos, a evolução era aparente e o trabalho continuou sendo realizado, com frequência. Bianca utilizou a órtese por cerca de um ano e então procurou outro especialista para fazer uma cirurgia no tendão, para que pudesse abandonar de vez a órtese e andar sem a necessidade da peça.

No começo deste ano, foi realizada a cirurgia e mais uma nova etapa de recuperação começou. Bianca conta que foi mais um tempo de adaptações, já que havia se “acostumado” a andar com o uso da órtese, portanto, mais treinos e atividades fizeram parte de sua rotina, para que pudesse, novamente, sentir os próprios movimentos.

Foi durante essa recuperação, que a fisioterapeuta Amanda, sugeriu uma meta para Bianca. Completar os seis quilômetros da Meia-Maratona de Pomerode, realizada em outubro.

“Não era esperado eu conseguir correr, ou fazer algum tipo de esporte. Nada além de conseguir andar sem a órtese, ou seja, fazer o básico. A Amanda falou que, como meta, faríamos uma corrida. Eu mesmo disse ‘esquece, Amanda. Não vai dar!’ Isso não passava pela minha cabeça, pois tinha até possibilidade de que minha perna pudesse ser amputada quando eu estava no hospital. Então, foi difícil acreditar que isso poderia ser possível, porém, aos poucos, comecei a acreditar que pudesse dar certo”, comenta.

E foi quase em cima da hora que Bianca fez a sua inscrição para participar dos seis quilômetros da corrida. Bianca conta que a preparação foi aos poucos, iniciando com pequenas corridas, na esteira.

Bianca celebrando a chegada no final dos seis quilômetros. (Foto: Arquivo pessoal)

“Um mês e meio antes do evento, resolvi me inscrever para tentar fazer a prova dos seis quilômetros. E aí, eu e a Amanda combinamos de correr um quilômetro e andar outro. Assim sucessivamente, para que também não houvesse muito desgaste físico”, conta.

E, no dia do evento, chegou a hora de colocar o desafio em prática. Após mais de 45 minutos de prova, e com a companhia de seu namorado, da fisioterapeuta e de outros familiares e amigos, Bianca passou da linha de chegada e completou os seis quilômetros. Ao chegar até o fim, a emoção veio e a jovem destaca que a prova foi um dos pontos finais por tudo que aconteceu, desde o final de 2021.

“Foi exaustivo, porém, tirei energia e consegui correr até o final. Quando completamos a prova, foi prazeroso, como se fosse um ponto final em tudo que passei. Daqui para frente, esquecer tudo que aconteceu e vida que segue, normal. Foi um momento único e com certeza muito emocionante”, completa.

Bianca também aproveita para deixar o seu agradecimento. “Queria agradecer a todos da Fisiolife, todos foram sensacionais. A minha família, ao meu namorado, que sempre estiveram ao meu lado nesta recuperação. Se não fossem eles, com certeza nada disso seria possível, pois minha vida mudou, de um dia para o outro. O meu muito obrigado a todos que acreditaram e fizeram de tudo para me ver recuperada. Sou eternamente grata!”, finaliza.

Foto: Arquivo pessoal