Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado é presa

Júlia Andrade Carthemol, a principal suspeita do envenenamento e assassinato de seu namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, se entregou à polícia e foi detida na noite de terça-feira, 04 de junho.

Júlia já havia prestado depoimento na delegacia em 22 de maio e, desde então, estava sendo considerada foragida. Na ocasião, o delegado responsável pelo caso afirmou que não havia base legal para prendê-la.

A polícia suspeita que Júlia tenha recebido ajuda para se esconder na Região dos Lagos, e sua advogada confirmou sua entrega à polícia nesta terça-feira.

Além de Júlia, sua mãe, Carla Cathermol, e seu padrasto, Marino Leandro, também prestaram depoimento na mesma delegacia na terça-feira à noite. Eles foram ouvidos em salas separadas, após terem sido conduzidos por agentes de Maricá até o Rio, pois não compareceram voluntariamente à delegacia no horário marcado.

O corpo de Luiz foi encontrado em estado avançado de decomposição em seu apartamento no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, por bombeiros, no dia 20 de maio.

Júlia é apontada pela polícia como a principal suspeita do crime, motivado por interesses financeiros, já que os dois viviam juntos há um mês e estavam em processo de formalização de união estável.

Um funcionário de uma farmácia afirmou em depoimento que Júlia comprou um medicamento à base de morfina no dia 6 de maio. A polícia suspeita que o medicamento foi utilizado para envenenar Luiz.

A polícia também investiga a movimentação financeira de Júlia, e já recuperou alguns bens de Luiz, incluindo seu carro.

De acordo com as autoridades policiais, Suyany Breschak, uma mulher que se identifica como cigana e está detida, sabia do planejamento do crime antes da morte do empresário e teria se beneficiado posteriormente.

“Há elementos que indicam que a Suyany foi a destinatária de todos os bens do empresário após a morte dele”, disse o delegado.

Durante seu depoimento, Suyany alegou que Júlia tinha uma dívida pendente com ela no valor de R$ 600 mil.

Outro indivíduo, identificado como Orlando Neto, ex-marido de Suyany, também foi ouvido pela polícia e alega que ela tentou sequestrá-lo e ameaçou envenenar seus filhos.

Suyany foi presa temporariamente e é suspeita de ser a mentora intelectual do assassinato de Luiz Marcelo. A defesa de Suyany nega qualquer envolvimento e afirma que ela recebeu o carro como um presente de Júlia.